quarta-feira, 31 de julho de 2024

Julho Amarelo alerta sobre a importância da prevenção e controle das hepatites virais

 Campanha foi criada para conscientizar a população sobre os riscos da doença, que é também responsável por 60% dos casos de câncer de fígado

 

Julho foi adotado pelo Ministério da Saúde e pelo Comitê Estadual de Hepatites Virais como um mês de luta e prevenção. A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. Cerca de dois milhões de pessoas são infectadas anualmente e um milhão morrem em decorrência da doença, segundo estimativas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece as hepatites virais como um desafio para o sistema de saúde global. 

“Isso não significa que a prevenção à doença deva ser menor nos demais meses do ano, muito pelo contrário, a cada dia deve-se aumentar a atenção porque essas infecções são as principais causadoras de câncer no fígado. Estima-se que 60% dos casos desse tipo de câncer sejam causados pelos tipos B e C”, afirma Allan Rêgo, que é hepatologista da Hapvida NotreDame Intermédica e membro da Sociedade Brasileira de Hepatologia. 

As hepatites virais podem ser causadas por diferentes vírus, dentre os quais o A, o B e o C merecem mais destaque. A hepatite A é de alta transmissão, mas apresenta evolução benigna na maioria dos casos. A infecção se dá pela exposição a fezes contaminadas por meio de água e alimentos também contaminados.

Os vírus B e C costumam ser inicialmente silenciosos e podem evoluir para cirrose e câncer do fígado. No caso da hepatite B, a transmissão ocorre pelo contato com sangue, sêmen e outros fluidos corporais de pessoas infectadas. Mas também pode acontecer por via vertical: no momento do parto, da mãe para o recém-nascido. Já na hepatite C, a transmissão acontece predominantemente por via parenteral, ou seja, através do contato com sangue ou derivados. 

Existe vacina para hepatite A - VHA e o tratamento não exige uma medicação específica. Normalmente, os pacientes evoluem bem e o organismo elimina o vírus. Aproximadamente um terço da população mundial já teve contato com o vírus da hepatite B – HBV, e a estimativa é de que 240 milhões de pessoas estejam infectadas cronicamente. A hepatite B é responsável por 780 mil óbitos ao ano no mundo. 

Para a hepatite C não existe vacina. O tratamento é definido segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o Tratamento da Hepatite C e Coinfecções, publicado pelo Ministério da Saúde.

“Todas as pessoas acima de 40 anos devem fazer o teste anti-HCV pelo menos uma vez na vida. O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz e para prevenir a transmissão. Muitas vezes, essas doenças são assintomáticas ou apresentam sintomas inespecíficos, como fadiga, febre, mal-estar, dor abdominal, icterícia (amarelamento da pele e olhos) e urina escura. Por isso, a realização de testes específicos é crucial para a detecção prévia”, destaca o hepatologista.

 

Hapvida NotreDame Intermédica


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