quarta-feira, 28 de abril de 2021

COMO FUNCIONA A MENTE SÁDICA DE MANÍACOS SEXUAIS?

O neurocientista e neuropsicólogo, Fabiano de Abreu, analisou este tipo de distúrbio mental

 

Você já teve a curiosidade em saber como funciona a mente de maníacos sexuais? Pensando nisso, o Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l'Homme de Paris, Fabiano de Abreu Rodrigues, fala sobre o assunto e explica este tipo de distúrbio mental.

 

De acordo com o neurocientista, uma das características mais comuns entre os maníacos sexuais é a capacidade de sedução, envolvimento e fascínio. Por meio de personalidades aparentemente atraentes e inteligentes, os psicopatas conquistam suas vítimas. 

 

Em geral, ele explica que são indivíduos simpáticos, que simulam ter interesse pela vítima, utilizando a persuasão para convencê-las. Contudo, não possuem nenhuma empatia, culpa ou remorso pelos seus atos. 

 

“O padrão comportamental de um psicopata é ser cruel, portanto, completamente insensível ao outro. O outro só existe para ele, não como ser humano, mas como meio para ele conseguir o propósito egoísta, dessa forma o psicopata não tem amigos, não ama. Porém o que fica exposto e visível é um perfil extremamente sedutor, ele estuda a sua vítima e passa a fazer tudo por ela, ele busca saber do que ela gosta, do que ela precisa e prontamente aparece com o objeto ou a solução para a pessoa que ele escolheu como vítima. Ele trata esta pessoa muito bem e a vítima do psicopata pensa que teve muita sorte em conhecer alguém que é tão gentil. Assim, o psicopata faz tudo para a pessoa, a tratando muito bem. Até o momento em que passa a ‘arrancar’ tudo dela”, explicou Fabiano de Abreu Rodrigues.



*As características de um maníaco sexual*


No caso dos psicopatas sexuais as características comuns são: o charme superficial, tendência ao tédio, produção de mentira perseverante, manipulação, ausência de culpa ou remorso, insensibilidade afetiva, indiferença, impulsividade, descontrole comportamental, ausência de objetivos reais a longo prazo, irresponsabilidade e incapacidade de aceitar seus próprios erros, promiscuidade sexual, entre outras características que podem variar.

 

Ainda segundo Fabiano Abreu, todo transtorno mental tem causas biológicas, psíquicas e sociais. Isto é, a psicopatia é um transtorno de personalidade, que pode envolver outros fatores, como traumas de infância ou anomalias cerebrais. 

 

 “A psicopatia, seja sexual ou não, é um 'modo de ser'. Não há como mudar sua maneira de ser e de agir. Não há tratamento e não há cura. Sem afeto, o psicopata não possui nenhum problema cognitivo, a razão funciona bem e ele tem a capacidade plena de distinguir o que é certo e o que é errado. Ele tem certeza que está infringindo a lei, mas não se importa com isso e até calcula os danos para saber o custo-benefício da ação. Portanto, ele faz uso da razão, do intelecto para agir do modo que quer, tirando proveito de todos. Não quer mudar. Não há terapia nem medicação que o faça ser de outra forma”, concluiu o pesquisador.

 

Para o neurocientista é importante ressaltar que a psicopatia não é uma doença, mas sim, um distúrbio mental é um transtorno global de personalidade. Portanto, é um dos distúrbios mentais mais graves e um dos mais difíceis de diagnosticar.

 

 


Fabiano de Abreu - Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University; Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência, cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal. Neurocientista, Neuropsicólogo, Psicólogo, Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento e Federation of European Neuroscience Societies.


 

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