Escritora
esclarece os altos e baixos de viver com um transtorno mental que afeta cerca
de 140 milhões de pessoas no mundo
Diagnosticada com o distúrbio que afeta cerca de 140 milhões de
indivíduos no mundo, a autora contesta os estigmas sociais com bom humor e
irreverência. “As pessoas não contam pra todo mundo que têm diabetes? Por que
eu não posso contar que sou bipolar?”, questiona. Mesmo aconselhada a esconder
sua condição para evitar o preconceito, ela acredita na transparência como o
caminho da autoaceitação e da conscientização.
Quando fui diagnosticada, muita gente me aconselhou a encobrir a minha
doença, como se fosse vergonha, alegando que iria chocar as
pessoas e gerar
preconceito. Estavam totalmente certos. O problema é que eu
não consigo viver
meias-verdades. Minha maior qualidade – e defeito – é a
sinceridade. Eu precisava
tanto digerir a questão, que contava para todo mundo. No ponto
de ônibus:
“É aqui que passa o 304? Sabia que eu sou bipolar?”. Ou na
manicure: “Quero
uma unha de cada cor. É que eu sou bipolar”. Falei para os
amigos e os inimigos.
(Bipolar, Sim. Louca, Só Quando Eu Quero, pág. 19)
Esse
empoderamento, claro, foi conquistado a partir de um processo cheio de altos e
baixos marcado por episódios de depressão e mania, os dois polos da
bipolaridade. O primeiro, bem conhecido, está relacionado com o sentimento
constante de tristeza profunda. Já o estado maníaco pode ser traduzido como
momentos de euforia expressiva, que geram muita instabilidade emocional,
prejudicam o sono, favorecem os comportamentos de risco e intensificam os
hábitos compulsivos.
As compulsões,
aliás, também são tema do livro. Bebida, cigarro e comida são alguns dos vícios
superados pela autora. Na busca por uma vida mais saudável, Bia perdeu 30
quilos em uma dieta transformadora. O processo de emagrecimento está registrado
nas páginas a partir de passagens engraçadas que não têm pretensão de defender
ou incentivar padrões irreais de beleza. Pelo contrário, a perda de peso é a
prova de que ela, com o auxílio de profissionais e uso de medicamentos que estabilizam o humor, conseguiu recuperar o controle da
própria narrativa.
Bipolar, Sim. Louca, Só Quando Eu Quero expõe as vulnerabilidades de uma mulher como tantas outras, que lida com questões relacionadas à saúde mental, obesidade, sentimentos como a inveja, a maternidade real e as imperfeições do casamento. Endossado por Tati Bernardi, escritora, Guga Chakra, jornalista, Mica Rocha, influenciadora, e pelo psiquiatra Beny Lafer, referência internacional e uma das maiores autoridades sobre o transtorno bipolar, o livro trata de temas delicados com muita leveza e reforça que um diagnóstico não deveria definir a vida de ninguém.
Título: Bipolar Sim,
Louca, Só Quando Eu Quero
Autora: Bia Garbato
Editora: Matrix Editora
ISBN: 978-6556162881
Formato: 16
x 1,5 x 23 cm
Páginas: 160
Preço: R$ 40,00
Onde encontrar: Matrix Editora
e Amazon
Bia Garbato nasceu no Rio de Janeiro em 1981 e cresceu em São Paulo. Foi publicitária, artista plástica, designer de interiores e locutora. Depois de ser diagnosticada bipolar, driblar suas depressões, se tornar mãe e perder 30kg, ela criou coragem de falar sobre suas vulnerabilidades e hoje se dedica à sua verdadeira paixão: a escrita. Com histórias bem-humoradas, ela mostra que rir de si mesmo é o melhor remédio. Instagram
Matrix Editora
www.matrixeditora.com.br
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