quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Câncer de pele: confira as principais formas de evitar o desenvolvimento do tumor

Com 185 mil novos casos no Brasil, todo ano, a doença está relacionada à exposição excessiva aos raios solares e, em certos casos, a fatores genéticos 

 

Responsável por 33% dos diagnósticos de tumores no Brasil e com 185 mil novos casos todos os anos, o câncer de pele, geralmente, ocorre após a exposição prolongada e excessiva aos raios ultravioletas do sol. Com a chegada do verão e o período de férias, esse risco se intensifica. 

“Pessoas de pele branca e com olhos claros, com cabelo loiro ou ruivo e aqueles que se submetem a uma exposição prolongada do sol são a população com maior risco de desenvolver um câncer de pele. Todos devem ir frequentemente a um dermatologista, mas nesses casos é preciso ter mais atenção aos sintomas e sempre ir a um especialista”, afirma o Dr. Herbert Bastos Amaral, dermatologista do Hospital Santa Catarina - Paulista. 

Existem dois tipos de tumores de pele: os não melanoma e os melanomas. O primeiro, mais comum, com cerca de 177 mil novos casos todos os anos, têm menor gravidade. Os melanomas, por outro lado, são mais raros, com 8,4 mil casos anualmente e tendem a ser mais agressivos por conta do risco de metástase. 

“O Carcinoma basocelular, um tumor não melanoma, representa 80% dos casos. No caso dos melanomas, a incidência é muito mais baixa, sendo apenas 3% no Brasil. O melanoma, de maneira muito mais frequente, acaba com metástase, já que ele possui uma biologia mais agressiva do que os não melanomas. Na maioria das vezes, conseguimos curar os pacientes, mas no momento do diagnóstico, em algumas situações, acabamos identificando uma doença metastática, geralmente nos linfonodos, pulmão, osso, fígado e cérebro”, explica o Dr. Aumilto Silva, oncologista do Hospital Santa Catarina - Paulista. 

Os principais sintomas do câncer de pele são lesões avermelhadas ou escuras com crescimento progressivo. O tumor também pode ser observado em pintas maiores que 6mm, que crescem devagar, coçam, sangram ou apresentam alterações na coloração. 

Para o diagnóstico é necessária a realização de biópsia do tecido. É importante estar sempre atento aos sintomas mencionados acima, já que o diagnóstico precoce leva a uma chance de cura bem alta. 

O tratamento do câncer de pele pode ser realizado de duas maneiras: a cirurgia, mais comum, que retira a lesão e o tecido ao redor, e a quimioterapia ou radioterapia, utilizada em casos mais graves e quando há metástase. 

“Durante o procedimento cirúrgico, nós fazemos a ampliação da massa de segurança e tiramos a lesão. Independentemente do tipo do câncer, o tratamento cirúrgico é curativo na grande maioria das vezes. Há a possibilidade de um acompanhamento com oncologista, que vai definir os passos seguintes do tratamento desses pacientes com melanoma”, afirma o dermatologista. 

Segundo o Dr. Aumilto, o melanoma pode ter até 10% dos casos por associação hereditária,. “Precisamos separar os dois subtipos. Para os não melanomas, não vemos uma associação com a parte hereditária, mas sim de exposição solar. Já o melanoma tem essa associação mais forte”, ressalta o oncologista.

 

Veja como evitar o desenvolvimento de um câncer de pele 

● Evite a exposição prolongada ao sol entre 10h e 16. Caso não seja possível, procure usar um protetor solar (repassando a cada duas horas) ou use roupas longas como calça e camisetas de mangas compridas;

● Use proteção adequada, como bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros e procure sempre ficar estar embaixo de lugares com sombra;

● Evite queimaduras do sol, principalmente na juventude;

● Não fique muito tempo em câmaras de bronzeamento artificial, já que elas também emitem raios ultravioleta;

● Faça o autoexame regularmente. Examine também a palma das mãos, os vãos entre os dedos, a sola dos pés e o couro cabeludo;

● Sempre que possível, faça um check-up com dermatologista.

 

Hospital Santa Catarina


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