sexta-feira, 5 de julho de 2024

Dia Mundial das Zoonoses: a importância de tratar a saúde humana e animal de forma única

Conscientização e prevenção são palavras-chave no cuidado das famílias multiespécies

 

Causadas por bactérias, vírus, parasitas, fungos e outros microrganismos, as zoonoses são doenças que podem ser transmitidas dos animais para os seres humanos e vice-versa, de forma direta, através do contato com secreções, mordeduras ou arranhaduras, e indireta, por meio de vetores como insetos e ectoparasitas. Independentemente da gravidade, as zoonoses precisam ser foco de atenção e prevenção para médicos, médicos-veterinários e tutores.

“A proximidade cada vez maior entre humanos e animais é extremamente positiva e grande parte das famílias atualmente são multiespécies, quando o vínculo afetivo é forte e os pets são considerados membros da família. A convivência íntima e os ambientes compartilhados, no entanto, requerem um cuidado maior para garantir a manutenção da saúde dos humanos e dos animais”, comenta o médico-veterinário, Head Latam e Diretor-Geral da VetFamily no Brasil, Henry Berger. O veterinário lembra ainda que a prevenção de zoonoses é um dos pontos mais importantes contemplados no conceito de Saúde Única ou One Health, abordagem que reconhece a interconexão entre saúde humana, animal, vegetal e ambiental e desempenha um papel fundamental na prevenção, detecção e controle dessas doenças.

Prevenida por meio de vacinação, a raiva está entre as mais graves e temidas zoonoses e é transmitida através da mordida de um animal infectado, como cães, gatos ou morcegos. No caso de outra conhecida zoonose, a leptospirose, além da vacinação é necessário garantir higiene adequada da casa e quintal, evitar deixar lixo e alimentos dos animais expostos a fim de não atrair roedores e fazer o controle periódico de pulgas e carrapatos, pois esses parasitas podem servir como hospedeiros intermediários.

Os carrapatos também são potenciais transmissores de doenças que afetam humanos e animais, porém com sinais clínicos e níveis de gravidade diferentes e não transmissíveis de forma direta entre eles, como a febre maculosa, a erliquiose e a doença de Lyme. As pulgas também transmitem a dipilidiose, se ingeridas acidentalmente, o que pode acontecer facilmente com animais e crianças que convivem bem próximas a eles.

O controle de endoparasitas também é essencial, pois transmitem doenças como a toxocaríase, quando crianças pequenas ou mesmo adultos ingerem terra ou areia contaminada por excrementos com ovos de Toxocara canis. O parasita também pode estar presente na água ou vísceras e carnes inadequadamente cozidas. A ancilostomíase é uma infecção intestinal causada pelo contato com fezes contaminadas com vermes do gênero Ancylostoma, o nematódeo mais frequente em cães no Brasil. Já a toxoplasmose, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, é adquirida principalmente pela ingestão de água, frutas, verduras e carnes cruas ou malpassadas contaminadas. Porém, o parasita também pode estar presente nas fezes de gatos infectados e, por isso, medidas preventivas devem ser tomadas e o contato direto com as fezes evitado.

“Os tutores devem seguir sempre a recomendação do médico-veterinário quanto às formas de prevenção e a periodicidade do uso de antipulgas, carrapaticidas e vermífugos. Hoje é possível encontrar alternativas de fácil administração e segurança, como tabletes palatáveis que previnem endo e ectoparasitas em uma única administração”, comenta Berger, lembrando ainda da importância do uso de repelentes e cuidados com o ambiente para evitar picadas de insetos como o mosquito-palha, transmissor da leishmaniose. Cães e gatos não são transmissores diretos da doença para humanos, porém podem ser vetores para contaminação de novos mosquitos.

O cuidado com o ambiente e evitar o acesso dos felinos às ruas são as principais medidas de prevenção da esporotricose, micose causada por fungos presentes no solo, vegetais em decomposição, espinhos e madeira, que pode ser transmitida diretamente pelo contato com o meio contaminado ou por arranhaduras, mordeduras e contato com lesões.

A bordetelose é uma infecção bacteriana altamente contagiosa que afeta o sistema respiratório dos cães e pode ser transmitida para os seres humanos pelo contato direto da boca e/ou focinho e também por contato com secreções contaminadas. Apesar de ter um baixo risco de contaminação, essa zoonose pode afetar imunossuprimidos e idosos com comorbidades.


Prevenção

A vigilância de doenças em animais e humanos, a educação sobre práticas seguras de convivência com animais de estimação, a gestão adequada de resíduos e o desenvolvimento de vacinas e de tratamentos eficazes são fundamentais para o combate a zoonoses e uma responsabilidade pública. Porém, as famílias também têm papel fundamental na prevenção por meio de cuidados e hábitos rotineiros, como a higiene pessoal, dos pets, dos quintais e locais onde vivem os animais; controle de endo e ectoparasitas; vacinação regular conforme orientação do médico-veterinário e oferta de uma dieta balanceada e segura para os animais de estimação.

“É importante que os tutores compreendam a importância de levar seus pets para consultas veterinárias preventivas regularmente, ao menos uma vez ao ano, ou nos primeiros sinais clínicos que o animal apresentar, como forma de detectar precocemente doenças que podem afetar pets e humanos, e também para receber orientações atualizadas sobre formas de prevenção e tratamentos”, alerta Berger. A VetFamily, maior comunidade de clínicas, hospitais e médicos-veterinários do mundo e do Brasil, tem como um dos seus propósitos fomentar o desenvolvimento contínuo e a valorização da profissão do médico-veterinário, promovendo o conhecimento e as boas práticas da Saúde Única.

