sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Beijar ou não beijar?

Na América Latina, beijar no rosto é natural em encontros e despedidas. No entanto, cada país latino-americano tem suas próprias regras de conduta e, quando se fala em etiqueta profissional, saudar alguém no México e na Venezuela da mesma forma que no Brasil e na Argentina pode se tornar embaraçoso ou até mesmo arruinar a prospecção de um novo cliente.

A vasta experiência da IMS Internet Media Services, maior hub de negócios do Vale do Silício para a América Latina, em desenvolver mercados nos vários países da região tornou possível preparar um guia sobre a cultura dos cumprimentos em um contexto profissional em alguns países da América Latina e em três estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. É importante ressaltar que estas são dicas gerais, e que os costumes podem variar dependendo da situação. 

Como cumprimentar em situações profissionais em países como Argentina, Chile, Colômbia, Peru, México e Brasil?


Beijo no rosto é permitido, mas somente um.

As diferenças aparecem na forma de beijar. Na Argentina tanto homens quanto mulheres trocam beijos no rosto em encontros profissionais e pessoais. Em algumas províncias argentinas, os homens se cumprimentam com um aperto de mão, um abraço e um beijo, consecutivamente. Já no Chile e no Peru um homem e uma mulher e duas mulheres trocam beijos no rosto em encontros profissionais e pessoais. Dois homens não se beijam. Na Colômbia acontece o mesmo, mas quando a situação é formal é melhor se restringir ao aperto de mão. O Brasil é o mais complicado. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, um homem e uma mulher e duas mulheres trocam beijos no rosto em encontros profissionais e pessoais. Homens trocam beijos apenas em encontros pessoais. No Rio de Janeiro o costume é dar dois beijos. Já em Minas Gerais os beijos vão de um ou três.

Os mexicanos não beijam no rosto e o normal é que os homens se abracem e deem tapinhas nas costas com firmeza ao se cumprimentarem. Da mesma forma, na Venezuela, o aperto de mão é o correto. Beijo no rosto? Não.


Por onde começar?

Depende de seus objetivos

Da mesma forma que as saudações são distintas em cada país, não existe uma fórmula para abrir um negócio com êxito na América Latina. Cada país da região é distinto, merecendo atenção especial.

O México, por exemplo, tende a focar muito nos EUA e tem interesse em copiar as tendências do país vizinho. Diferentemente, na Colômbia e no Peru, as características locais são extremamente importantes, e o que acontece nos EUA não é importante.  E enquanto alguns países são cordiais com as pessoas que falam inglês, é muito importante dominar o espanhol para se ter sucesso no Chile.

Ser ignorante em costumes culturais pode se tornar um pesadelo e também pode afetar seu negócio. Para terem sucesso na América Latina, as empresas precisam de um especialista que as guiem entre os costumes e as expectativas regionais, e claro, que lhes explique onde e quantos beijos devem trocar ao chegar.

Portanto empresas interessadas em abrir ou expandir negócios na América Latina, é preciso prestar atenção a pequenos detalhes importantes.  Há muitas oportunidades, porém o conhecimento da realidade local é fundamental para não gerar expectativas que possam ser frustradas. Nas cidades argentinas, por exemplo, os transportes públicos são muito utilizados, então os aplicativos nestes nichos tendem a se tornar populares. A infraestrutura de transporte público não é tão desenvolvida no Brasil, e os congestionamentos são frequentes. Para escapar do trânsito, a utilização de aplicativos como o Waze é massiva, sendo que o Brasil é o segundo país com maior número de usuários, perdendo apenas para os Estados Unidos.

“Oportunidades de crescimento na América Latina são enormes, particularmente na área de tecnologia. A região apresenta o maior crescimento em uso da internet, com um aumento de conectividade de 26% no último ano. O uso de smartphone deve continuar crescendo cerca de 25%  ao ano na região” comenta Gastón Taratuta, CEO, Partner e Founder do Grupo IMS.

Entender diferenças como estas são importantes para o lançamento de um negócio na América Latina. A população latina americana é jovem e conta com usuários frequentes das mídias sociais. Segundo dados de um estudo da com Score, em 2014 os uruguaios dedicam 13,9 horas ao mês às mídias sociais, os brasileiros 12,6 horas e os argentinos 9,3 horas, enquanto os americanos dedicam 7 horas mensalmente às mídias sociais.

 


IMS Internet Media Services


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