Câncer, derrame
cerebral, infertilidade e trombose são alguns dos riscos
“Ainda
não existe forma segura na utilização de hormônios para fins estéticos. Para
quem quer aumentar massa magra e muscular o melhor caminho é alimentação
equilibrada e a atividade física, principalmente as aeróbicas”, alerta a
endocrinologista Dra. Lorena Amato.
São
muitos os hormônios usados para fins estéticos e entre os mais procurados estão
o GH, que é o hormônio do crescimento, e a testosterona, de onde derivam os
esteroides androgênicos anabólicos, popularmente conhecidos como anabolizantes.
O uso de anabolizantes para fins estéticos geralmente é feito com doses muito
elevadas e possíveis misturas de substâncias desconhecidas em sua manipulação.
“Os
efeitos colaterais são muito perigosos ainda mais em
jovens, podendo interromper o crescimento e o desenvolvimento sexual adequado”,
pontua a médica.
De
maneira geral, os efeitos adversos do uso abusivo
hormônios sintéticos por mulheres são: engrossamento da
voz, infertilidade, irregularidade menstrual, diminuição das mamas, aumento do
clitóris e hirsutismo (aumento de pelos no corpo e face). Nos homens,
alguns dos principais eventos adversos são:
ginecomastia, atrofia testicular, disfunção erétil, queda da libido.
Acne,
queda de cabelo, hepatite medicamentosa, risco de trombose, tumores hepáticos,
irritabilidade ou comportamento agressivo podem acometer tanto homens como
mulheres.
“Vendidos
mediante receita médica controlada, esses hormônios devem ser indicados apenas
no tratamento de doenças endócrinas, tais como distúrbios do crescimento,
hipogonadismo etc. Mas na prática sabemos que em busca de melhorar o desempenho
atlético ou a aparência física muitas pessoas conseguem a medicação sem
receita, inclusive com venda em academias, usando seringas muitas vezes
compartilhadas... e é aí onde estão todos os perigos”, comenta Dra. Lorena.
Hormônios
para fins estéticos não são aprovados pelas agências reguladoras de saúde e
podem também contribuir para o aumento de risco cardiovascular, AVC e câncer.
Dra. Lorena Lima Amato -
A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
(SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É
doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.
Instagram:
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/
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