 


VetFamily
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PMMA: consequências, dicas e alertas de dermatologistas

 

 

"Desconfie de valores muito abaixo da média do mercado". Das dicas mais básicas às mais técnicas, dermatologistas instruem sobre o acrílico que levou uma paciente à morte por uso estético indevido

 

A morte da influenciadora Aline Maria Ferreira nesta terça-feira levantou a polêmica em torno do motivo de seu falecimento: a aplicação do plástico PMMA para aumento de volume dos glúteos (proibida pela Anvisa para este fim). 

"O PMMA é uma substância chamada polimetilmetacrilato, conhecido popularmente por acrílico. É um polímero sintético opticamente transparente, de baixo custo e fácil processamento com potencial para diversas aplicações", resume a Dra. Maria Paula Del Nero, Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB). a Dra. Viviane Scarpa, também Dermatologista pela SDB, complementa: "É um preenchimento definitivo muito usado no passado". 

Ambas as médicas rechaçam o uso da substância com a finalidade que foi utilizado na influencer Aline: o aumento de volume no bumbum. As dermatologistas apontam os prejuízos centrais dessa prática: 

  • Tiro no escuro | "A substância não possui antídoto, por isso no momento da aplicação, caso ocorra alguma obstrução arterial, o paciente pode ficar com sequelas para sempre", aponta a Dra. Viviane.
     
  • Embolia pulmonar | "Se for injetado num vaso, esse é o risco!", informa a Dra. Maria Paula, referindo-se ao processo de obstrução de artérias pulmonares.
     
  • Fluxo sanguíneo comprometido | "A compressão vascular é outro risco, que pode acontecer pelo excesso de produto, causando um bloqueio da vascularização", diz a médica.
     
  • Futuro incerto | "Nunca saberemos se em algum momento da vida, o paciente desenvolverá algum tipo de reação àquele produto", lembra a Dra. Viviane.
     
  • Mudanças anatômicas | "No processo de envelhecimento, há mudanças internas importantes e o produto pode facilmente migrar de posição, dando um aspecto não natural", acrescenta a dermatologista. 

Além desses riscos, as especialistas reforçam a dificuldade que é a retirada da substância do corpo. "A depender da região e da quantidade do produto, ele pode ser removido com cirurgia, cortando a pele e deixando uma cicatriz", explica a Dra. Viviane, complementada pela Dra. Maria Paula que aponta a possibilidade de retirada com Endolaser: "Essa opção 'quebraria' o material, mesmo assim é muito difícil remover o PMMA do corpo", afirma.

 

Alertas 

"Somente médicos podem aplicar o PMMA pela Anvisa!", revela a Dra. Maria Paula, recomendando que seja feita uma busca minuciosa por um profissional de confiança. 

Da mesma forma, a Dra. Viviane alerta: "Sempre desconfie de serviços com valores fora do mercado". A tentação de fazer caber no orçamento pode gerar o custo inestimável da vida e ajudar a manter profissionais não capacitados em atuação. 

"Investigue, procure, confirme as credenciais que o profissional diz ter. E sempre pergunte a marca do produto a ser usado. Você pode inclusive levar para casa o adesivo com o lote do produto que foi aplicado", ensina a médica. 




Dra. Viviane Scarpa CRM 118.129-SP | RQE 30.536 - Médica Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas em 2004. Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 2009. Pós-Graduação em Nutrologia pela ABRAN em 2017. Curso de Extensão em Tricologia pela Tricomed em 2019. Tem consultório na cidade de São Paulo desde 2010.


Dra. Maria Paula Del Nero - CRM-SP: 74.594 / RQE: 103.535. Formada em 1991 pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-UNESP; Estágio em Dermatologia no Hospital Darcy Vargas; Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; International Fellow da Academia Americana de Dermatologia; Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica; Diretora da Clínica Healthy Dermatologia desde 2001.

 

Ortopedista destaca os benefícios da prática de pilates para quem tem dores crônicas

Modalidade ajuda a melhorar a postura, fortalecer os músculos e aumentar a flexibilidade. Prática precisa ser bem orientada, com acompanhamento de um profissional capacitado

 

A prática regular de pilates pode ser muito benéfica para quem sofre de dores crônicas, ou dor nas costas, problemas posturais e articulares. A recomendação é do ortopedista, Cleber Furlan, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Segundo ele, quem sente dores consegue com a prática regular fortalecer os músculos estabilizadores, melhorar o alinhamento corporal e aumentar a mobilidade. Fatores que ajudam a reduzir a intensidade das dores. 

“O fundamental é que a atividade seja adaptada às necessidades e limitações de cada pessoa”, disse o especialista, que recomenda ainda que no caso de pacientes com dores, consultar um médico ou fisioterapeuta antes de iniciar a prática. Só não podem praticar pilates pessoas com fraturas recentes, hérnias de disco severa ou que tenham passado por cirurgias. 

Para o ortopedista, a principal vantagem do pilates é a possibilidade de personalização, o professor pode adaptar os exercícios, alterando para quem tem dores nas costas por exemplo, problemas no joelho, garantindo uma prática segura e eficaz para todos.

O Pilates é amplamente utilizado também na reabilitação de lesões ortopédicas. Sua abordagem de baixo impacto e foco na estabilização muscular torna ideal para a recuperação de diversas condições, como lesões no joelho, quadril e coluna. "Como ortopedista, vejo diariamente os impactos positivos que a prática de Pilates bem orientada pode ter na vida dos meus pacientes. É uma ferramenta poderosa não apenas para a reabilitação, mas também para a prevenção de lesões e a promoção de uma vida mais saudável e equilibrada."

