Início da vida escolar: qual a idade ideal para entrar na escola?

As creches e berçários realizam um trabalho de caráter educativo, voltado a garantir assistência, alimentação, saúde e segurança às crianças. (PAC/Agência Senado)

 

O governo federal regulamenta a idade de quatro anos para iniciar a vida escolar, porém, por causa da necessidade dos pais, crianças iniciam mais cedo em berçários e creches

 

 

O momento de escolher uma escola para os filhos chega para todos os pais, trazendo consigo uma dúvida recorrente: qual seria a idade ideal para matriculá-los? A Lei Federal nº 12.796/2013 institui que todas as crianças do território brasileiro devem entrar na escola a partir dos quatro anos de idade. Ela ainda garante a educação básica, durante a educação infantil, como o espaço no qual a criança desenvolve aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais. 

A professora Maria José Santos, do curso de Pedagogia EaD da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), ressalta que, antes dos quatro anos, as crianças podem entrar em instituições como creches e berçários, que consistem numa gama de cuidados em um ambiente propício para o desenvolvimento de habilidades. Segundo ela, essas creches realizam um trabalho de caráter educativo, voltado a garantir assistência, alimentação, saúde e segurança às crianças.  

“Os pais devem fazer uma pesquisa em escolas que melhor atendem às necessidades da criança. Devem levar em consideração o método utilizado na escola, observar o espaço físico, entender o funcionamento ao longo do ano, entre outros aspectos. É na relação com o outro que os conhecimentos são construídos, a criança é um ser social e traz para a escola uma carga afetiva, emocional e cognitiva. Nesta fase a criança necessita de estímulos externos”, destaca a pedagoga. 

Para Maria José, essa primeira fase de escolarização é quando a criança começa a ter contato com o mundo sem estar na presença dos pais. “A educação infantil é de suma importância devido os vários benefícios ao desenvolvimento infantil como brincar e jogar para estimular o intelecto, para fortalecer músculos, ossos e cérebro, além de atividades artísticas, onde se expressam e revelam seus sentimentos, sem esquecer da necessidade de atividades psicomotoras”, afirma. 

As crianças são plurais e cada uma trilha um caminho diferente para o seu desenvolvimento intelectual dentro da escola, além de que o conhecimento que aprendeu com a família em casa não pode ser deixado de lado pela escola. “Cada criança é um mundo de descobertas, elas nos surpreendem. Acredito também que o ambiente familiar é responsável pelos primeiros aprendizados como: aprender a falar, a andar, a se alimentar, a se comunicar etc”, salienta a educadora. 

As escolas de educação infantil oferecem ensino nas modalidades de meio período ou integral, porém a decisão deve ficar a cargo da necessidade da criança e dos pais.  “Quanto ao tempo normal e integral, acho importante o tempo normal. Entendo que a criança precisa estar em outro turno no seu ambiente familiar. Embora reconheça que os pais por conta do trabalho ou outras necessidades preferem a escola integral”, conclui Maria José.

 

Asscom | Grupo Tiradentes