Os principais polos industriais do Rio Grande do Sul estão instalados nas áreas mais afetadas pelas cheias, informou a Fiergs. O Estado organizou canais para receber doações. Saiba como ajudar
Quase 95% da atividade econômica do Rio Grande do Sul - exatamente 94,3% - foi afetada pelas cheias que arrasaram o Estado, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
"Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia do Estado", afirma o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira.
Segundo a entidade, das dez regiões econômicas, as com o maior número de municípios atingidos até o dia 13 de maio são Planalto (94), Missões (87), Vale do Taquari (51) e Central (46).
Em relação à atividade econômica, as quatro regiões com maiores municípios com Valor Adicionado Bruto (VAB) potencialmente afetado são: Metropolitana (R$ 108 bilhões), Vale dos Sinos (R$ 65 bilhões), Serra (R$ 47 bilhões) e Planalto (R$ 46 bilhões).
Em relação ao VAB da indústria, as regiões com maior atividade industrial potencialmente atingida são: Vale dos Sinos (R$ 25 bilhões), Metropolitana (R$ 17 bilhões), Vale do Taquari (R$ 16 bilhões) e Serra (R$ 15 bilhões).
Em relação aos estabelecimentos industriais, as regiões com a maior quantidade de indústrias no RS em municípios afetados são Vale dos Sinos (9,1 mil), Metropolitana (8 mil) e Serra (6,6 mil).
Já as regiões que mais empregam na indústria do Rio Grande do Sul em municípios atingidos são Vale dos Sinos (184 mil), Metropolitana (128 mil) e Serra (121 mil).
Quanto às exportações apenas da Indústria de Transformação em cidades potencialmente afetadas, destacam-se as regiões Sul, com R$ 3,7 bilhões; Metropolitana, US$ 3,2 bilhões; Central, US$ 3,1 bilhões, e Planalto, US$ 2,7 bilhões.
Por fim, as regiões com maior impacto potencial sobre a arrecadação de ICMS em estabelecimentos industriais são Vale dos Sinos, com um total de R$ 5,3 bilhões, Serra, R$ 3,5 bilhões, e Metropolitana, R$ 3,1 bilhões.
Entre os locais mais atingidos, na Região da Serra o destaque vai para a produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis, enquanto na Região Metropolitana de Porto Alegre estão os metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados de petróleo e alimentos.
Já na Região do Vale dos Sinos tem grande relevância a produção de
calçados; e no Vale do Rio Pardo, destacam-se os segmentos de alimentos
(carnes, massas) e tabaco. E a Região do Vale do Taquari é forte nos segmentos
de alimentos (carnes), calçados e químicos.
COMO FAZER
DOAÇÕES PARA O RS
Organizações em todo o País que
recebem doações para o Rio Grande do Sul pedem que as contribuições sejam
principalmente de água mineral engarrafada, produtos de higiene pessoal,
colchões, cobertores e roupas de cama; além de roupas infantis, alimentos não
perecíveis, cestas básicas fechadas e ração para pets. Há dificuldades
logísticas de entrega em alguns pontos.
Valores
doados por Pix - O Estado do Rio Grande do Sul
reativou o canal de doações do ano anterior para a conta SOS Rio Grande do Sul.
A conta é vinculada ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul).
Os valores repassados por Pix
ao CNPJ 92.958.800/0001-38 serão revertidos em apoio às vítimas e reconstrução
da infraestrutura dos municípios.
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