No dia 1º de outubro, quando se celebra a chamada terceira idade no país, nada melhor do que reforçar a ideia de que o corpo precisa de movimento para minimizar os desgastes provocados pelo tempo.
Abaixo aquela ideia retrógrada de que pessoas mais velhas devem abraçar o repouso de modo a preservar ossos, articulações e coração. Muito pelo contrário: o corpo precisa de movimento como forma de minimizar os desgastes provocados pelo tempo. Claro que há restrições e cuidados a serem colocados em prática. Mas, que fique claro: não há nada mais perigoso que o sedentarismo, chamariz de muitas doenças.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), os idosos, pessoas com 60 ou mais anos, representam 15% da
população do país. E no dia 1º de outubro, dedicado a eles, é bom reforçar a
ideia de que viver com qualidade a chamada terceira idade, passa,
necessariamente, pela prática regular de algum tipo de exercício físico. Assim,
Djan Andrade, professor da rede de academias Evoque, selecionou cinco deles,
importantes para quem ultrapassou os 60 anos. São eles:
1. Luta. O
grande benefício de aulas afins, como boxe, caratê, taekwondo e muay thai está
na execução de socos e chutes que cada uma delas, dentro de suas
particularidades, permitem. Inclusive em um saco de pancadas ou em um boneco
que faz a vez de “adversário”. Esses golpes ajudam no fortalecimento ósseo,
algo importante na prevenção da osteoporose. Essa doença, caracterizada pela
fragilidade dos ossos, é a principal causa de fraturas na população acima de 50
anos. Mais: segundo a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, sigla em
inglês), cerca de 10 milhões de brasileiros já sofrem com o problema, sendo que
esse número deve crescer 32% até 2050. “Há, porém, cuidados que devem ser
tomados nas aulas de luta. Por conta da perda de equilíbrio, pessoas mais
velhas não devem executar chutes com movimentos de rotação de quadril e de
tornozelos. Já os de tronco são bem-vindos, pois também trabalham a musculatura
estabilizadora da coluna”, indica Djan.
2. Dança. São
muitos os benefícios desse tipo de exercício físico, inclusive relacionados a
habilidades pouco desenvolvidas, como coordenação motora e equilíbrio. Mas nada
comparado ao que ele é capaz de fazer pela saúde mental. Afinal, é um santo
remédio para nocautear o estresse, a ansiedade e a depressão. Dança pode ser
praticada individualmente, em parceria ou, pensando também na questão
sociabilização, em grupo.
3. Corrida. Sim,
esse exercício, que fortalece o sistema cardiorrespiratório e ajuda a manter o
peso, também fortalece os ossos, justamente pelo impacto que produz – o que
muitos entendem, erroneamente, ser prejudicial para articulações desgastadas
pelo tempo. Obviamente, nem todo excesso de impacto é benéfico. Por isso
continua valendo aquela velha regra para corredores em geral: o uso de tênis
específicos para corrida, com sistema amortecedor de impacto. Vale lembrar,
ainda, que faz parte da cartilha de segurança, correr em locais planos, sem
buracos, para evitar quedas ou torções de joelhos e tornozelos. “Mesmo quem
nunca correu na vida, pode começar a fazer isso na idade mais avançada, desde
que aumente, gradativamente, a intensidade da atividade, começando pela
caminhada rápida”, diz Djan.
4. Musculação.
Definitivamente, essa prática não é algo exclusivo para pessoas jovens que
visam benefícios estéticos. Há pelo menos três vantagens essenciais para pessoas
mais velhas fazerem exercícios com peso. Primeira: o desenvolvimento da
musculatura também ajuda a dar consistência aos ossos, pois eles são
pressionados a ficar resistentes para sustentá-la. Segunda: a construção de
músculos acelera o metabolismo, mesmo em estado de repouso, pois é necessário
gastar energia para mantê-los. Isso ajuda a manter o peso sob controle.
Terceira: músculos fortes e resistentes dão estabilidade a regiões estratégicas
do corpo como ombros, coluna e joelhos. “Obviamente, há ressalvas de exercícios
de musculação, que devem ser evitados por pessoas mais velhas, como é o caso do
stiff, que exige boa mobilidade articular”, alerta Djan.
5. Natação. Por
falar em ombros, eis um ótimo exercício físico para garantir a mobilidade dessa
importante região do corpo, que se perde a medida que os anos avançam. Além
disso, a água exerce resistência que trabalha, com segurança, a musculatura
estabilizadora do ombros e de outros partes importantes partes como joelhos. No
mais, a natação é uma das melhores modalidades para fortalecer o sistema
cardiorrespiratório.
Evoque
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