A única recomendação do médico é, diante de dores agudas ou desconforto extremo, procurar um médico. O pilates deve ser sempre uma atividade agradável e não dolorosa, segundo ele.  




Cleber Furlan - Médico ortopedista há mais de 20 anos, o Dr. Cleber Furlan é também Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Furlan é especialista em Cirurgia do Quadril, bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril.
https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/


Campanha Julho Verde busca conscientização na luta contra o Câncer de Cabeça e Pescoço

Especialista discute os avanços e a importância da prevenção no combate à doença

 

A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço anuncia a Campanha Julho Verde 2024, com o tema “Uma Década de Cuidados”. Esta iniciativa visa conscientizar a população e os profissionais de saúde sobre a relevância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento inicial do câncer de cabeça e pescoço.

 

Os tumores malignos que surgem na boca, orofaringe, laringe (onde se localizam as cordas vocais), nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço, tireoide, couro cabeludo, pele do rosto e do pescoço são classificados como câncer de cabeça e pescoço. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a previsão para o Brasil em 2024 é de 39.550 novos casos desses tipos de câncer, incluindo cavidade oral, tireoide e laringe.

 

"A campanha deste ano, que é a décima, tem como slogan: 'Fique atento. Consulte um especialista'. O objetivo é instruir a população no diagnóstico precoce, orientando sobre os principais sintomas que podem indicar câncer de cabeça e pescoço," explica a Dra. Sílvia Picado, Médica de Cabeça e Pescoço estatutária da Prefeitura Municipal de Santos e Diretora Social da APM Santos. "Além disso, também queremos orientar quanto aos fatores de risco e à necessidade de manutenção de hábitos saudáveis”.

 

Os principais fatores de risco associados ao câncer de cabeça e pescoço incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool, infecção pelo vírus do HPV e exposição solar excessiva. "Parar de fumar, evitar o consumo de destilados e adotar hábitos saudáveis são medidas que diminuem bastante a incidência desses tumores," afirma Dra. Sílvia Picado. "A vacinação contra o HPV e o uso de preservativos nas relações sexuais também são eficazes para a prevenção."

 

Para o câncer de tireoide, os fatores de risco são uma dieta pobre em iodo, histórico de irradiação no pescoço, história familiar de câncer de tireoide, obesidade e tabagismo. "Ter hábitos saudáveis, realizar exercícios físicos e acompanhar com exames caso haja histórico familiar ajudam na prevenção e detecção precoces," acrescenta a Dra. Sílvia Picado.

 

Os avanços recentes no tratamento do câncer de cabeça e pescoço incluem o uso de novas tecnologias, como laser, pinças ultrassônicas, monitorização de nervos e robôs. "Essas inovações conseguem promover cirurgias com menor tempo cirúrgico e diminuir complicações," destaca a Dra. Sílvia Picado. "No entanto, o diagnóstico precoce ainda é o principal fator para obter a cura, com procedimentos menos invasivos na maior parte dos casos."

 

Identificar precocemente os sintomas do câncer de cabeça e pescoço é crucial para aumentar as chances de cura. "Inchaço ou ferida que não cicatriza em 15 dias, nódulo na boca, pescoço ou mandíbula, manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na região da boca, dificuldade para falar ou engolir e dificuldade para respirar são sinais que requerem atenção imediata. Quando diagnosticados precocemente, a cura pode chegar a 90%", alerta a Dra. Sílvia Picado.

 

Dra. Sílvia Picado - possui graduação em Ciências Médicas pelo Centro Universitário Lusíada (UNILUS). Concluiu Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço em 2015 e obteve o título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) no mesmo ano, tornando-se membro efetivo e integrante da atual comissão de marketing da SBCCP. Em 2019, a Dra. Sílvia Picado concluiu o mestrado no programa de Pós-graduação em Fisiopatologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Atualmente, exerce o cargo de professora na UNILUS e é a Diretora Social da Associação Paulista de Medicina de Santos (APM Santos).


Medicamentos: farmacêutica explica a importância do uso racional e os riscos da automedicação

 

Ao primeiro sinal de desconforto ou mal-estar, é comum recorrermos aos medicamentos que costumamos ter disponíveis em casa. No entanto, é necessária uma conscientização sobre os perigos da automedicação e a importância do uso responsável de medicamentos. Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Sistema Nacional de Informações Toxicológicas, o uso abusivo de medicamentos é a principal causa de intoxicações registradas no Brasil. 

"Um dos problemas do uso irracional são os eventos adversos que podem surgir com o uso inadequado de medicamentos. Além disso, há o risco de não tratar adequadamente a doença diagnosticada, bem como as interações medicamentosas, que podem ocorrer especialmente em casos de polifarmácia, onde há o uso excessivo de vários medicamentos", explica a farmacêutica e professora do curso de Farmácia da Estácio, Marília Vasconcelos. 

A farmacêutica ressalta a importância de evitar a automedicação e, quando necessário, buscar a orientação do farmacêutico, sempre disponível nas farmácias. "Outra dica é evitar o uso excessivo de chás e medicamentos caseiros. Ao consultar um médico, é fundamental informar quais medicamentos já estão em uso contínuo, permitindo assim uma avaliação precisa sobre a necessidade de ajustes na prescrição. Além disso, é essencial descartar os medicamentos de forma adequada, evitando a poluição ambiental", enfatiza. 

Utiliza os medicamentos de maneira consciente, seguindo sempre as orientações médicas e farmacêuticas.



