sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Acompanhantes realizam duas vezes mais exames periódicos para detectar ISTs do que contratantes, diz pesquisa

 

 Reprodução: Internet

Levantamento realizado pelo Fatal Model aponta que conhecimento e cuidado em saúde sexual entre acompanhantes é expressivamente maior do que quem contrata o serviço

 

O Dia Mundial da Luta contra a AIDS é anualmente celebrado no dia 01 de dezembro com o objetivo de levantar debates e afastar tabus sobre as relações sexuais da população, além de reforçar a importância da saúde sexual e do uso de preservativos. Desde 1988, ano em que a data foi instituída, agências da ONU, governos e sociedade civil se unem para promover campanhas em torno de temas relacionados ao HIV, com atividades de conscientização e mobilização ao redor do mundo. 

Em setembro deste ano, o Fatal Model - maior portal de acompanhantes do Brasil, realizou uma pesquisa com uma base de 17 mil respondentes. O levantamento apontou que o conhecimento e o cuidado em saúde sexual entre acompanhantes é expressivamente maior do que quem contrata o serviço. Dos 6.117 acompanhantes que participaram, 70% realizam o exame para detectar ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) uma vez a cada 6 meses, contra 8% que nunca fizeram. 

Entre os contratantes a disparidade é maior. Dos 11.766 respondentes, 32% realizam semestralmente os exames para detectar ISTs, contra 22% que nunca fizeram. A pesquisa ainda esclarece que 91% dos acompanhantes sabem que os exames para detectar ISTs estão disponíveis gratuitamente no SUS, contra 77% dos contratantes. Quando o assunto é o uso de comprimidos preventivos antes e depois da relação sexual, a falta de conhecimento é evidenciada em ambos os grupos:

 Dados: Fatal Model

 

Nos últimos anos, o país registrou um aumento generalizado de ISTs. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE (Instituto de Geografia e Estatística), foram registrados 1 milhão de novos diagnósticos em 2019. A Sífilis, por exemplo, passou de uma taxa de 59,1 casos a cada cem mil para 78,5 em 2021. Segundo dados do Ministério da Saúde, na última década, mais de 52 mil jovens que tinham HIV passaram a desenvolver aids. Enquanto isso, o uso de preservativos nesta faixa etária caiu de 47%, em 2017, para 22%, em 2019. 

“Falar sobre sexualidade e reprodução é uma questão de saúde pública. Vemos que ainda existe um tabu que rodeia a temática e afasta temas importantes, principalmente de jovens e adolescentes. Se prevenir e entender todos os tipos de metodologias, como o uso de preservativos, pílula, anticoncepcional, como a importância da camisinha no momento do ato e de medicamentos para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, é imprescindível para uma sociedade mais humanizada e consciente”, complementa Nina Sag, Acompanhante e Diretora de Comunicação do Fatal Model.


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