Com estima-se que esse tipo de arritmia cardíaca atinge entre 5% e 10% dos brasileiros e pelo menos 2,5% da população
Em 2021, o foco do Dia Mundial de Combate ao AVC,
dia 29 de outubro,
está no reconhecimento rápido dos sintomas de um acidente vascular cerebral e
na resposta imediata para minimizar os efeitos e garantir a vida do paciente.
Nesse contexto, a cardiologista Juliana
Coragem, membro da Singulari Medical Team, chama atenção para
problemas que elevam o risco, como é o caso da fibrilação atrial.
De acordo com a Sociedade
Brasileira Arritmias Cardíacas (Sobrac), esse tipo de arritmia é a segunda
maior causa de mortes no mundo, afetando pelo menos 2,5% da população. Já
no Brasil, estima-se que entre 5%
e 10% dos brasileiros serão atingidos pelo problema ao longo da
vida.
Fibrilação atrial e AVC
De fato, a cardiologista
explica que a fibrilação
atrial é a arritmia mais frequente e é muito comum em idosos.
Segundo a especialista, seu diagnóstico é feito com base na documentação por eletrocardiograma com
traçado demonstrando o ritmo de fibrilação. “Ela é uma desregulação no ritmo
cardíaco muito associada a um aumento substancial na morbimortalidade dos
pacientes”, ressalta.
Um dos pontos que aumenta
a preocupação com relação à fibrilação atrial e o risco elevado de AVC é
o fato de que ela é considerada pelos médicos como um problema multifatorial,
ou seja, com diversas patologias e causas envolvidas em sua gênese.
“Doença arterial
coronariana, insuficiência
cardíaca, doença valvar, hipertensão,
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), apneia do sono, obesidade, tabagismo, consumo de
álcool e até atividade física intensa em excesso são exemplos de gatilhos que
podem desencadear a fibrilação atrial”, lista Juliana.
Quem deve ficar atento?
Como reforça a
cardiologista, os idosos integram o principal grupo de risco com risco elevado
de desenvolver a fibrilação atrial. Contudo, as probabilidades são ainda mais
altas quando combinadas a comorbidades
como as já citadas.
Por isso, de volta à busca
por mais agilidade na resposta e prevenção ao AVC, a médica explica que o
perigo dessa arritmia cardíaca está na alteração da contração atrial, que não
ocorre da maneira habitual, correta. “Isso acaba formando o trombo, que são
coágulos dentro do átrio esquerdo. Se esse trombo se solta, o paciente pode
desenvolver eventos embólicos como o AVC”, esclarece.
Prevenindo o AVC nesse casos
De acordo com a médica
cardiologista, a prevenção do AVC nos pacientes com fibrilação atrial deve ser
feita por meio da anticoagulação,
com o uso de medicação específica. Além disso, o tratamento pode ser feito com
o controle do ritmo ou da frequência cardíaca, por isso o acompanhamento é
obrigatoriamente individualizado, feito caso a caso. “O melhor tratamento para
cada paciente depende da causa da fibrilação atrial”, completa.
Por fim, Juliana Coragem
destaca também que é possível prevenir
a fibrilação mesmo com o avanço da idade. Para isso, é fundamental adotar
medidas e hábitos de
vida saudáveis. “Se o paciente tiver alguma patologia como
hipertensão ou diabetes, ele deve tratá-la adequadamente para evitar
consequências ou complicações dessas comorbidades”, finaliza.
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