Vanessa Wedekin, diretora de produto na BiUP Educaçã e especialista em estratégia educacional, explica quais são as competências do futuro e porque elas são tão importantes para quem quer crescer profissionalmente.
As
soft skills têm-se tornado cada vez mais populares: são habilidades
comportamentais levadas muito a sério em conta por empresas e recrutadores.
Estas habilidades, diferente das hard skills, são fluidas e desenvolvidas a
partir das suas habilidades interpessoais, e não necessariamente baseadas nos
seus conhecimentos técnicos.
Com o avanço das transformações no mercado e nas relações de trabalho, cada vez mais empresas estão percebendo que precisam de colaboradores com habilidades que vão muito além da técnica. Soft skills são competências relacionadas ao comportamento do indivíduo, muito mais atreladas à personalidade e às experiências, do que à formação profissional.
Reconhecer
e ampliar suas capacidades é tão importante quanto ter uma formação específica
na área de atuação. Ou seja, é a sua capacidade de desenvolver uma relação
positiva com o trabalho e seus colegas, influenciando positivamente o ambiente.
A inteligência emocional e o relacionamento interpessoal são exemplos de soft
skills.
Algumas
pessoas parecem ter certas habilidades inatas, como a criatividade ou a
organização. Porém, com um bom autoconhecimento, é possível aprimorar essas
qualidades que já se manifestam espontaneamente e ainda desenvolver outras, que
trarão destaque para um cenário de negócios tão competitivo.
A
seguir, algumas soft skills que o mercado tem valorizado:
- Inteligência Emocional: se engana quem
acredita que conseguimos lidar com o trabalho separando totalmente nossas
emoções. Porém podemos desenvolver a habilidade de controlar e entender as
emoções para que elas não nos afetem, e mais, para reconhecer e lidar com
as emoções do outro também;
- Comunicação eficaz e assertiva: esta se tornou
uma habilidade básica exigida pelos líderes na hora da contratação. Saber
se comunicar é essencial não somente para passar a mensagem que você quer,
mas para saber captar a mensagem que lhe é transmitida. Atualmente somos
bombardeados constantemente de informação, e desenvolver a habilidade da
comunicação é pontual para conseguir absorver e repassar todas as
mensagens da melhor forma;
- Resiliência: o conceito de resiliência deixou
de ser algo falado apenas dentro dos consultórios de psicólogos e passou a
ser algo normalizado por toda a sociedade. Esta habilidade basicamente se
define pela capacidade de se reerguer após uma queda emocional,
motivacional, financeira, etc. O mercado está valorizando quem busca
desenvolver a resiliência porque pessoas resilientes costumam lidar melhor
com a pressão e os altos e baixos do mundo corporativo;
- Empatia: novamente, uma habilidade que já foi
considerada obsoleta, mas que se mostra cada vez mais em foco. A empatia é
a habilidade de se colocar no lugar do próximo em inúmeras situações e é
uma caraterística buscada principalmente para cargos de liderança,
mostrando que o mercado do futuro é um mercado que busca mais o lado
humano dos colaboradores;
- Colaboração: quem não se lembra quando éramos
obrigados a trabalhar em equipe na época de escola ou faculdade e sempre
dava algum atrito, não é? Poderíamos até não perceber, mas estávamos
desenvolvendo nossa habilidade de colaboração, algo que o mercado atual
tem valorizado. Afinal de contas, uma empresa que trabalha unida, cresce
mais forte.
Além das habilidades citadas, as empresas têm buscado cada vez
mais diferentes características como flexibilidade, organização, pensamento
criativo, capacidade de resolver problemas, relacionamento interpessoal, entre
outras habilidades que, se analisarmos o mercado de 5 anos atrás, jamais
pensaríamos sobre.
Tão importante quanto desenvolvê-las é saber identificá-las,
principalmente se exercer um cargo de liderança. Diferente das aptidões
técnicas, ou hard skills, estas habilidades não são ensinadas facilmente, elas
são desenvolvidas com o tempo e esforço. Por isto, o conhecimento sobre este
assunto é indispensável no mercado de trabalho, tanto para quem está realizando
a captação de novos talentos quanto na análise de colaboradores já existentes
na corporação.
Vanessa Wedekin
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