Estácio
Saiba mais em estacio.br



Três importante erro com o nariz, otorrino alerta

 

Hábitos como cutucar, pingar gotinhas para desentupire até mesmo assoar o nariz estão entre os principais erros que muita gente comete e nem percebe que está fazendo um grande mal a saúde nasal. O médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros da capital paulista, explica por quê.
 

Cutucar: Por ser uma area muito vascularizada, ou seja, o fluxo sanguíneo é maior nesta região, o hábito de mexer e cutucar o nariz pode machucar e provocar sangramento nasal.
 

Gotinhas descongestionantes: Em um processo de inflamação nasal, os vasos sanguíneos se dilatam, aumentando o volume dos cornetos e causando obstrução nasal. O papel deste tipo de medicamento é justamente contrair estes vasos sanguíneos e funcionam, mas se o uso for contínuo por mais de 5 dias, pode prejudicar a respiração já que passa a irritar o nariz e gerar um efeito rebote que é confundido com a necessidade de pingar de maneira recorrente.

 

Assoar ou não? Eis a questão: Pode não ser a opção mais higiênica e comum de ser vista, mas o ideal,quando o nariz está congestionado, é lavar e puxar a secreção para dentro para expectorar. Não é indicado assoar, já isso pode causar aumento excessivo de pressão nas cavidades nasais e agravar infecções.  



FONTE:
Bruno Borges de Carvalho Barros - Médico otorrinolaringologista pela UNIFESP Professor Medcel Pós-graduação pela UNIFESP. Especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo.


Tecnologia de ponta controla o avanço da alta miopia em crianças e ajuda a prevenir doenças oculares graves

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a miopia uma das prioridades globais em saúde ocular. A agência prevê que, até 2050, esse distúrbio visual irá atingir metade da população mundial, ou seja, cerca de 4,7 bilhões de pessoas. Destas, 938 milhões (10% da população mundial) terão alta miopia (maior que 5 graus), a qual é fator de risco para a perda da visão, pois pode gerar complicações oculares como rasgos, degeneração e descolamento da retina, edema na mácula (porção central da retina), catarata e glaucoma. As estimativas da OMS para o Brasil apontam que, até 2040, haverá um aumento de 84.8% no número de pessoas com alta miopia, passando de 6,6 milhões para 12,2 milhões. 

Entre a população asiática, a prevalência da miopia é tão alta que alcança proporções epidêmicas, atingindo de 72% a 81% dos estudantes da escola secundária (11 a 17 anos). Destes casos, 10% poderão dar origem à alta miopia. Na Europa, o índice é menor mas, ainda assim, preocupante: 20 a 30% dos indivíduos na mesma faixa etária são afetados. “Estamos à beira de uma pandemia refratária”, alerta o oftalmopediatra Eduardo Silva, diretor do Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) de Oftalmologia Pediátrica do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, em Portugal. 

Temos observado um início cada vez mais precoce da miopia, o que implica um risco significativamente maior de desenvolver alta miopia”, afirma Marcela Barreira, oftalmopediatra pela UNIFESP e neuroftalmologista pela USP. “Para evitar esse desfecho, é necessário identificar o erro refrativo na infância, em seus primeiros estágios. Assim, podem ser empregados recursos terapêuticos que visam desacelerar o seu avanço”, adverte a médica. Silva concorda e ressalta que a detecção precoce depende da conscientização dos pais. “A maioria desconhece a importância de gerir o problema para evitar complicações futuras”, lamenta. 

A miopia é um problema nos olhos que causa dificuldade para enxergar de longe. Uma das origens desse distúrbio visual é o formato do globo ocular, que é mais longo do que o comum e, com isso, os raios de luz são absorvidos antes de chegar na retina. Esse alongamento é chamado de crescimento axial. 

A causa da miopia é, em sua maioria, genética. Mas o estilo de vida também contribui para seu surgimento e, até mesmo, para acelerar a sua progressão. Hoje, as crianças passam menos tempo em ambientes abertos. Isso é prejudicial porque as atividades externas estimulam a visão à distância. Além disso, a luz solar auxilia a produção de dopamina, hormônio que ajuda a controlar o crescimento axial do olho. 

Por outro lado, crianças utilizam, cada vez mais cedo e por mais tempo, dispositivos eletrônicos como tablets e celulares. O uso excessivo de telas próximas aos olhos demanda muito de nossa visão de perto, deixando a de longe sem uso. Além disso, é cientificamente comprovado que a luz azul desses aparelhos é tóxica para a retina.
 

Tecnologia de ponta no combate à alta miopia 

Entre os tratamentos para combater o aumento exponencial da alta miopia em crianças e adolescentes, destacam-se as lentes ZEISS MyoCare, que utilizam tecnologia de ponta para desacelerar o avanço da doença. Desenvolvidas pela ZEISS, empresa alemã que é líder mundial em soluções voltadas à saúde ocular, as lentes são resultado de 10 anos de pesquisa. “Trata-se de uma nova geração de lentes com alta tecnologia embarcada que gerencia a progressão da miopia. Para chegar a essa solução, a ZEISS criou e testou vários protótipos em conjunto com o Wenzhou Medical University Eye Hospital, na China, um dos mais avançados centros de pesquisa em oftalmologia do mundo”, conta Paula Queiroz, diretora de marketing da ZEISS Vision no Brasil. “O resultado foi um portfólio com duas lentes, pensadas para acompanhar as alterações na anatomia facial da criança conforme o crescimento, como o tamanho e distância entre as pupilas. Recomendamos a ZEISS MyoCare, para a faixa de 6 a 10 anos, e a ZEISS MyoCare S, para 10 a 17 anos. Somos a única empresa no mercado com lentes específicas para cada faixa etária”, explica. 

