Pesquisa mostra que o estresse e a ansiedade aumentam em dezembro e professor de Psicologia do UniCuritiba ensina como evitar a “dezembrite”
Esperadas pela maioria dos brasileiros, as
férias de fim de ano nem sempre surtem o efeito desejado quando o objetivo é
descansar e restaurar a saúde mental. Um estudo da International Stress
Management Association (Isma) revela que 80% das pessoas economicamente ativas
apresentam níveis maiores de estresse, ansiedade e até depressão no final do
ano.
A causa da Síndrome do Final do Ano – também conhecida como “dezembrite” – está na autocobrança e na melancolia típica dos ciclos que se encerram. Além do estresse causado pela agenda intensa de confraternizações, eventos e viagens, o balanço do ano e os planos não concretizados geram frustração.
Para manter o equilíbrio emocional, a dica é apostar no planejamento.
Mestre em Análise do Comportamento, o psicólogo Guilherme Alcântara Ramos
recomenda que o recesso de fim seja dedicado ao descanso e ao encontro com
pessoas queridas, sem excessos.
“É importante usar o tempo disponível para desfrutar de bons momentos de lazer, evitando viagens estressantes ou horas perdidas em congestionamentos ou longas filas de aeroportos ou rodoviárias”, diz.
Evite excesso de compromissos
A principal dica é não se sobrecarregar em atividades exaustivas, filas de supermercados ou longas horas de preparações na cozinha. “Mais importante do que criar uma agenda intensa nos poucos dias do recesso é usar esse tempo para a organização pessoal e o planejamento do próximo ano”, ensina Guilherme, professor do curso de Psicologia do UniCuritiba – instituição que integra a Ânima, o maior ecossistema de ensino superior privado do país.
Segundo o especialista, pesquisas indicam que são necessários pelo menos 10 dias para que as pessoas consigam, de fato, descansar e revigorar a energia. “Para muita gente, o recesso de fim de ano não dura tudo isso. O importante, então, é definir prioridades e, passadas as festas de Natal e Ano Novo, aproveitar o tempo da melhor forma possível, priorizando o descanso e o lazer.”
O planejamento é tão importante – ou mais – do que a folga em si, ensina Guilherme. Segundo o psicólogo, a saúde mental exige uma rotina saudável e equilibrada, que consiga conciliar as responsabilidades acadêmicas, profissionais e pessoais com os cuidados com a alimentação, atividade física, lazer e relacionamentos.
“O recesso de fim de ano é o momento ideal para uma boa reflexão e para
o planejamento. Só com essa organização pessoal é que se consegue retomar a
rotina e garantir a energia necessária para as demandas do ano que está começando”,
finaliza o professor.
UniCuritiba
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