Investimentos em análise inteligente permitem desenvolver ações mais aderentes às necessidades de cada equipe e reduzir custos de gestão da área
O British
Medical Journal estima que 37 milhões de mortes prematuras, no mundo inteiro,
poderiam ser evitadas até 2025, caso fossem tomadas medidas de conscientização
e promoção de saúde. Estudos como esse apontam a necessidade de recorrentes
investimentos em campanhas e movimentos que reforcem hábitos associados à
prevenção e ao bem-estar. Fato que pode ser observado com o crescimento do
calendário da saúde, que adota cores específicas para cada bandeira mensal.
Assim, o outubro se tornou rosa, em função do combate ao câncer de mama; e o
janeiro é tomado pelo branco, que trata da saúde mental. Apesar de causas
fundamentais para a saúde coletiva, o setor corporativo começa a avaliar com
uma lupa, a partir de análises inteligentes de dados, quais as ações de
prevenção e conscientização se encaixam melhor no perfil de sua população.
O movimento
tem evitado desperdícios financeiros e de energia focados em ações, por
exemplo, para um tipo de patologia com pouca incidência ou que sequer existe
evidência para predisposição entre determinada equipe. Assim, as análises
proporcionadas por big data analytics permitem promover campanhas e
intervenções cada vez mais personalizadas, de acordo com a necessidade de cada
população-alvo, conforme explica Bruno Autran, CEO e cofundador da BTR
Benefícios e Seguros.
“Trabalhamos
com o conceito de on-demand, por isso, avaliamos o que, de fato, vai gerar
impacto para a saúde e bem-estar das pessoas e como tudo isso resultará no
melhor custo x benefício do plano de saúde. Se uma empresa tem um perfil
predominantemente feminino, com idade média entre 25 e 40 anos, talvez se deva
investir mais em um programa de gestantes ao invés de apostar no novembro azul,
que trata do câncer de próstata, por exemplo”, observa.
De acordo com
o executivo, é uma maneira não só de mudar comportamentos que ajudam
efetivamente a prevenir doenças crônicas não transmissíveis (DCTN) – entre as
quais diabetes, hipertensão e depressão, entre outras –, responsáveis por mais
de 70% das mortes no Brasil, como de reduzir custos na área. “Nossa percepção é
de que há uma procura por ações de prevenção mais objetivas e temos sidos
assertivos ao priorizar as necessidades de cada população pesquisada dessa forma
mais profunda”.
Como saúde e
bem-estar são pilares que integram as práticas sustentáveis de qualquer
negócio, a startup tem sido procurada por líderes e gestores para apoiar a
tomada de decisão. Isso porque, segundo Autran, o estímulo para práticas
físicas e mentais saudáveis já vai muito além da qualificação do clima da
organização e se traduz em aumento de produtividade, redução de absenteísmo e
retenção de talentos.
Neste
processo, a BTR busca acessar dados importantes para avaliar quais os problemas
de saúde mais comuns, quais as principais causas de afastamentos e outras
informações do gênero. A partir daí, desenvolve ações educativas que acompanham
as campanhas com o objetivo de instruir, reforçar e aprofundar as medidas para
reverter determinados quadros. “A promoção da saúde no trabalho é um processo
gradativo, que precisa ser reforçado constantemente”, conclui Autran.
Embora não
possa revelar o nome das empresas por conta da Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD), a startup tem apoiado grandes nomes brasileiros do varejo e de serviços
em campanhas que ajudam a promover saúde e salvar vidas.
BTR
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