Resultados preliminares de um ensaio clínico com 232 crianças entre 7 e 12 anos, em andamento no Wenzhou Medical University Eye Hospital, revelaram controle do alongamento (crescimento axial) do olho, um dos fatores responsáveis pelo surgimento e crescimento da miopia. Dentre as crianças que fizeram uso das lentes ZEISS Myocare, 16% não apresentaram crescimento axial do olho. Entre as crianças que utilizaram lentes corretivas convencionais, esse índice foi de apenas 7%. “Temos o compromisso de colher cada vez mais evidências científicas da efetividade das lentes ZEISS MyoCare. Por isso, elas estão passando por uma avaliação abrangente, com testes clínicos realizados em conjunto com renomadas instituições de pesquisa na Europa e China”, destaca Paula Queiroz. Os resultados mais recentes de tais estudos foram apresentados no encontro anual da Association for Research in Vision and Ophthalmology, em maio de 2024.
 

Investimento na ciência 

Diante da necessidade de elaboração de um método para prever a alta miopia e simular sua progressão futura, bem como de aprofundar os conhecimentos sobre o comportamento refrativo ocular em crianças caucasianas, a ZEISS decidiu investir na ciência. Em 2014, associou-se à LIFE Child, pesquisa global que monitora a saúde ocular em crianças, e à Universidade de Leipzig, na Alemanha, para observar, ao longo de 10 anos, o desenvolvimento refrativo em 1965 pessoas de 3 a 16 anos de idade. 

Essa pesquisa foi uma das bases para o desenvolvimento das lentes ZEISS MyoCare, que visam a contenção do alongamento do olho em crianças de 6 a 17 anos com propensão à alta miopia. Esse é mais um diferencial da ZEISS em relação à concorrência: as lentes ZEISS MyoCare possuem tecnologia fundamentada não somente em estudos com crianças orientais, mas também com ocidentais.

 

Como funcionam as lentes ZEISS MyoCare
A tecnologia C.A.R.E.® (Cylindrical Annular Refractive Elements ou, em português, Elementos Refrativos Anulares Cilíndricos), desenvolvida pela ZEISS, alterna zonas de desfoque (embaçamento) e foco (visão nítida). Na superfície frontal da lente, existem microestruturas que formam padrões semelhantes a anéis, os quais promovem o embaçamento. A correção da miopia se dá na zona central e nas regiões entre os anéis. “Essa configuração expõe a retina, simultaneamente, a planos focais competitivos. A desfocagem envia um sinal de ‘pare’ à retina, que reduz a probabilidade de o olho sofrer crescimento não fisiológico e, dessa forma, retarda a progressão da miopia. Ao mesmo tempo, as áreas livres de anéis corrigem a miopia e permitem a visão nítida ”, explica Eduardo Silva.


Número de internações causadas por herpes zoster cresce no Brasil1

De acordo com o DataSUS, foram registrados 2.600 casos de hospitalizações pela doença em 20231

 

De acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), do Ministério da Saúde, via DataSUS, houve um aumento de 10,6% no número de internações hospitalares causadas pelo herpes zoster em 2023 em relação ao ano anterior. Foram 2.600 casos registrados.1 A doença é causada pela reativação do vírus varicela zoster, que costuma ser adquirido ainda na infância através da catapora, e já pode estar presente no organismo de cerca de 94% dos brasileiros adultos.2,3 

A alta nos diagnósticos do herpes zoster pode estar relacionada ao envelhecimento da população. Segundo dados do IBGE, através do Censo 2022, o total de idosos no Brasil cresceu 57,4% em 12 anos,4 e o varicela zoster tende a se manifestar com o avanço da idade, principalmente, a partir dos 50 anos, quando começa a ocorrer um declínio natural do sistema imunológico.5,6 

O sintoma mais característico do herpes zoster é a dor provocada pelas lesões cutâneas, que podem surgir em qualquer parte do corpo, mas são mais frequentes no tórax, no abdômen e na face, seguindo os trajetos dos nervos.5,6 As dores costumam ser descritas como sensação de queimadura, dor latejante, cortante ou penetrante, formigamento e agulhadas, ardor e coceira locais, além da erupção de pequenas bolhas agrupadas na pele e febre, dor de cabeça e mal-estar.5,6 

“Muitas pessoas ainda desconhecem os riscos do herpes zoster e menosprezam seus sintomas e sequelas. A doença está relacionada ao envelhecimento da população, presença de doenças crônicas e condições imunossupressoras e outros fatores que levam à queda da imunidade. É importante esclarecer que o herpes zoster pode provocar dores incapacitantes, que podem se estender por 90 dias ou mais, como é o caso da neuralgia pós-herpética”, explica o infectologista Jessé Reis Alves (CRM 71991/SP), gerente médico de vacinas da GSK.
 

Prevenção a longo prazo 

A GSK anunciou em abril que a pesquisa de longo prazo Zoster-049 mostrou que a vacina recombinante para o herpes zoster da GSK pode fornecer proteção contra o herpes zoster por até 11 anos. Os dados finais do ensaio comprovaram a eficácia em 79,7% dos participantes com 50 anos ou mais, entre seis e onze anos após a imunização. Já nos adultos com 70 anos ou mais, houve eficácia em 73,1% dos participantes, no mesmo intervalo de tempo. Além disso, nenhuma nova preocupação de segurança foi identificada durante o período de acompanhamento.7

 Material destinado ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 


GSK



Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “ANO/MÊS DE ATENDIMENTO” para Linha, “NÃO ATIVA” para Coluna, “CASOS CONFIRMADOS” para Conteúdo, "INTERNAÇÕES";"ÓBITOS" E "TAXA DE MORTALIDADE" para Períodos disponíveis de Janeiro de 2022 a Março de 2024. Seleções disponíveis “VARICELA E HERPES ZOSTER” para Lista Morb CID-10 e “40 A 49 ANOS,50 A 59 ANOS, 60 A 69 ANOS, 70 A 79 ANOS E 80 ANOS E MAIS” para Faixa Etária 1. Base de dados disponível em <Link> Acesso em 13 de maio de 2024.

