Com
o Transtorno de Estresse Pós-Traumático os níveis de cortisol ficam
desregulados, afirma o Médico Endocrinologista Dr. Rodrigo Neves FreePik
Com a tragédia que vem ocorrendo o Rio Grande do Sul surgiu uma grande preocupação também com a saúde mental das vítimas, principalmente a respeito do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), que causa ansiedade e estresse crônico após um evento traumatizante.
No
entanto, problemas de saúde mental possuem também um grande impacto na saúde
física, desregulando hormônios importantes do organismo, afirma o Médico
Endocrinologista Dr. Rodrigo Neves.
“A saúde mental e a física não são áreas separadas como muitos acreditam, há grandes relações entre as duas e em transtornos, como o pós-traumático, os hormônios do paciente são fortemente alterados, principalmente o cortisol e a serotonina, ambos relacionados ao humor”.
“O cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, está muito ligado com a capacidade de lidar com ameaças, já a serotonina, conhecida como hormônio da felicidade, controla a ansiedade e o estresse e gera sensação de bem-estar. Quando ambos estão desequilibrados há um forte impacto no humor e na saúde emocional do indivíduo”, explica.
Medicamentos
podem ajudar, mas devem ser associados a terapia
Antidepressivos
são os medicamentos mais usados para o tratamento de Transtorno de Estresse
Pós-Traumático, ajudando a regular os hormônios do bem estar, mas não devem ser
a única forma de tratamento, alerta o Dr. Rodrigo Neves.
“Os antidepressivos ajudam bastante no tratamento de TEPT pois ajudam a estimular, por exemplo, a serotonina e noradrenalina, que ajudam na regulação do humor e das emoções, o que ajuda a controlar sintomas depressivos, mas não as causas do problema, por isso, a administração de fármacos deve ser sempre associada a terapia psicológica para lidar melhor com o trauma”.
“Vale
sempre ressaltar que os antidepressivos devem sempre ser usados sob prescrição
médica, até mesmo o medicamento específico que será usado deve ser definido de
acordo com a situação de cada paciente”, explica.
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