Nova fórmula pode
custar até 50% menos e proporcionar maior eficácia com redução de efeitos
colaterais, nessa e em outras doençasA nanociclosporina pode ser administrada em diferentes vias,
como oral, nasal, ocular e tópica, possibilitando maior
diversidade no tratamento dos pets Foto: Melvin Quaresma
Coceira intensa que incentiva a lambedura e a
mordedura, capaz de ocasionar vermelhidão, lesões na pele, pequenos caroços,
edemas e, até mesmo, alopecia. Esses são os sintomas da dermatite atópica,
doença que, segundo estimativas, atinge cerca de 10% a 30% da população canina
e compromete significativamente a qualidade de vida dos pets, causando quadros
de estresse crônico nos animais e também nos tutores, desconfortáveis com o
incômodo dos seus bichinhos de estimação.
De origem genética, a dermatite atópica é uma
doença inflamatória crônica que torna os cães sensíveis a antígenos presentes
no ambiente, causando crises agudas quando ocorre oscilação na imunidade ou
fatores estressantes. As regiões mais afetadas são a face, os olhos, o interior
das orelhas, a virilha, os interdígitos, o períneo e o rabo. Se não tratadas,
as lesões na pele podem evoluir para quadros de inflamação e infecção
secundárias.
Embora não tenha cura, existe tratamento para o
controle da doença. Um dos fármacos mais indicados é a ciclosporina A, bastante
conhecida pela prevenção de rejeição de órgãos transplantados em seres humanos,
mas que, na medicina veterinária, é muito empregada no tratamento de dermatite
e alergias atópicas, fístulas perianais em cães, complexo granuloma
eosinofílico felino, doença intestinal inflamatória, estomatite e doença das
vias aéreas (asma) em gatos, além do uso tópico e oftálmico.
Apesar dos resultados que pode proporcionar, a
ciclosporina possui baixa solubilidade aquosa, sendo necessária sua veiculação
em óleos ou sistemas mistos, que geralmente causam menor aceitação e mais
chances de reações adversas para os pacientes. Pensando nisso, a rede de
farmácias de manipulação veterinária DrogaVET investiu em pesquisa e na
nanotecnologia para desenvolver sua própria fórmula de nanociclosporina. “A
nanotecnologia é uma tendência mundial como técnica para aprimorar medicamentos
para humanos ou animais, pois as nanopartículas têm alta capacidade de proteger
as moléculas de fármacos contra a degradação no meio fisiológico ou durante o
armazenamento, permitem uma liberação gradual dos ativos no organismo e reduzem
uma possível toxicidade devido a uma eventual liberação exacerbada. Desta
forma, com a nossa fórmula conseguimos otimizar os efeitos da ciclosporina,
reduzindo possíveis reações adversas, criando uma alternativa bastante
inovadora e promissora para tratamentos”, revela a farmacêutica e gerente de
produto e desenvolvimento da DrogaVET, Thereza Denes.
Para o desenvolvimento da fórmula, a rede de
farmácias investiu em dois anos de estudos junto às universidades Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e Universidade Federal do Paraná
(UFPR), nas áreas de dermatologia e oftalmologia. A terapia mostrou-se eficaz e
segura para o controle a longo prazo do prurido e das lesões dos cães com
dermatite atópica. Na administração oftálmica, o estudo comparativo entre a
ciclosporina convencional e a nanoencapsulada revelou que a segurança e a
eficácia de ambas as drogas foram equivalentes, porém as médias diárias do
Teste de Schirmer (exame que avalia se o olho produz uma quantidade suficiente
de lágrima), obtidas com a nanociclosporina, foram constantemente superiores às
da ciclosporina.
Agora a marca lança, de forma exclusiva, o ativo
nanoencapsulado disponível em diversas formas farmacêuticas. “Com a
nanotecnologia conseguimos dispersar o fármaco em veículos aquosos, o que
aumenta sua absorção e permite sua administração em diferentes vias, como oral,
nasal, ocular e tópica, possibilitando maior diversidade no tratamento de
pacientes”, explica a farmacêutica. Ou seja, além do tratamento em suspensão
oral ou em colírio, já conhecidos, é possível oferecer o medicamento em outras
formas farmacêuticas como biscoito, calda, molho, pasta oral e também para uso
tópico como cremes, espuma, spray, shampoo, lenço umedecido, gel transdérmico e
solução nasal e otológica. “A variação de formas farmacêuticas permite mais
possibilidades para o médico veterinário tratar o paciente, além de facilitar a
administração do medicamento para o pet. O gel transdérmico, por exemplo, é
fácil de aplicar e reduz os efeitos colaterais gastrointestinais. Sprays e
loções permitem a aplicação local e biscoitos, caldas e molhos podem ser
manipulados com o sabor de preferência do animal, tornando o tratamento mais
agradável”, comenta a médica veterinária e consultora da DrogaVET, Farah de
Andrade.
A novidade ainda impacta positivamente o bolso dos
tutores: “O tratamento com a nanociclosporina pode chegar a custar até 50%
menos que o convencional com ciclosporina oral”, revela Thereza. Além da
diversidade de formas farmacêuticas, a manipulação veterinária ainda permite a
combinação de mais de um ativo em uma mesma fórmula, fatores que potencializam
o tratamento e reduzem ainda mais o custo final.
Mais informações sobre doenças de pele, prevenção e
tratamento também estão disponíveis no bate-papo gravado com o apresentador,
Julinho Casares, e a professora e médica veterinária, Marcia Lima, disponível
no canal da rede de farmácias de manipulação no Youtube: https://youtu.be/25EE1_ESt8c
www.drogavet.com.br
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