2. CLEMENS, S. Et al. Soroepidemiologia da varicela no Brasil – resultados de um estudo prospectivo transversal. Jornal da Pediatria, v. 75, n. 433-441, 1999;

3. SOUZA, V.:PANUTTI, C.;REIS,A. Prevalência de anticorpos para o vírus da varicela-zoster em adultos jovens de diferentes regiões climáticas brasileiras. Disponível em <Link> Acesso em 13 de maio de 2024.

4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Disponível em <Link> Acesso em 7 de maio de 2024;

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Herpes (Cobreiro). Disponível em <Link> Acesso em 7 de maio de 2024;

6. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2008;57(RR-5):1-30;

7. Diez-Domingo J, et al. Adjuvanted recombinant zoster vaccine (RZV) is the first vaccine to provide durable protection against herpes zoster (HZ) in all age ranges ≥50 years: final analysis of efficacy and safety after 11 years (Y) of follow-up. Abstract presented at European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases (ESCMID); 27–30 April 2024, Barcelona, Spain.


A importância de cuidados bucais ao ingerir alimentos e bebidas ácidas

Adobe Stock
Entenda porque o aumento na ingestão desses produtos, em especial os industrializados, podem afetar a saúde bucal


O consumo excessivo de sucos e frutas cítricas, como limão e laranja, molhos de salada à base de vinagre, bebidas alcoólicas e até refrigerantes pode resultar em desgaste dentário devido à degradação química do esmalte. Com o aumento da ingestão desses produtos, especialmente os industrializados, o cuidado com o impacto na saúde bucal torna-se ainda mais relevante. 

De acordo com Gabriella Mundim, consultora da GUM®, empresa especializada em cuidados bucais inovadores, “este desgaste nos dentes se torna mais nítido quando a dieta excessivamente ácida, combinada ao uso de escovas com cerdas duras e pastas abrasivas.”, afirma. 

Embora os alimentos mencionados ofereçam benefícios nutricionais essenciais para o funcionamento do corpo, algumas práticas podem reduzir o risco de erosão química. Hábitos simples, como evitar manter bebidas ácidas na boca por longos períodos e enxaguar a cavidade bucal com água antes da escovação completa, podem ser úteis. O mesmo vale para casos de vômito, prejudicial devido ao suco gástrico. 

A dica da especialista é utilizar canudos ao ingerir esses líquidos para reduzir o contato direto com os dentes. “Além do uso do canudo, a adaptação na rotina de escovação também é importante, optando por uma escova macia e creme dental fluoretado com baixa abrasividade. Prefira também alimentos ricos em cálcio, cmo laticínios e vegetais de folhas verdes, que contribuem para a saúde da dentição, fortalecendo o esmalte”. 

Para finalizar, Gabriella pontua a importância de consultas regulares ao dentista a fim de acompanhar e prevenir o desgaste dentário. “Visitas periódicas ao dentista são essenciais para identificar precocemente qualquer sinal de erosão e aplicar tratamentos preventivos ou corretivos adequados. A prevenção é sempre o melhor caminho para manter um sorriso saudável e bonito”, conclui a especialista.
 

GUM®


Saiba o que é o Transtorno Afetivo Sazonal e por que incidência no inverno é maio

Foto: Keenan Constance/Pexels-Creative Commons
 Condição conhecida como “depressão sazonal” tem relação com a ausência de luz solar e diagnóstico precisa ser feito por profissional especializado em saúde mental

 

 

O inverno costuma ser uma estação de maior introspecção em comparação com as demais. O tempo mais frio, os dias mais curtos, a menor exposição ao sol e a realização de mais atividades em locais fechados do que ao ar livre acabam contribuindo para que o inverno tenha uma visão de estação mais triste, principalmente quando a comparação é com a primavera e o verão.

 

Porém, em alguns casos, este quadro pode ser mais do que uma simples melancolia, mas um distúrbio mais sério, conhecido como Transtorno Afetivo Sazonal (TAS), popularmente chamado de depressão sazonal. Contudo, diferenciar uma variação de humor ocasionada pela queda de temperatura do TAS pode ser uma tarefa relativamente difícil.

 

Depressão sazonal x tristeza sazonal

 

De acordo com Marina Bueno, psicóloga e cadastrada no GetNinjas, maior aplicativo para contratação de serviços do Brasil, a tristeza sazonal tem sintomas leves a moderados, que não chegam a durar mais que duas semanas, sem interferir na capacidade das pessoas de realizar suas atividades diárias. “A maior diferença entre a tristeza sazonal comum e transtornos sazonais mais sérios está na intensidade dos sintomas, além da duração e do impacto na rotina das pessoas”, explica a profissional.

 

Pessoas com TAS apresentam sintomas mais intensos e duradouros, que, frequentemente, chegam a durar meses. “Além de uma melancolia profunda, as pessoas com TAS também apresentam uma fadiga excessiva, alterações de sono, humor e apetite, perda de prazer e interesse na realização de atividades do dia-a-dia, dificuldade de concentração e de socialização”, detalha a psicóloga.

