Medida deve representar economia e impulsionar competitividade
A partir de
janeiro de 2024, o mercado livre de energia no Brasil se tornará uma opção
viável para mais de 100 mil pequenas e médias empresas conectadas à rede de
média e alta tensão, conhecidas como "grupo A". Essa mudança segue a
recente publicação de uma portaria pelo Ministério de Minas e Energia e uma
normativa pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), visando
proporcionar às empresas a oportunidade de reduzir custos e aumentar a
competitividade. A principal alteração trazida por essa regulamentação é a
eliminação da exigência de demanda mínima para a adesão ao mercado livre. A
partir de 2024, empresas com faturas mensais superiores a 10 mil reais já serão
elegíveis, simplificando o processo de migração e tornando-o mais acessível.
Segundo
especialistas do setor, essa mudança representa um passo significativo para
incentivar a eficiência energética, pois o preço da energia elétrica no mercado
livre está diretamente relacionado à oferta e à demanda. Empresas que adotam
práticas mais eficientes no consumo de energia podem se beneficiar de tarifas
mais vantajosas. "Ao permitir que mais de 100 mil pequenas e médias
empresas ingressem no mercado livre, estamos abrindo novas oportunidades para a
redução de custos e aprimoramento da competitividade. Com a perspectiva de expandir
o Ambiente de Contratação Livre (ACL), espera-se que a nova regulamentação
impulsione o crescimento sustentável do setor", opina Uberto Sprung, CEO
da Spirit Energia, especialista assessoria de consumidores no mercado livre de
energia.
Sprung explica
que, no Brasil, existem duas formas de consumidores adquirirem energia: pelo
Ambiente de Contratação Regulada (ACR), em que as concessionárias fornecem
energia a preços regulados, e pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL) ou
Mercado Livre de Energia, que oferece aos consumidores a liberdade de negociar
diretamente com fornecedores.
Benefícios
da migração para o mercado livre:
A abertura do
acesso ao mercado livre de energia traz vantagens notáveis para as pequenas e
médias empresas, incluindo maior liberdade de escolha, acesso a preços mais
competitivos, autonomia nas decisões relacionadas à energia e uma previsão mais
clara das despesas energéticas. "Este anúncio representa um avanço no
setor de energia brasileiro, promovendo um ambiente mais dinâmico e favorecendo
a competitividade das empresas", observa Sprung.
Quem
pode aderir ao Mercado Livre de Energia
A transição para o
mercado livre de energia está aberta a pequenas e médias empresas que atendam
ao único requisito de pertencerem ao grupo A, o qual engloba aquelas com tensão
de alimentação superior a 2,3 kV. A partir de 2024, não será mais necessária a
demanda mínima para adesão, tornando o processo mais inclusivo. Em termos
práticos, faturas de energia mensais superiores a 10 mil reais já qualificam as
empresas para migrar. Segundo Sprung, essa transição dispensa a adesão via
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e elimina as complexidades
associadas aos eventos financeiros dessa entidade. O processo é conduzido de
forma simplificada por meio da representação do comercializador, garantindo uma
transição mais fácil e acessível para as empresas interessadas.
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