Como o RFID pode transformar os negócios de maneira mais rápida e segura
O varejo mudou rapidamente para se adaptar às
consequências da pandemia. Tendências que caminhavam lentamente aceleraram
diante da necessidade de ter um e-commerce robusto para atender uma demanda que
cresceu rapidamente do físico para o digital.
A digitalização virou questão de sobrevivência. E a velocidade de implantação
passou a ter mais importância do que a certeza do caminho estratégico correto.
Melhor fazer logo e depois corrigir do que não avançar e ficar pelo caminho.
O novo comportamento do consumidor veio para ficar. Neste ano, a China passou a
ter 50% das suas vendas online, os EUA 16% e o Brasil 10% (antes da pandemia o
percentual era de 5%). Esses números tendem a crescer com a confiança que os
consumidores mais velhos adquiriam no e-commerce e com o imediatismo da geração
Z (9-23 anos).
A estratégia é combinar cada vez mais conveniência e velocidade. Neste cenário
em que a omnicanalidade ganha um espaço maior e posiciona a logística como um
diferencial competitivo, o mercado demanda tecnologias inovadoras para fazer
mais com menos custos e menos erros. A tecnologia RFID, que já era utilizada em
algumas áreas do varejo, se transformou em vantagem competitiva ao assumir a
posição de smart supply chain, ideal para reduzir custos e ampliar
receitas.
Atualmente, existem grandes redes, como a Riachuelo, que adotaram a tecnologia
em toda a cadeia de suprimentos, da fábrica até o consumidor final, para
garantir o controle dos processos e a gestão inteligente dos estoques. Há
outros grupos brasileiros que investem em entregas no mesmo dia, em várias
modalidades: em casa, pick-up in store (comprar online e
pegar numa loja), curbside (agendar uma entrega de mercadoria num ponto como
calçada ou estacionamento), darkstores e hubs (são lojas que que não estão
abertas ao público, mas que funcionam como um hub logístico de milhares de
entregadores de moto, bicicleta e patinete, que têm velocidade e flexibilidade
para atender a “última milha” no mesmo dia, ou até em algumas horas quando as
compras são online.
Para conseguir velocidade e minimizar erros, as empresas precisam investir numa
cadeia logística inteligente. Ter controle, rastreabilidade e visibilidade de
estoque em todos os pontos da cadeia garante custos menores de carregamento de
estoque e logística reversa, além de proporcionar uma experiencia agradável
para o cliente, cada vez mais exigente, na ponta.
Varejistas consagrados como Walmart e Zara usam o RFID há décadas. No Brasil,
alguns grupos, mesmo em estágios diferentes na adoção da tecnologia, já
perceberam o potencial e os benefícios que podem ser alcançados com a solução.
Questões relevantes como sustentabilidade, propósito e inclusão também podem
ser introduzidas com o uso da tecnologia RFID, que permite rastreabilidade de
produtos em toda a cadeia. Com isso é possível assegurar a idoneidade de origem
do produto, com respeito ao meio ambiente e aos trabalhadores da cadeia de
suprimentos. A tecnologia serve, inclusive, como um selo de autenticidade de
uma mercadoria, prevenindo falsificações e garantindo a data de validade.
Combinada com NFC e/ou QRCode, a solução RFID pode facilmente engajar o cliente
no ponto de venda (PDV) via smartphone.
Para que as empresas possam extrair o máximo da tecnologia em curto espaço de
tempo, o primeiro passo é investir na transformação cultural com o suporte de
fornecedores/parceiros de tecnologia capazes de atender as necessidades,
independentemente do tamanho e da complexidade do negócio. A otimização
logística com RFID pode ser uma decisão estratégica para alavancar negócios de
maneira mais rápida, segura e aderente à nova realidade.
George Millard - CEO da
Mozaiko, empresa do Grupo Stefanini que desenvolve tecnologias de Analytics e
IoT para otimizar e simplificar processos de varejo e logística.
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