 

Esses sintomas também diferem sensivelmente de quadros depressivos tradicionais, principalmente por conta do padrão sazonal específico que seguem. Os sinais do TAS aparecem sempre em um período específico e previsível do ano, que, em geral, ocorre entre o final do outono e o início do inverno, assim como desaparecem com a mesma previsibilidade, entre os dias finais do inverno e o início da primavera.

 

O que mais pode causar a depressão sazonal?

 

A depressão sazonal pode ser desencadeada por uma série de fatores, que vão desde a baixa exposição à luz solar, passando pelo ambiente e estilo de vida adotados pelo paciente e chega até a fatores genéticos. “Variantes genéticas que afetam a regulação dos neurotransmissores e do ritmo circadiano podem aumentar a vulnerabilidade ao Transtorno Afetivo Sazonal”, pontua a profissional.

 

Uma rotina com alto nível de estresse, poucas horas de sono e o sedentarismo também podem ser fatores de risco para o desenvolvimento do TAS. De acordo com Marina Bueno, a interação complexa entre genética, ambiente e cultura molda a experiência individual da depressão sazonal.

 

Falta de luz solar agrava o quadro

 

Um fator que pode desencadear a depressão sazonal é a falta de exposição à luz solar, decorrente dos dias mais cinzas da estação mais fria do ano. A falta de luz solar afeta uma série de mecanismos responsáveis pela produção de hormônios, neurotransmissores e também altera o ritmo circadiano (variações biológicas que ocorrem no organismo no decorrer de um período de 24 horas).

 

Por ser um período mais escuro, o inverno também altera a produção de melatonina, o hormônio responsável pela regulação do sono, que tem uma produção maior. Em contrapartida, a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pelo humor, acaba sendo menor.

 

“Essas alterações podem desregular o ciclo sono-vigília e contribuir para sentimentos de depressão”, defende Marina Bueno. “Compreender essa dinâmica na produção de hormônios e neurotransmissores é algo muito importante no momento de desenhar estratégias de prevenção e tratamento do Transtorno Afetivo Sazonal”, pontua.

 

Segundo a profissional, o tratamento deve ser sempre desenhado por um profissional de saúde mental e após o diagnóstico adequado da condição do paciente. “A combinação de fototerapia, medicação, psicoterapia e mudanças no estilo de vida pode proporcionar um alívio significativo dos sintomas da depressão sazonal”, explica Bueno.

 

Prevenção e tratamento

 

No que diz respeito à prevenção, existem diversas medidas que podem auxiliar os pacientes, como passar mais tempo ao ar livre durante o dia, mesmo nos meses de inverno, isso pode maximizar a exposição à luz solar natural, o que ajuda a regular os padrões de sono e humor. Para quem não tem essa possibilidade, por conta da rotina de trabalho, por exemplo, uma opção pode ser a fototerapia.

 

“Manter uma rotina regular, incluindo horários consistentes de sono, alimentação saudável e exercício regular, também desempenha um papel importante na prevenção do Transtorno Afetivo Sazonal”, recomenda Marina Bueno. “Estratégias de gerenciamento do estresse, como práticas de relaxamento e buscar apoio social, como a psicoterapia, ou terapia ocupacional são fundamentais para promover o bem-estar emocional”, conclui a especialista.

 

GetNinjas

Alergias respiratórias e alimentares são as que mais afetam brasileiros

Crédito: Envato 
No Dia Mundial da Alergia (8), especialista do CEJAM alerta a população sobre os quadros, sintomas e tratamentos


A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que, até o ano de 2030, metade da população mundial sofrerá com algum tipo de alergia respiratória, alimentar ou de pele. No Brasil, já são 61 milhões de pessoas sofrendo com algum tipo da doença.
 

Não surpreende que a procura por consultas médicas ambulatoriais com alergistas e imunologistas tenha crescido 42,1% no país entre 2019 e 2022, conforme levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
 

A temida alergia, presente no cotidiano de muitos, é uma resposta exagerada do sistema imunológico a determinadas substâncias. "Elas possuem causas variadas, que podem incluir o contato com ácaros, alimentos, animais, medicamentos, picadas de insetos, látex, pólen e muito mais. Até mesmo mudanças climáticas ou estresse podem influenciar no seu surgimento", afirma o Dr. Edcarlos Cajuela, alergista e imunologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim".
 

Nem sempre é possível compreender a motivação para que o corpo passe a reagir exageradamente em certas ocasiões. Algumas alergias podem ter predisposição genética como principal causa de seu surgimento, mas, na maioria dos casos, a explicação não é clara.
 

"Em algum momento da vida, o organismo identifica uma determinada substância como estranha e começa a desenvolver anticorpos, desencadeando uma série de reações que constituem a resposta alérgica. Portanto, é importante destacar que ninguém nasce alérgico. Trata-se de uma predisposição, aliada a fatores ambientais", explica o médico.
 

De modo geral, os sintomas podem variar desde formas leves, como espirros, coceiras, lacrimejamento e vermelhidão em pontos isolados da pele, até erupções cutâneas e inchaço das pálpebras, lábios, orelhas e genitais. No entanto, também têm a possibilidade de se manifestar de maneira grave, provocando desconforto respiratório, queda de pressão e perda de consciência.
 

Entre os brasileiros, as alergias respiratórias, como a rinite alérgica e a asma, são as mais comuns. "As reações alérgicas podem afetar qualquer parte do corpo, mas uma grande parcela da população sofre principalmente com manifestações nas vias respiratórias, experimentando sintomas recorrentes como espirros, coriza, coceira nasal, tosse, chiado no peito e dificuldade para respirar”, acrescenta.
 

