“Use o protetor solar”, apesar de a
frase ser tão comum, nem todos a colocam em prática. O câncer de pele é o mais
comum no país e representa 30% do total dos casos registrados, segundo dados do
Instituto Nacional do Câncer (INCA). “A exposição solar excessiva,
principalmente entre 10h e 16h, pode causar problemas. É necessário um cuidado
com a pele, além da vaidade”, destaca a dermatologista, Franciele Bianchi. Ela
acrescenta que, em caso de qualquer suspeita, é necessário procurar um médico,
pois o diagnóstico precoce cura e salva vidas.
O fato de o Brasil ser um país tropical
faz com que a incidência dos raios UV seja intensa o ano todo. Por isso, é
preciso estar sempre atento aos cuidados com a saúde da pele. A
radio-oncologista Bruna Bonaccorsi, diretora clínica do Instituto de
Radioterapia São Francisco, explica que são vários os fatores de risco.
“Geralmente, o câncer de pele surge após os quarenta anos de idade e independe
do sexo. Quando se tem antecedentes familiares, é preciso estar mais atento e
fazer acompanhamentos mais frequentes”, afirma.
Estudos feitos recentemente na
Universidade Yale, nos Estados Unidos, sobre a melanina, pigmento que dá
coloração e ajuda na proteção da pele, apontam que, ao contrário do que se
pensava, não só pessoas com a pele clara (com menor quantidade de melanina)
estão suscetíveis à doença. Isso acontece porque os danos causados pelos raios
UV ao DNA dos melanócitos (células produtoras de melanina), fazem com que os
prejuízos à pele continuem se agravando durante horas, mesmo quando a pessoa já
não está mais exposta ao sol.
Quando se preocupar
É muito comum aparecerem manchas e
irritações na pele, quando os devidos cuidados não são tomados. Então, como
saber o que pode ser sintoma de um câncer? “Geralmente, o paciente ou o seu
familiar nota uma lesão nova (seja cor da pele, rósea ou amarronzada); uma
lesão antiga que apresentou crescimento ou a mudança de seus aspectos
habituais. É importante ressaltar que câncer de pele não dói, não sangra, não
parece um machucado, pode parecer simplesmente uma espinha que não vai embora.
A confirmação só é possível pela avaliação dermatológica com o dermatoscópio e
posterior biópsia”, ressalta a dermatologista.
Os
tipos mais comuns de cânceres de pele são os carcinomas basocelular e
espinocelular, além do melanoma. Os dois primeiros costumam acontecer em áreas
expostas ao sol e podem ser cor da pele. O melanoma pode acontecer em qualquer
área do corpo, inclusive nas unhas, costuma ser mais amarronzado e é o mais
grave entre os três tipos.
Tratamento
“Apesar de muito se ouvir a respeito do
melanoma, ele é o tipo menos frequente de câncer de pele, e também o mais
grave,devido à sua alta possibilidade de
provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos)",
pondera Bonaccorsi.
A especialista ainda ressalta que a
radioterapia também pode ser indicada para o tratamento do câncer de pele
dependendo de cada caso, mas que a cirurgia é curativa na maioria dos casos iniciais.
Instituto de Radioterapia São
Francisco
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