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O
Dia do Sexo está chegando (06/09), e o Boticário separou alguns dados
importantes sobre o prazer feminino brasileiro. Marcela de Masi,
diretora-executiva de Branding e Comunicação do Grupo Boticário, está
disponível para comentar sobre o tema. Mais informações abaixo.
64% das mulheres nunca sentiram a necessidade de buscar ajuda em relação a sexo e 32% não sabem o que são zonas erógenas. Tal ausência de conhecimento sobre o prazer feminino e o próprio corpo são informações protagonistas na pesquisa Prazer e Mulheres, desenvolvida em 2023 pela Think Eva, consultoria que promove soluções para as desigualdades de gênero. O estudo, que fez parte do lançamento de Her Code, primeira marca de fragrância da América Latina a abrir conversa sobre o prazer feminino, teve recorte com mais de mil mulheres de 18 a 60 anos, de todas as regiões do Brasil.
Entre os insights da pesquisa, nota-se
que 79% já fingiram ter um orgasmo. A estatística alarmante
pode ser reduzida por meio de uma conscientização e de um conhecimento mais
profundo sobre o próprio corpo e a sexualidade, contribuindo significativamente
para uma diminuição na frequência das simulações de orgasmos, por exemplo. Com
isso, as mulheres se sentiriam mais seguras e confortáveis para expressar suas
verdadeiras experiências, promovendo uma sexualidade mais autêntica e
satisfatória.
Autoestima e
autoamor
Uma grande trava para as mulheres do
estudo é a relação com a autoestima. Além de entender como essas questões
impactam no prazer das mulheres, é importante levar em consideração as interseccionalidades
de corpos, raça e classe social. Muitas vezes, pessoas com corpos são colocadas
em um lugar de solidão, em que a responsabilização do afeto recai sobre o
discurso de amor-próprio. Neste sentido, 30% das entrevistadas na pesquisa se sentem mais
abertas a buscar o prazer quando estão se sentindo bem consigo mesmas
e 24% acham que a vida seria mais prazerosa sem os padrões de beleza.
Prazer é só sexo?
O entendimento de prazer na pesquisa
não é exclusivamente sexual - muitas das entrevistadas sentem prazer em
momentos do dia a dia. Apenas 12% das respondentes escolheram a alternativa
“fazer sexo”, quando questionadas sobre momentos que sentem
prazer. Para 36% prazer está associado a se sentir desejada pelo(a) parceiro(a);
mais de 27% sentem prazer quando fazem uma viagem; mais de 22% têm
sensação de prazer quando se sentem bem com o próprio corpo e 21%
atribuem prazer a uma boa noite de sono.
Economia do
cuidado
Historicamente, o papel do cuidado com
a família, com a casa e com o outro são atribuídos e executados
majoritariamente às mulheres, de forma não remunerada. Esse conjunto de ações
relacionadas aos cuidados para a manutenção da vida de outras pessoas é conhecido
como Economia do Cuidado. Esse peso, vem sendo um obstáculo para que elas acessem
e destravem seu prazer.
Quando perguntadas, durante a pesquisa,
sobre o que tira a vontade de ir atrás do próprio prazer, vemos que o foco das
mulheres está em todas as outras atividades, menos nelas mesmas. 45,6% das
mulheres se queixam do stress do dia a dia e do cansaço como um
dos obstáculos para atingir este objetivo e 19,5% delas dizem não ter
tempo para si mesmas.
Boticário e Think Eva
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