O dia 05 de maio coloca os holofotes sobre uma pauta crucial: a importância da higienização das mãos na prevenção de doenças e também na promoção da saúde pública. O Dia Mundial da Higienização das Mãos serve como um lembrete de que essa é uma prática que precisa estar presente no dia a dia, pois é uma das medidas mais simples e eficazes para evitar a propagação de germes, vírus, bactérias e outros patógenos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o ato pode reduzir em até 40% a incidência de doenças.
A higiene das mãos tem papel fundamental na prevenção das patologias transmitidas através do contato direto ou indireto com microrganismos, como explica Felipe Moreno, médico infectologista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES). "Há algumas doenças, virais e bacterianas, que podem ser transmitidas pelo contato de mãos não higienizadas, como COVID-19, gripe, conjuntivite, doença mão-pé-boca, mononucleose, herpes zoster, hepatite A, gastroenterocolites, entre outras", afirma ele.
A falta de higienização das mãos permite que os germes se acumulem, criando um ciclo de contaminação que pode se espalhar rapidamente. Isso acontece em algumas situações, como ao tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos sujas, preparar ou ingerir alimentos sem ter lavado as mãos e ao tocar em superfícies contaminadas. Tocar nas mãos de outras pessoas depois de assoar o nariz, tossir ou espirrar também pode transmitir esses germes.
Sendo assim, a melhor forma de prevenir a propagação
é através do simples ato de lavar as mãos. Esse é um hábito que deve ser
frequente, porém merece uma atenção maior em momentos específicos, como: ao
manipular alimentos, antes e depois das refeições, após usar o banheiro, assoar
o nariz, tossir ou espirrar, assim como depois de ter contato com resíduos de
animais e qualquer tipo de lixo, por exemplo.
A correta higienização das mãos
Para garantir a higienização das mãos, não há segredo. O processo
envolve alguns passos simples, mas importantes. Primeiro,
molhe as mãos com água corrente limpa. Em seguida, aplique sabão suficiente
para cobrir toda a superfície das mãos e as esfregue vigorosamente por pelo
menos 20 segundos, garantindo a limpeza de todas as áreas. Não se esqueça de
esfregar também os pulsos. Depois, enxágue bem as mãos com água corrente para
remover completamente o sabão e os germes. Por fim, seque as mãos com uma
toalha limpa ou papel-toalha.
Ambiente hospitalar
Além de prevenir a propagação de doenças infecciosas, a higienização
das mãos também desempenha um papel vital para proteger pacientes,
profissionais de saúde e visitantes contra infecções hospitalares. O
infectologista ressalta, inclusive, que é necessária a correta higienização
antes do uso das luvas, por exemplo, e que uma coisa não substitui a outra. Já
o álcool gel deve ser utilizado somente em casos em que não é possível lavar
com água e sabão. Ele esclarece, ainda, que não é necessário passar álcool gel
nas mãos depois de lavá-las. "Apenas um dos dois já é suficiente. Outro
mito é que os sabões antibacterianos são mais eficientes que os comuns",
desmistifica Dr. Moreno.
Cuidados continuam após a pandemia?
No período da pandemia de COVID-19, a higienização das mãos foi um
assunto bastante abordado, já que a prática era uma das principais formas de
prevenir a propagação do vírus. Segundo o médico, é notável que, após a
pandemia, muitas pessoas deixaram de ter o mesmo cuidado de antes com a higiene
das mãos. "Não só a COVID-19, mas também outras doenças tiveram suas taxas
de incidência diminuídas conforme maior adesão da higiene. Mas as mesmas taxas
sobem quando a adesão piora", alerta.
A higienização das mãos não deve ser deixada de lado, já que as
contaminações pela falta dela continuam a existir. É essencial educar e
conscientizar as pessoas sobre a importância de incorporar essa prática em sua
rotina diária, tanto em casa quanto em ambientes públicos.
Hospital Evangélico de Sorocaba
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