Alimento está
presente em 99,5% dos lares brasileiros; massas instantâneas, frescas e com
ovos garantem estabilidade do setor
Hoje é comemorado o Dia Mundial do Macarrão! Pode ser espaguete, penne, fusilli, talharim, conchiglione, farfalle, entre tantos outros formatos, o macarrão está presente em 99,5% dos lares brasileiros.
De acordo com a Associação Brasileira das
Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos
Industrializados (ABIMAPI) o setor de massas alimentícias registrou aumento de
11,5% em faturamento e retração de 1,7% em volume de vendas, quando comparados
com os valores de 2020 (R$ R$ 11,3 bilhões e 1,37 milhão de toneladas),
atingindo R$ 12,6 bilhões e 1,34 milhão de toneladas (em 2021),
respectivamente.
“O hábito de cozinhar em casa passou a ser uma
atividade mais frequente e as massas seguem conquistando os lares nas
principais refeições pela praticidade e conveniência”, pontua Claudio Zanão,
presidente-executivo da ABIMAPI.
Segundo dados da pesquisa Nielsen, encomendada pela
ABIMAPI, entre os tipos de massas que se destacaram estão as instantâneas,
frescas e com ovos.
Nas massas instantâneas, o aumento de volume chegou
a 3% na comparação entre 2020 e 2021, totalizando 195 mil toneladas consumidas
e R$ 3,7 bilhões. Entre os fatores do bom desempenho está o impacto direto do
custo-benefício, com preço unitário médio de R$1,69. O que chama mais atenção é
que no ano de 2020, com as restrições severas da pandemia, esse seguimento já
tinha crescido 13,5% - e mesmo com flexibilizações, não perdeu o avanço.
Já as massas frescas permaneceram praticamente
estável, com um recuo de apenas 1%, menos do que o conjunto total da categoria,
totalizando 170 mil toneladas consumidas e um faturamento de R$ 2,8 bilhões. O
potencial desse tipo de produto, no entanto, é muito grande, já que o consumo
ainda segue concentrado em alguns locais com mais opções comerciais e voltado para
um público de renda maior. "A massa fresca ainda tem destaque nas grandes
metrópoles, principalmente em São Paulo, como um sinônimo de preparo
especial", explica Zanão.
Para entender o desempenho da categoria de massas
em 2021 ainda é preciso olhar para a economia brasileira. O ano fechou com a
inflação calculada pelo IBGE em dois dígitos. As contas subiram 10,06% para as
famílias brasileiras, muito embora a maior parte dos salários não tenha
aumentado na mesma medida, fazendo com que o poder de compra diminuísse.
O fator ajuda a explicar o avanço do grupo de
massas com ovos, que, diferentemente do número global da categoria, cresceu 1%
em volume e avançou em valor. O seguimento representa 37% de tudo que é
consumido entre as massas alimentícias no Brasil. O diferencial é justamente o
preço. Dentro dos tipos de macarrão, a massa com ovos se destaca porque tem um
preço 27% menor que a média da categoria, é por isso que é um segmento que
sustenta um crescimento. “Alcançamos 983 mil toneladas consumidas e um
faturamento de R$ 6 bilhões”, afirma Zanão.
Para este ano, a expectativa é alcançar um
crescimento de 3% a 5% em faturamento e 1% a 2% em volume. “O macarrão é um
alimento relativamente barato, pertencente à cesta básica de alimentação e a
população está menos capitalizada, revisando as suas prioridades de consumo”,
destaca Zanão.
ABIMAPI

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