As duas principais inflamações podem ter impactos ainda mais significativos na saúde. A rinite, por exemplo, pode causar alterações no sono e no descanso, afetando consequentemente a capacidade de concentração, humor e memorização. Em casos de rinoconjuntivites alérgicas, junção da rinite com a conjuntivite, pode haver alterações oculares e, em situações graves, crescimento anormal dos ossos da face.
 

Por outro lado, um indivíduo com asma pode enfrentar restrições nas atividades físicas e até mesmo nas atividades diárias, podendo ocorrer alterações estruturais no tórax e impactos no desenvolvimento do corpo como um todo.
 

Simultaneamente, as alergias alimentares também estão entre as mais prevalentes no país. Embora não existam estatísticas oficiais, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) estima que 8% das crianças de até dois anos de idade e 2% dos adultos tenham algum tipo de alergia dessa linha.
 

"A alergia alimentar é uma reação anormal do organismo à alguma proteína presente nos alimentos. O problema surge quando o corpo identifica como ameaça substâncias que, na realidade, não são nocivas, desencadeando assim uma resposta imune para combatê-las", ressalta o Dr. Edcarlos.
 

Segundo o especialista, leite de vaca, soja, amendoim, ovo, castanhas, trigo, peixe e frutos do mar são os alimentos responsáveis por 90% dessas alergias. "Nessas circunstâncias, os sinais e sintomas podem variar, incluindo coceira na boca ou garganta, inchaço dos lábios ou língua, erupções cutâneas, diarreia, náusea, vômito, tontura, dor abdominal e dificuldade para respirar."
 

Para o diagnóstico de qualquer tipo de alergia, é necessário buscar ajuda médica, além de realizar exames físicos e laboratoriais, dependendo da suspeita. É importante ter esse acompanhamento para saber exatamente o que fazer e qual medicamento tomar em cada crise.
 

No caso da alergia alimentar, não existe um remédio específico para tratá-la, podendo ser feito o uso apenas em alguns casos. “O ideal é excluir completamente aqueles alimentos e substâncias que provocam alguma reação alérgica da dieta”, reforça o alergista.
 

Portanto, diante de qualquer sinal ou suspeita de alergia, busque ajuda especializada. A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para controlar os sintomas e prevenir episódios graves.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

@cejamoficial

9 de julho Feriado no estado de São Paulo: Entenda o que foi a Revolução Constitucionalista de 1932 e quem tem direito a folgar na data


Dia 9 de julho é feriado no estado de São Paulo desde o ano de  1997, em referência à Revolução Constitucionalista de 1932. A concretização da data enquanto feriado aconteceu quando o Projeto de Lei nº 710/1995 liderado pelo deputado estadual Guilherme Gianetti no mandato do então governador Mário Covas, foi aprovado. 

Apesar de ser uma data histórica, muitos desconhecem seu real significado, como também, não têm ciência sobre o funcionamento de instituições públicas e privadas, o que leva à boa e velha pergunta: será que eu tenho direito a folga?  

A dúvida é geral, segundo dados do Google Trends que apontaram o tema como um dos mais buscados na última semana do mês de junho. Nesse sentido, vamos abordar do ponto de vista legal quais os direitos dos trabalhadores em caso de feriados iguais a este. 

 

O que foi o dia 9 de julho 

No início da década de 30, o Brasil vivia uma enorme agitação em razão da Revolução de 1930, que colocou Getúlio Vargas no poder. As medidas de Vargas visavam reduzir a autonomia dos estados do país. O então governante indicava interventores para governá-los segundo seus interesses. 

São Paulo foi um dos estados mais descontentes com a situação, e assim, com o apoio de grupos econômicos e políticos locais, organizou um levante  que resultou no maior conflito militar do país no século 20. Com início em 9 de julho de 1932,  terminou com a rendição do Exército Constitucionalista em 2 de outubro, tendo como  estopim  as mortes de quatro jovens paulistas por tropas getulistas durante uma manifestação no Centro de São Paulo, no dia 23 de maio.

 

Consequências e Legados 

Dentre os legados e principais consequências da Revolução, é possível citar, a curto prazo, a convocação de uma Assembleia Constituinte, a reabertura do congresso e a convocação de eleições gerais. Já a longo prazo, viu-se o crescimento da valorização dos preceitos democráticos, da participação popular na política, da vigilância mais próxima de governados sobre governantes, como também, uma maior atenção e reflexão sobre o conceito e o exercício da cidadania.

 

Mas, então, é feriado ou ponto facultativo? 

A Lei Federal n.º 9.093, de 12 de setembro de 1995, sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, definiu que a data magna de cada Estado da nação fosse transformada em feriado civil. Assim, cada unidade da federação tem liberdade de escolher qual dia do ano deve ser guardado. O estado de São Paulo determinou, portanto, o dia 9 de julho. Por se tratar de lei estadual, o feriado não requer manutenção através de legislação específica, como a assinatura de um decreto para sua renovação anual, sendo então oficial e não facultativo. 

Neste caso, escolas, órgãos públicos e muitas empresas têm o dia livre para que seus colaboradores possam usufruir e descansar, enquanto alguns setores essenciais, como saúde e segurança, continuam operando normalmente.  

Caso a empresa tenha expediente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante uma remuneração equivalente ao dobro do valor regular. A lei permite, no entanto, que sejam feitas outras compensações como folgas negociadas. Ou seja, quando um trabalho ocorre em feriados pode-se garantir uma folga a combinar com o empregador. A definição da forma de pagamento ou compensação geralmente é feita em acordo entre empregador e o sindicato. E, na ausência de convenção coletiva, a decisão pode ser negociada entre empregador e funcionário. 

 

Raquel Fabiana Câmara Grieco - advogada no escritório Bosquê advocacia