A interação entre medicamentos pode ocorrer, principalmente, quando não há um acompanhamento de um farmacêutico clínico no tratamento; dados dos EUA mostram o quão grave é o problema
No Brasil, a prática de se automedicar, por
mais que não seja recomendada, é cada vez mais frequente. No entanto, a
automedicação pode trazer vários riscos à saúde, principalmente se tratando de
interação medicamentosa, que pode causar diversos problemas de saúde, levando
até a morte em casos mais sérios.
Dados de uma pesquisa realizada pela ICTQ -
Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o mercado farmacêutico, em 2018,
mostram que cerca de 79% das pessoas com mais de 16 anos afirmam ter tomado
algum medicamento sem prescrição médica no Brasil. Essa iniciativa é
recorrente, principalmente quando se trata de algum sintoma leve, como dor de
cabeça ou gripe.
A interação medicamentosa ocorre quando o
paciente está tomando mais de um remédio e algum dos fármacos interfere na ação
do outro. Isso pode ocorrer com mais frequência quando não há um acompanhamento
médico ou de um farmacêutico clínico.
Pesquisas estimam que só nos Estados Unidos,
mais de dois milhões e duzentos mil pacientes são hospitalizados por sofrerem
reações adversas com o uso de medicação. Desses, cerca de 100 mil acabam vindo
a óbito. Isso torna a interação medicamentosa a quarta maior causa de morte do
país, ficando à frente de doenças pulmonares, diabetes, aids, pneumonia,
acidentes e mortes no trânsito.
Muitas vezes, em tratamentos que exigem mais de
um tipo de medicamento, os médicos ou farmacêuticos planejam horários visando a
diminuição do desconfortos e efeitos mais graves. Por isso, a organização dos
fármacos é de extrema importância.
Para Arlei Alves, enfermeiro e cofundador da
SafePill, o
risco da interação medicamentosa não deve ser subestimado. "Os tratamentos
medicamentosos feitos no domicílio exigem muita responsabilidade, ainda mais se
tratando de mais de um remédio. É muito importante sempre consultar seu médico
ou um farmacêutico clínico quando quiser iniciar alguma dieta, vitaminas e
qualquer medicamento, especialmente se você já faz uso de alguma medicação.
Além de se organizar para tomar os medicamentos na dose, data e horário
corretos para que não haja complicações que, por vezes, podem ser fatais",
conta.
SafePill
- healthtech com foco no auxílio de pacientes em tratamento medicamentoso
domiciliar.
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