quinta-feira, 16 de maio de 2024

Enchentes prejudicaram 95% da atividade econômica do RS

Os principais polos industriais do Rio Grande do Sul estão instalados nas áreas mais afetadas pelas cheias, informou a Fiergs. O Estado organizou canais para receber doações. Saiba como ajudar

 

Quase 95% da atividade econômica do Rio Grande do Sul - exatamente 94,3% - foi afetada pelas cheias que arrasaram o Estado, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). 

"Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia do Estado", afirma o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira. 

Segundo a entidade, das dez regiões econômicas, as com o maior número de municípios atingidos até o dia 13 de maio são Planalto (94), Missões (87), Vale do Taquari (51) e Central (46). 

Em relação à atividade econômica, as quatro regiões com maiores municípios com Valor Adicionado Bruto (VAB) potencialmente afetado são: Metropolitana (R$ 108 bilhões), Vale dos Sinos (R$ 65 bilhões), Serra (R$ 47 bilhões) e Planalto (R$ 46 bilhões). 

Em relação ao VAB da indústria, as regiões com maior atividade industrial potencialmente atingida são: Vale dos Sinos (R$ 25 bilhões), Metropolitana (R$ 17 bilhões), Vale do Taquari (R$ 16 bilhões) e Serra (R$ 15 bilhões). 

Em relação aos estabelecimentos industriais, as regiões com a maior quantidade de indústrias no RS em municípios afetados são Vale dos Sinos (9,1 mil), Metropolitana (8 mil) e Serra (6,6 mil). 

Já as regiões que mais empregam na indústria do Rio Grande do Sul em municípios atingidos são Vale dos Sinos (184 mil), Metropolitana (128 mil) e Serra (121 mil). 

Quanto às exportações apenas da Indústria de Transformação em cidades potencialmente afetadas, destacam-se as regiões Sul, com R$ 3,7 bilhões; Metropolitana, US$ 3,2 bilhões; Central, US$ 3,1 bilhões, e Planalto, US$ 2,7 bilhões. 

Por fim, as regiões com maior impacto potencial sobre a arrecadação de ICMS em estabelecimentos industriais são Vale dos Sinos, com um total de R$ 5,3 bilhões, Serra, R$ 3,5 bilhões, e Metropolitana, R$ 3,1 bilhões. 

Entre os locais mais atingidos, na Região da Serra o destaque vai para a produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis, enquanto na Região Metropolitana de Porto Alegre estão os metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados de petróleo e alimentos. 

Já na Região do Vale dos Sinos tem grande relevância a produção de calçados; e no Vale do Rio Pardo, destacam-se os segmentos de alimentos (carnes, massas) e tabaco. E a Região do Vale do Taquari é forte nos segmentos de alimentos (carnes), calçados e químicos.


COMO FAZER DOAÇÕES PARA O RS

Organizações em todo o País que recebem doações para o Rio Grande do Sul pedem que as contribuições sejam principalmente de água mineral engarrafada, produtos de higiene pessoal, colchões, cobertores e roupas de cama; além de roupas infantis, alimentos não perecíveis, cestas básicas fechadas e ração para pets. Há dificuldades logísticas de entrega em alguns pontos.

Valores doados por Pix - O Estado do Rio Grande do Sul reativou o canal de doações do ano anterior para a conta SOS Rio Grande do Sul. A conta é vinculada ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul).

Os valores repassados por Pix ao CNPJ 92.958.800/0001-38 serão revertidos em apoio às vítimas e reconstrução da infraestrutura dos municípios. 

 

Estadão Conteúdo


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