sábado, 29 de outubro de 2022

Amor incondicional e espontâneo dos pets conquista qualquer tutor

Lambidas, saltos, dancinhas, soquinhos com a cabeça e entrega de “presentes” estão entre as demonstrações do sentimento, que não é esquecido nem com a separação por morte do dono

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Dra. Caroline Bento, do Hospital Veterinário Taquaral (HVT) 

Os pets ganham o coração dos tutores, que os têm em lugar de honra na família. E é recíproco. Os animais também demonstram claramente o seu sentimento incondicional através de lambidas, sons característicos e pulos de alegria.

Que o cãozinho abana a cauda para festejar a chegada do dono todo mundo sabe. Mas as outras espécies de pets não ficam atrás quando o assunto é mostrar carinho.

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Quem resiste a esse olhar pedindo carinho?
 

Cada vez mais as atitudes dos pets são motivo de estudos. A medicina veterinária vem acompanhando a transformação da relação dos humanos com os animais e este é um tema abordado na maioria das faculdades brasileiras. Existem cursos de atualização e pós-graduação voltados ao comportamento animal. Estes profissionais têm abordagem valiosa no auxílio aos proprietários e orientação de como proceder para garantir a qualidade de vida e saúde dos pets. 

A Dra. Caroline Bento, do Hospital Veterinário Taquaral (HVT), explica que quando os tutores se ausentam os animais sentem falta, ficam frustrados e tristes. “Eles procuram o humano pelos cômodos e aguardam no portão no horário de costume da chegada. Um exemplo do amor dos bichinhos é quando fazemos chamada de vídeo com algum parente que está em casa e os pets ouvem a nossa voz. Eles ficam muito felizes! O momento do reencontro é uma alegria, com pulos, latidos, miados, abraços e lambidas sem fim”, descreve.

 

Separação por óbito 

A veterinária afirma que o animal sente também quando o convívio diário em família é interrompido e ele e seu tutor são separados por um óbito, por exemplo, pois eles sentem o afastamento tanto quanto os humanos. “Os pets ficam com saudade e se expressam com tristeza. Por isso, vez ou outra, lemos matérias e escutamos histórias de um cãozinho ou gatinho que tem a oportunidade de visitar o túmulo do seu dono. “Nesta situação podemos identificar que um ciclo se fecha e eles entendem que o ente querido está naquele local”, pondera. 

Os animais percebem e identificam a proximidade dos seus donos de diversas maneiras. A Dra. Caroline frisa que os bichinhos têm uma leitura que mistura várias informações. “A percepção é formada pelo nosso cheiro, mesmo que a metros de distância. Pela vibração da nossa voz, pela característica das nossas passadas e também reconhecem o barulho do nosso veículo”, esclarece. 

O mesmo sentimento que os pets têm pelos humanos eles também podem ter pelo “irmãozinho”, seja de que raça ou espécie for. De acordo com a Dra. Caroline, sentimentos como carinho, cuidado e alegria pela companhia são revelados quando dormem “de conchinha”, nas brincadeiras, na parceria da hora da bagunça e em outras diversas situações.

 

Rabinho entre as pernas 

A espontaneidade na expressão e comunicação dos animais é contagiante. A especialista destaca o cão, no qual esse perfil é automático. “Até quando chamamos a sua atenção por algo errado que ele fez o cachorro demonstra o quanto seu amor é incondicional. Mesmo após ter levado aquela bronca ele vem até nós literalmente com o rabinho entre as pernas, deixando o nosso coração amolecido”, brinca.  

A Dra. Caroline salienta que o gato é diferente, mas também demonstra muito amor e carinho por seus donos. Ela argumenta que o felino sente falta quando o tutor passa o dia fora, mesmo adaptando-se melhor à ausência do humano em comparação ao cão. “O gato é muito sensível às mudanças de rotina da casa. Precisamos saber respeitar seu espaço, seu local de descanso e seu sono”, alerta. A Dra. continua: “quem já foi recebido com miados e carinhos entre as pernas sabe o quanto os gatinhos esperam pelo momento do reencontro”.


Matheus Campos
Lambidas são demonstração terna de amor do cachorro e do gato ao tutor


Agrado em forma de inseto

Um costume felino que o humano estranha, e muitas vezes abomina, é o gato trazer para dentro de casa insetos ou outros tipos de presa. A Dra. Caroline enfatiza que esse gesto é um presente e, querendo ou não, é uma demonstração de amor. “Na medida do possível, tente reagir bem a essa surpresa. Faça-lhe estímulos positivos e depois livre-se do incômodo”, orienta.


Matheus Campos
Gatinhos recebem o dono na volta do trabalho com miados e carinhos entre as pernas


Pets não convencionais


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Raissa Natali, especialista em animais silvestres do Hospital Veterinário Taquaral


Os pets não convencionais também usam e abusam da linguagem do amor com seus tutores. A Dra. Raíssa Natali, também integrante da equipe do HVT, conta que os coelhos passam a cabecinha na perna ou até mesmo ficam de pé como se fossem pedir colo. E os pássaros usam a vocalização para chamar a atenção e abaixam a cabeça para pedir carinho.  

“São formas recompensadoras de cada espécie. O coelho, quando alegre, pula e dá lambidas. As aves se sentem à vontade em ficar perto de seus donos e até mesmo articulam o corpo como se estivessem dançando. Os répteis são mais difíceis de expressar seu sentimento, mas possuem suas artimanhas para conquistar o seu tutor e recompensar de alguma forma todo o carinho”, ressalta.


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