sexta-feira, 29 de abril de 2022

Dia do Trabalhador e ESG: a transparência como critério essencial de Governança Social

Uma das siglas mais famosas no Brasil e do mundo também aborda a governança corporativa, além da sustentabilidade; Maurício Rodrigues, CEO da fintech Openbox detalha como isso funciona na prática no mercado financeiro


Celebrado em 1º de maio, o Dia do Trabalhador, além de merecer comemorações, também é uma excelente oportunidade para repensarmos os modelos de trabalho atuais. Na era do ESG e da revolução digital, é essencial que as empresas, empresários e líderes se adaptem a essa nova realidade, que demanda ainda mais preocupação com a governança corporativa.

E foi dessa mudança de mindset de consumidores, cada vez mais exigentes e conectados, e de colaboradores que vêm priorizando empresas com propósito, que a expressão capitalismo de stakeholders ganhou força: trata-se da integração da geração de valor econômico com o cuidado com questões ambientais, sociais e de governança corporativa.

Segundo Maurício Rodrigues, CEO da Openbox, fintech de antecipação de crédito que oferece desconto na taxa de juros para empresas com ações sustentáveis, a Governança Corporativa implica na ética profissional e nas formas de trabalho dentro do que é aceitável socialmente, e isso muda muito quando falamos dos critérios sociais do ESG.


Mais transparência nas relações: a Governança Corporativa na prática

“Levando em consideração o ESG, estabelecemos coisas que não vemos no dia a dia, como uma linguagem clara, com objetivos e compromissos definidos, sem “letras minúsculas no contrato”, ou seja, com mais transparência para que ambas as partes estabeleçam a melhor decisão sobre como desejam firmar relacionamento”, explica.

Afinal, é cada vez mais necessário que as empresas mostrem sua responsabilidade e comprometimento com o mercado que atuam, bem como com seus colaboradores, consumidores, fornecedores, comunidades vizinhas, mídia, governo, organizações da sociedade civil e seus stakeholders (investidores).

Caso contrário, poderão ser alvo de boicotes dos consumidores, perderem receitas e até mesmo se tornarem obsoletas. “Por isso, é preciso estabelecer e ter conhecimento dos critérios ESG, aliás, cada empresa pode ter seus critérios nas relações do trabalho, porém, é necessário que isso seja concretizado com instrumentos que façam com que essas relações, o processo como um todo, como contratações e negociações sejam concretizadas da forma em que os desafios forem apresentados”, detalha o CEO da Openbox.

Um exemplo pode ser visto nos critérios que a Certificação de Sustentabilidade oferecido pela Openbox, que demonstra o compromisso das empresas com boas práticas ambientais, sociais, éticas e de segurança alimentar: “Critério S-08. As relações de trabalho e/ou de trocas comerciais são claramente estabelecidas em contratos redigidos em linguagem clara, com objetivos, responsabilidades e compromissos definidos, duração, condições de resilição”.

Rodrigues reforça que esses critérios são adotados na Openbox como um todo, e não apenas na Certificação. O executivo conta que os critérios claros e transparentes agregam muito na continuidade da relações de trabalho e das trocas comerciais, já que deixam claro o que e como será trabalhado, o que estabelece um conforto para que tudo possa acontecer sem surpresas desagradáveis.

“Assim, tudo é seguido de forma correta. O resultado é que, por mais que, às vezes, algum cliente precise pausar o trabalho por um período, é muito mais provável que, quando ele voltar a demandar o serviço, a empresa anteriormente contratada seja a escolhida. Afinal, o empresário já sabe como a marca trabalha, se ela comunica de forma clara, se paga direito seus colaboradores, enfim, tudo o que envolve uma relação contratual comercial de trabalho é levado em consideração”, conclui.

Hoje, o grande desafio das empresas é ter uma relação saudável e sustentável com recursos naturais, porém, sem deixar de pensar no lucro. “Por isso, é necessário aumentar o grau de engajamento com os critérios ESG, e as empresas que não fizerem isso tendem a ficar para trás”, finaliza.

 

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