Com
um dia útil a menos, outubro não apresentou bons resultados para a maior parte
dos segmentos automotivos, à exceção de Automóveis e Ônibus. Já no acumulado,
de janeiro a outubro/2021, houve alta de 16,15% para o setor em geral.
Com um dia útil a menos em
relação ao mês anterior, outubro/2021 (20 dias) registrou baixa de -1,78% nos emplacamentos de veículos, incluindo
todos os segmentos automotivos (exceto tratores e máquinas agrícolas, que não
são emplacados). Os dados são da FENABRAVE
– Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores,
segundo a qual foram licenciadas 276.033 unidades no mês, contra 281.026 em
setembro/2021. Na comparação com o mesmo mês de 2020, quando 332.852 veículos
zero km foram comercializados, a queda de outubro/2021 chegou a -17,07%.
Já no acumulado, de janeiro a
outubro de 2021, os emplacamentos seguem com resultados positivos, com alta de
16,15% sobre o mesmo período do ano passado, totalizando 2.863.349 unidades,
contra 2.465.260 emplacadas em igual período de 2020.
O setor, em
geral, continua sendo afetado pela crise global de abastecimento de componentes
para a produção industrial. “Os
emplacamentos de todos os segmentos automotivos vêm oscilando, de acordo com o
fluxo de produção. A demanda se mantêm alta, por parte do consumidor, mas há
segmentos em que a espera por um veículo pode levar meses, em função dos baixos
estoques das Concessionárias, que não estão conseguindo ter todos os pedidos
atendidos pelas fábricas, devido à falta de insumos e componentes. Esperamos
pela normalização da produção, mas acreditamos que isso só ocorra em meados de
2022, na melhor das hipóteses”, esclarece Alarico Assumpção Júnior,
Presidente da FENABRAVE.
Resumo Mensal Outubro de 2021 – Tabela Geral e
por Segmento
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Automóveis e Comerciais leves
Apesar da baixa nos
emplacamentos de Comerciais Leves, a recuperação nos licenciamentos de
Automóveis fez com que os segmentos, somados, registrassem crescimento em
outubro sobre setembro/2021. Também o acumulado do ano, até o momento, vem
se mantendo positivo, mas, além da produção, outros fatores começam a
preocupar. De acordo com Assumpção Júnior, o cenário econômico pede
atenção. “A recente alta
nas taxas oficiais de juros e a possibilidade de novas elevações podem
influenciar a decisão de compra por parte do consumidor e na oferta de
crédito, que pode se tornar mais seletivo. É um cenário que estamos
observando, com muita atenção”, diz.
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Caminhões
A queda, em outubro,
segundo o Presidente da FENABRAVE, está mais relacionada ao menor número de
dias úteis sobre setembro, e não por alterações na demanda. “O mercado de Caminhões se mantém
positivo e os emplacamentos vão seguindo a capacidade de entrega das
montadoras. Alguns modelos, como os extrapesados, já estão com previsão de
entrega para o fim do 1º semestre de 2022”, afirma. “Na média, as entregas
estão sendo agendadas para um prazo de 90 a 120 dias”, finaliza.
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Ônibus
Apesar da alta em
outubro/2021 sobre setembro/2021, os demais períodos comparativos foram
críticos para o segmento de ônibus, que foi o que mais sofreu com a
pandemia e o isolamento social.
Mas, de acordo, com
Assumpção Júnior, as perspectivas para o segmento podem melhorar, em 2022. “A vacinação avançou bastante no
Brasil, há perspectivas de retomada no turismo e alguns programas de
transporte público podem ser retomados no ano que vem, como o Caminho da
Escola. Caso isso se confirmem essas tendências, será uma boa mudança para
o segmento”, explica.
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Implementos Rodoviários
Bastante atrelados ao
segmento de Caminhões, os Implementos Rodoviários tiveram alta de mais de
40%, até o momento, este ano, com resultados superiores aos de setembro/2021,
assim como na comparação com outubro de 2020. “É um segmento que depende menos de componentes
importados. Por isso, tem uma capacidade um pouco maior de atender à
demanda, neste momento”, afirma o Presidente da FENABRAVE.
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Motocicletas
As altas seguidas, nos
custos de combustíveis, o aumento nos serviços de delivery e a procura por
um transporte individual e econômico mantêm a demanda por Motocicletas aquecida,
ainda que os resultados, de outubro, tenham ficado abaixo das expectativas.
“A baixa nas vendas
ainda é reflexo da oferta menor de produtos, mas, a partir de agora, também
temos que ficar atentos à alta nas taxas de juros e à maior seletividade do
crédito, que podem impactar, negativamente, na demanda. Hoje, a aprovação
de crédito, para o segmento, se mantém em 4,8 aprovações para cada 10
propostas enviadas”, diz Assumpção Júnior. O agendamento de
entregas de motos, ao consumidor, gira entre 90 e 120 dias.
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Tratores e Máquinas Agrícolas
Obs.: Por não serem
emplacados, tratores e máquinas agrícolas apresentam dados com um mês de
defasagem, pois dependem de levantamentos junto aos fabricantes.
A demanda se mantém
aquecida e, assim como Caminhões e Implementos Rodoviários, o segmento se
vale do bom desempenho do agronegócio. “Segundo
nossas projeções, deve registrar alta de mais de 20% em relação ao ano
passado, número acima da média estimada para todo o Setor, que é de 11,1%”,
diz Assumpção Júnior.
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PROJEÇÕES INALTERADAS
Diante de um cenário
econômico ainda instável, com alta nas taxas de juros, que podem comprometer
crédito, crise hídrica, aumento dos preços dos combustíveis e ainda
dificuldades para regularização da produção industrial, a FENABRAVE manteve as
últimas projeções para 2021, divulgadas no início de outubro.
TABELA DE
PROJEÇÕES DIVULGADAS PARA 2021
As primeiras projeções da
FENABRAVE foram feitas em janeiro deste ano, antes do agravamento do
abastecimento de peças e componentes na indústria e da segunda onda da
pandemia, entre outros fatores que influenciaram nas tendências para o setor e
seus segmentos automotivos, fazendo a entidade ajustar suas expectativas, para
o ano de 2021, em julho.
Em outubro, a Federação
realizou sua última revisão de projeções, considerando todo o cenário e
conjuntura atuais.
Vale
ressaltar que, por não serem emplacadas, as Máquinas Agrícolas têm suas
projeções consideradas à parte, ao final da tabela abaixo.
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