De forma organizada com tarefas, metas e atribuições bem definidas, pai e filho do Espírito Santo, administram quatro fazendas de forma eficiente e harmoniosa
Um dos maiores desafios de boa parte das
propriedades rurais brasileiras é o processo de sucessão dos negócios de uma
geração para a outra. Estima-se que cerca de 70% das empresas familiares no
Brasil que não tinham um projeto de gestão já estruturado com os herdeiros,
chegam ao fim ou vão a falência após a ausência do fundador. Se no caso da
administração de uma fazenda já é complicado, imagina no caso de quatro? Esse
foi o desafio superado nos últimos anos pelo médico veterinário Vitor Alves e
seu pai Nilson Alves.
Com propriedades já consolidadas em Montanha e
Mucurici no Espírito Santo e duas novas em Carlos Chagas e Nanuque, em Minas
Gerais, pai e filho são exemplos de sucessão bem organizada. Esse processo de
gestão compartilhada iniciou-se em 2011, quando o médico veterinário resolveu
ir trabalhar com o pai, e aos poucos foram construindo uma parceria tanto entre
eles como família, quanto de profissionais, alinhando diferentes qualidades e
competências.
Para estar preparado para o desafio Vitor focou nos
estudos, fez pós-graduação em produção de bovino de corte, e também MBA em
gestão de empresas, com foco em liderança. “Comecei a direcionar para essa
área, porque não tinham outras pessoas com essas competências a minha volta,
então, eu precisava ser o mais específico possível, focado principalmente na
gestão”, disse.
Atualmente, os negócios da família Alves, estão
estruturados na área de agricultura 100% irrigada para o cultivo de milho e
sorgo e na pecuária. “A nossa lavoura é toda a base de pivô, temos os nossos
valores atrelados em gestão, produção e sustentabilidade, valores que tentamos
passar para todos os nossos colaboradores. Todos têm metas e variáveis”,
destaca Vitor.
Na criação de gado, fazem recria a pasto e engorda
no confinamento com um giro anual de cerca de 8 mil animais. “Trabalhamos com
oportunidades do mercado, então tem variedade em genética e a lotação muda de
acordo com o período de águas”, cita o médico veterinário.
Troca de bastão
O processo de sucessão dos negócios da família
Alves está sendo estruturado de forma gradativa. Pai e filho trabalham em suas
respectivas áreas, cada um na sua competência. O herdeiro fica responsável pela
parte produtiva e estratégica do negócio enquanto o seu pai está focado na área
comercial. E o segredo para tudo correr bem, de forma harmônica no dia a dia? A
resposta é o diálogo. “Sempre sentamos juntos e conversamos, ele com a
experiência de trabalho de vida e eu com um pouco de técnica e de visão de mercado.
Nós vamos trocando essas dicas e vai dando certo, sempre um no freio e o outro
no acelerador, e vice e versa”, destaca Vitor.
Ainda segundo o gestor, todo processo de sucessão
passa por altos e baixos, mas o grande diferencial é saber separar as relações
de patrão, filho e sócio. Além disso, é fundamental conseguir lidar com a
emoção e a razão dentro de um trabalho em família.
Uma das alternativas adotada pelos produtores e,
que tem dado muito certo e facilitado a tomada de decisões em conjunto, é o
foco aliado a metas e resultados. Os números são primordiais nas escolhas da
fazenda, seja para aquisição de produtos, maquinários ou melhorias. Tudo é
decidido sobre os benefícios que as escolhas vão resultar. “Antes de irmos para
a agricultura, fomos muito competentes a pasto, depois partimos para o
confinamento e há dois anos entramos também na agricultura. Cada passo dado com
muita prudência e estudo sobre resultados”, destaca o médico veterinário.
Novos desafios
Com a recente aquisição das duas fazendas em terras
mineiras, pai e filho tem unido forças para darem conta da gestão das quatro
propriedades da família. Em Nanuque e Carlos Chagas, o desafio foi grande, pois
iniciaram a produção do zero. “Lá não tinha pasto, nem rede de energia, e pouca
disponibilidade de água. Estamos definitivamente implantando tudo”, conta
Vitor.
Para ajudar nessa missão, os produtores estão
investindo na tecnologia de sementes de pastagem da SOESP – Sementes Oeste
Paulista, de Presidente Prudente/SP, empresa que utiliza a tecnologia Advanced,
a única blindada, tratada com fungicida e inseticida e alto nível de pureza. O
objetivo inicial é fazer uma boa pastagem e em médio prazo também entrar com a
agricultura em áreas que forem possíveis. “Nós vimos oportunidade de crescimento
e foi uma negociação interessante pensando a longo prazo. A terra vai virar um
artigo que ninguém tem, por isso, temos que usar as melhores ferramentas e
tecnologias como as da Soesp para produzirmos cada vez mais em nossas áreas”,
finaliza o produtor.
Soesp
www.sementesoesp.com.br
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