A saúde pública enfrenta um desafio crescente: o consumo excessivo de açúcar. Presente em alimentos processados, bebidas açucaradas e até mesmo em produtos que parecem inofensivos, o açúcar adicionado invade a dieta moderna de forma silenciosa, contribuindo para o desenvolvimento de doenças crônicas e impactando negativamente a qualidade de vida da população. Reconhecer os perigos do consumo excessivo e adotar hábitos alimentares mais saudáveis são passos essenciais para combater o problema.
O açúcar, em sua forma natural, está presente em
frutas, legumes e outros alimentos nutritivos. No entanto, o problema reside no
consumo excessivo de açúcares adicionados, como sacarose, xarope de milho rico
em frutose e outros tipos utilizados pela indústria alimentícia para realçar o
sabor e aumentar a palatabilidade dos produtos. A ingestão excessiva desses
açúcares adicionados está diretamente relacionada ao aumento do risco de
obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e outras
condições crônicas que impactam a saúde e a longevidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que
o consumo de açúcares adicionados não ultrapasse 10% da ingestão calórica
diária, o que equivale a aproximadamente 50 gramas para um adulto com uma dieta
de 2.000 calorias. Idealmente, a OMS sugere que esse consumo seja inferior a 5%
da ingestão calórica total, representando um limite ainda mais seguro para a
saúde. No entanto, dados alarmantes revelam que a população brasileira consome,
em média, o dobro da quantidade máxima recomendada pela OMS, evidenciando um
problema de saúde pública que demanda atenção imediata.
Os efeitos nocivos do excesso de açúcar no
organismo são diversos e podem se manifestar de diferentes formas. O consumo
frequente de alimentos ricos em açúcar adicionado provoca picos de glicemia no
sangue, sobrecarga do pâncreas, órgão responsável pela produção de insulina,
hormônio que regula os níveis de glicose no sangue. Essa sobrecarga constante
pode levar à resistência à insulina, condição que precede o desenvolvimento do
diabetes tipo 2.
A médica Luciana Haddad, consultora da Plant Power,
alerta para os riscos do consumo excessivo de açúcar: “O açúcar
adicionado em produtos ultraprocessados é um importante problema de saúde
pública. É preciso estar atento aos rótulos dos alimentos e
fazer escolhas conscientes para reduzir o consumo”, aponta.
Além do diabetes, o consumo exagerado contribui
para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, aumentando os níveis de
triglicerídeos e reduzindo o colesterol HDL, conhecido como colesterol bom. O
excesso de açúcar também pode levar ao acúmulo de gordura visceral, um tipo de
gordura abdominal que aumenta o risco de doenças cardíacas, derrame cerebral e
outros problemas de saúde.
A obesidade, condição multifatorial com raízes em
fatores genéticos, comportamentais e ambientais, também está diretamente
relacionada ao consumo excessivo de açúcar. As calorias vazias presentes em
alimentos ricos em açúcar adicionado contribuem para o ganho de peso e
dificultam a manutenção de um peso saudável. Além disso, o consumo de bebidas
açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, está associado ao
aumento da circunferência abdominal, um fator de risco independente para
doenças cardíacas.
“Muitas vezes, a vontade de comer doce é confundida
com fome, levando a excessos e escolhas alimentares inadequadas”,
observa a médica. “É importante estar atento a essa armadilha e buscar
alternativas mais saudáveis para saciar a vontade de doce, como frutas frescas
ou secas, por exemplo. Também é preciso estar atento aos produtos da indústria
alimentícia que muitas vezes são carregados do ingrediente”.
Substituir o açúcar por alimentos com baixo teor
calórico feitos com adoçantes como a stévia e o eritritol, por exemplo, podem
influenciar de forma positiva a saúde. Mas é preciso estar atento para escolher
produtos que combinem a redução de açúcar com o valor nutritivo. O Protein da Plant
Power, por exemplo, é adoçado naturalmente com maçã em pó e stévia , além de
ser um suplemento alimentar proteico feito com proteína de ervilha importada de
alta qualidade. Outro ponto positivo é que ele oferece cinco vezes mais
proteína do que carboidratos sem deixar gosto residual de edulcorante e textura
cremosa”, finaliza.
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