quarta-feira, 27 de julho de 2022

Anvisa aprova nova opção de tratamento para dois subtipos de Artrite Idiopática Juvenil

Se não for tratada, a doença pode levar à incapacitação física1 

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou duas novas indicações pediátricas de secuquinumabe2, registrado pela Novartis: Artrite Relacionada à Entesite Ativa, a partir dos 4 anos e Artrite Psoriásica Juvenil ativa, a partir dos 2 anos, ambas subtipos da Artrite Idiopática Juvenil (AIJ). O tratamento biológico já é aprovado para psoríase adulto e pediátrica acima de 6 anos, artrite psoriásica, espondilite anquilosante e espondiloartrite axial não radiográfica. O produto já é comercializado no mercado privado e disponibilizado via SUS. Ligada a altos níveis de dor e incapacidade funcional, que pode afetar crianças de todas as idades3, a AIJ pode levar a incapacidade física permanente4,5, e novas opções de tratamento trazem novas perspectivas aos pacientes e cuidadores. 

O diagnóstico precoce e tratamento adequado são fundamentais, de acordo com a Dra. Gleice Clemente, médica reumatologista pediatra e Professora Afiliada da Escola Paulista de Medicina. “Uma criança com inchaço nas articulações por mais de um mês deve ser levada a um reumatologista pediatra”, afirma. Após o diagnóstico, o tratamento adequado no início dos sintomas é fundamental para controlar a dor e a atividade inflamatória, preservar a função articular e prevenir deformidades. “AIJ é a doença reumática crônica mais frequente em crianças e pode ocasionar dor, incapacidade de realizar as atividades diárias, deformidade nas articulações e prejuízo no convívio social. Desse modo, dispor de tratamentos que reduzam a atividade inflamatória da doença é essencial para melhorar sua evolução e trazer qualidade de vida para os pacientes. O nosso objetivo com as novas medicações que têm surgido no mercado, é proporcionar uma vida normal para essas crianças, sem comprometimento para a vida adulta”, completa Dra. Gleice. 

No Brasil, estima-se que a condição seja tão frequente como na Europa e Estados Unidos, onde os dados mostram uma incidência entre 2 a 20/100.000 casos/ano e prevalência em torno de 16 a 150/100.0006. Um estudo recente da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de medicina (Unifesp/EPM) com estudantes de escolas particulares da região metropolitana paulista mostrou que 1 em cada 500 crianças e jovens apresentam um tipo de artrite1. 

“Por se tratar de doença crônica, é necessário que os pacientes com AIJ recebam tratamento por longo período, e este varia de acordo com o subtipo da doença e com a gravidade de cada caso. A maioria dos pacientes entra em remissão (ou seja, fica sem inflamação) com o tratamento adequado introduzido no início dos sintomas, e a medicação pode ser descontinuada após um período de inatividade. Os reumatologistas pediatras acompanham as crianças até atingirem a idade adulta, independentemente da presença ou não de atividade de doença,” e depois elas passam a ser acompanhadas com os reumatologistas de adultos, finaliza Dra. Gleice. 

 

Novartis está

www.novartis.com.

 

 Referências 

1 Vânia Schinzel , Simone Guerra Lopes da Silva , Maria Teresa Terreri , Claudio Arnaldo Len Prevalence of juvenile idiopathic arthritis in schoolchildren from the city of São Paulo, the largest city in Latin America https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31345271/

2 Resolução_RE 627, publicada em 02 de março de 2022.

3 Weiss PF, Beukelman T, Schanberg LE, et al. Enthesitis-related arthritis is associated with higher pain intensity and poorer health status in comparison with other categories of juvenile idiopathic arthritis: the Childhood Arthritis and Rheumatology Research Alliance Registry. J Rheumatol. 2012;39:2341-51

4 Kullas DT, Schanberg L: Juvenile idiopatic arthritis. Curr Opinion in Rheumatology 13:399-404, 2001.

5 Petty RE, Southwood TR, Baum J, et al.: Revision of the proposed classification criteria for juvenile idiopatic Arthritis: Durban, 1997. Rheumatol 25:1991-4, 1998.

6 Higgins JPT SG. Handbook for Systematic Reviews of Interventions. The Cochrane Collaboration 2011


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