segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Mamografia aumenta as chances de cura do câncer de mam

Rastreamento mamográfico é capaz de identificar sinais em estágios iniciais do câncer/DIVULGAÇÃO

Coordenadora de Enfermagem da Anhanguera explica que a técnica é capaz de reduzir a mortalidade e sequelas de quimioterapia

 

O câncer de mama é o segundo mais incidente em mulheres do Brasil, como indicam dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), e, para o ano de 2022, foram estimados cerca de 66.280 novos casos pelo órgão. Os números preocupam especialistas, que defendem que a mamografia é o caminho mais rápido para o diagnóstico precoce. Segundo estudo da UK Age Trial, a técnica é capaz de reduzir até 25% a taxa de mortalidade.

De acordo com a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, professora Fernanda Ingrid da Silva Toledo Santos, o fator mais importante para o sucesso nos tratamentos é o estágio em que a doença é identificada. “O rastreamento mamográfico é a melhor maneira de se prevenir, aumentar as chances de cura e contribui na redução de sequelas dos processos de radioterapia e de quimioterapia”, explica a docente.

“É de extrema importância a assiduidade na consulta de enfermagem nas UBS (Unidades Básicas de Saúde),”, destaca. “Com isso, é possível o acesso ao programa da saúde da mulher, no qual são feitas orientações por enfermeiros sobre o autoexame de mama, o exame físico, o rastreamento, a prevenção e a necessidade do acompanhamento ambulatorial”, completa.

O Ministério da Saúde preconiza que o exame deve ser realizado a cada dois anos para o grupo na faixa etária entre 50 e 69 anos -- após a menopausa, quando é possível identificar melhor as lesões mamárias e alterações como calcificações, nódulos e tumores. Antes desse período, a densidade das mamas é maior, o que aumenta o risco de resultados falso-positivos e falso-negativos e representa uma exposição desnecessária à radiação.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica que houve crescimento na incidência de casos entre jovens, com o aumento de 2% para 5% das ocorrências nos últimos dois anos, o que representa um alerta para o público de alto risco. Mulheres com histórico familiar da enfermidade em primeiro grau (mãe, irmãs ou filhas que desenvolveram a doença antes dos 45 anos) devem investigar sinais de irregularidades a partir dos 35 anos, com periodicidade anual.

 

PROCEDIMENTO

A mamografia identifica problemas da fase pré-clínica assintomática, quando os nódulos ainda não são palpáveis, o que impede sua detecção tanto em autoexame quanto em consultas com um profissional de saúde. O raio-X é realizado em um equipamento denominado mamógrafo, que permite exames de alta resolução em modo digital ou analógico. Durante o procedimento, as mamas são submetidas a uma leve a moderada compressão.

O tratamento clínico e cirúrgico na fase inicial do câncer permite uma abordagem menos agressiva ou mutiladora em pacientes e aumenta as chances de cura. “As consultas periódicas precisam ser realizadas com disciplina, não somente em épocas de campanhas”, ressalta da professora.

 

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