Diferentes
tradições celebram o final de ano de forma diferente como os coptas e os
ortodoxos, por exemplo. Para eles, o Natal é dia 07 de janeiro e não no dia 25
de acordo com o calendário gregoriano.
O
clima natalino já está no ar e sentimentos como gratidão e compaixão passam a
tomar conta das pessoas com a aproximação da data. Entretanto, nem todas as
culturas e religiões comemoram o Natal no dia 25 de dezembro. Algumas culturas
nem sequer comemoram o Natal, como referência ao nascimento de Jesus Cristo (ou
Jesus de Nazaré).
O
Natal é um feriado e festival religioso cristão originalmente destinado a
celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno e adaptado pela
Igreja Católica no terceiro século d.C. pelo imperador Constantino para
comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.
A
palavra “natal” significa “nascimento”. No caso do cristianismo, mais
especificamente “o nascimento de Jesus Cristo”, considerado “o presente de Deus
para o mundo”. Para os cristãos, Jesus é o protagonista do Natal, todas as
festividades giram em torno de sua pessoa, seu nascimento é comemorado em todos
os contextos da cristandade. No ambiente da cristandade, alguns símbolos são
identificados, como os presentes, uma forma de lembrar o presente de Deus;
Jesus Cristo enviado ao mundo na forma de uma criança; o presépio, que
representa a história do nascimento de Jesus por meio de imagens, e os magos que
seguiram a estrela-guia e foram conduzidos para o local em que Jesus nasceu.
Outro
referencial é a família. Jesus nasceu em uma família, por isso a característica
de uma festa familiar no período do Natal.
Mas
algumas culturas comemoram outras datas, como é o caso dos coptas. A Igreja
Copta reconhece o dia 7 de janeiro como o dia em que Jesus nasceu. Esta é a
mesma data do Natal da religião cristã ortodoxa.
Mas porque o Natal copta e ortodoxo é no dia 7 de janeiro? A diferença no calendário das celebrações do Natal remonta a 1582, quando o Papa Gregório XIII determinou que a Igreja Católica deveria seguir um novo calendário – chamado de calendário gregoriano, por estar mais próximo do calendário solar do que do calendário juliano. O calendário juliano foi estabelecido por Júlio César em 46 a.C.
Os cristãos ortodoxos coptas compreendem 90% dos 20 milhões de cristãos do Egito. A Igreja Ortodoxa Copta tem suas origens no século I dC, quando se diz que o apóstolo Marcos visitou o Egito. Marcos é considerado pelos cristãos do Egito como o primeiro papa de Alexandria, a sede original da igreja.
"Quem tem a oportunidade de acompanhar essas festividades em diferentes culturas é uma grande experiência. No Egito, onde grande parte da população é copta, é uma festa muito bonita de se acompanhar. Nós somos especialistas em roteiros especializados para quem busca conhecer e experienciar diferentes celebrações e experienciar outras culturas ao redor do mundo", comenta Anna Carolina Caro, da Excursy, agência de turismo especializada em destinos exóticos.
Para
os Cristãos Coptas praticantes, o mês que antecede o Natal (Kiakh) é revestido
de práticas especiais pois, particularmente, nas igrejas cristãs coptas aos
sábados à noite se cantam músicas de louvor e pela manhã do dia seguinte, bem
cedo por volta das 5h se frequenta à missa do domingo.
Muitos outros países também comemoram o Natal em janeiro devido a crença religioso na igreja ortodoxo. No século XI, devido a diferenças nos rituais — mas também a questões teológicas e doutrinárias, como o conceito de purgatório e a chamada "controvérsia trinitária" — houve uma separação dentro da Igreja Católica. Foi nessa época que ocorreu o que é conhecido como "cisma do Ocidente e do Oriente", que resultou na criação da Igreja Ortodoxa, que tem cerca de 300 milhões de fiéis. Está presente nos países da Europa Oriental, incluindo a Rússia e Grécia, assim como na Turquia e em países da África e América.
Na Grécia, onde a maioria da população é cristã ortodoxa, a figura tradicional do Natal grego é o São Basílio, um santo da igreja ortodoxa, popular antigamente na região da Ásia Menor. Nada a ver com a figura do papai noel que aparece no restante do mundo.
"Em países que não são católicos
ou cristãos não há feriado no dia 25 de dezembro e todos seguem trabalhando
normalmente durante esses dias. Porém, símbolos natalinos – como o Papai Noel e
as árvores de Natal – podem ser encontrados em cidades cosmopolitas, como
Istambul, na Turquia, Cairo, no Egito e em quase todas as capitais, em um claro
sinal da influência da cultura ocidental em muitos países, incluindo os
muçulmanos. No entanto, para eles, esses símbolos e o Natal se referem mais à
passagem de ano do que ao nascimento de Jesus. Mesmo assim quem opta em viajar
para esses destinos nessa data festiva consegue celebrar normalmente em
restaurantes e nos hotéis", explica Anna Carolina.
Excursy
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