Uma em cada oito
mulheres desenvolverá o problema durante a vida
Em 24 de maio iniciou a Semana Internacional de
Conscientização da Tireoide, distúrbio que, segundo a pesquisa do instituto
YouGov, acomete cerca de 1,6 bilhões de pessoas no mundo, sendo que boa parte
não tem conhecimento sobre os seus efeitos. No Brasil, a estimativa é de que
15% da população acima de 45 anos sofra com problemas na tireoide, sendo que o
hipotireoidismo acomete 3% da população masculina e 15% da feminina.
A glândula tireoide é um órgão que fica localizado
na base do pescoço, em frente à traquéia e tem o formato muito similar a uma
borboleta. Ela tem a função de controlar o nosso metabolismo, portanto
desenvolve um papel fundamental na nossa saúde e bem-estar. Segundo a médica da
família, diretora da Higia Clínic, Márcia Simões (CRM 33207PR), a tireoide é
responsável por produzir os hormônios conhecidos como T3 (triiodotironina) e T4
(tiroxina), que atuam em muitas células do corpo. “A tireoide comanda muitas funções
no nosso organismo, garantindo que ele trabalhe em harmonia sempre. Por isso
uma disfunção nela é algo que precisa ser investigado com cuidado”, explica a
médica.
Identificar um problema na tireoide pode não ser
uma tarefa fácil, principalmente pela falta de informação da população e pela
ausência de exames de TSH em grupos de risco. “Uma disfunção da tireoide pode
acontecer por deficiência de nutrientes na alimentação, por stress, pelo
processo gestacional, alterações auto-imunes, predisposição genética, dentre
outros motivos, que podem gerar tanto um excesso de produção de hormônios,
hipertiroidismo, como uma baixa produção, hipotiroidismo. Em ambos os casos é
preciso atenção e cuidados”, reforça Márcia.
Hipertiroidismo ou hipotiroidismo?
Márcia explica que apesar de ambas situações serem
caracterizadas por uma disfunção hormonal, os sintomas são opostos. “O
hipertireoidismo é muito mais raro, sendo causado por uma hiperatividade da
tireoide, resultando em níveis elevados de hormônios e na aceleração das
funções vitais do corpo, como batimento cardíaco, pressão arterial, nervosismo,
ansiedade, dificuldade em dormir e perda de peso. Já o hipotiroidismo é
caracterizado pelo cansaço, depressão, ganho de peso, ressecamento de pele e
cabelo, unhas quebradiças e dores nas articulações”.
Em ambos os casos, as mulheres são mais acometidas,
sendo que, segundo dados, uma em cada oito desenvolverá a doença,
principalmente após os 35 anos e no período pós menopausa, o que requer muita
atenção já que a disfunção pode causar problemas de fertilidade e abortos
espontâneos.
Márcia Simões - médica da família, mentora,
palestrante, empresária e diretora técnica da Higia Clinic, que atua em
Curitiba priorizando a saúde como um estilo de vida para seus pacientes.
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