O ano de 2020 é considerado o ponto fora da curva dos últimos 50 anos, no mínimo. Devido aos impactos ocasionados pela pandemia do novo coronavirus, as complexidades deste ano geraram e geram, em muitos, a esperança da renovação para 2021. Entretanto, principalmente para a saúde financeira dos negócios, é preciso planejamento e otimização de recursos para que o próximo período seja, de fato, de retomada.
É plenamente entendido que os impactos da pandemia
estão ligados ao receio de consequências imprevisíveis à economia. Com isso,
grandes passos podem ser arriscados e mal interpretados. A característica mais
importante e necessária nos últimos anos (mesmo antes de 2020) permanece a
mesma para um 2021 próspero –a flexibilidade para lidar com dificuldades.
A realidade deste ano (com exceção à questão da
saúde) já nos remete a necessidades empresariais que geraram destaque desde os
últimos anos. A preparação para lidar com o novo é algo que vem criando
empresas totalmente disruptivas, que ganham mercados jamais esperados. Porém,
aquelas que não se prepararam para isso estão fechando as portas. A
COVID-19 trouxe, de maneira acelerada, desafios aos negócios em situação
similar a chegada de novas tecnologias, legislações de alto impacto e entrada
de novos players no que diz respeito à necessidade de se reinventar. Por isso,
estamos constantemente criando métodos e formas para nos reinventar. O ano de
2021 não tende a ser diferente.
Os próximos 12 meses são considerados um reset a
tudo o que aconteceu neste. Se faz necessário pontos de vista diferentes para
transformar a realidade das empresas e permanecer no mercado, principalmente
num período de tantas incertezas. Para as empresas que querem desenvolver
projetos e planos que diferem um pouco do que temos visto no dia a dia, um
plano estratégico corporativo é necessário, afim de alinhar as necessidades de
todos os stakeholders e colocar os resultados da empresa um passo à
frente.
Gestão na prática
A gestão corporativa empresarial necessita de bases
sólidas implementadas, com políticas, códigos de conduta e procedimentos que
norteiam a sobrevivência em um ano de instabilidade – que é como deve ser 2021.
É preciso focar todos os envolvidos em uma única causa.
Os pilares – pessoas, processos e sistemas de
gestão – são os alicerces que transformam os objetivos empíricos em resultados
oficialmente. Esses pilares precisam ser acompanhados para que os resultados
sejam transformados, cada um com sua metodologia específica. Os resultados
podem ocorrer sem a existência de um desses, ou até com um desnível, porém, em
algum momento irá desabar se não for visto de forma igualitária.
Além do foco nos pilares citados, algumas questões
importantes devem estar mais presentes em 2021. A sustentabilidade, o compliance
e a governança corporativa são alguns deles. Esses três fatores são uma
realidade que foca na transparência das empresas, retirando o véu que separa o
ambiente externo e interno de uma companhia, fazendo com que tudo fique
conectado e tenha a mesma importância.
Passo a passo da gestão
A recepção do ambiente externo é recheada de
conceitos de sustentabilidade (ambiental, social e cultural), governança
corporativa (transparência, equidade, accountability e responsabilidade
corporativa) e compliance (anticorrupção, ética, integridade e, ainda, a nova Lei
Geral de Proteção de Dados). Todos esses conceitos devem ser absorvidos pela
empresa, interpretados por meio da mensagem que é fornecida pelos stakeholders
para uma transformação em riscos empresariais.
Feito o mapeamento de todos os riscos, esses devem
ser direcionados para o ambiente interno da empresa. O foco deve ser os
trabalhos para a gestão integrada e comissões de ética ou conduta. Planos,
métodos e medidas devem nortear a gestão corporativa para resolução, além de
ser base para problemas futuros – é um plano de ação e agente norteador para
direcionar o fluxo empresarial para o resultado.
A mudança para o ano de 2021 não será a transição
de um ano crítico para um próspero, mas sim de um período de aprendizado para
um ano de prática. Aqueles que souberem como lidar com a complexidade e
entenderem que os obstáculos irão surgir, sairão com maior rapidez do “luto” e
tomarão os primeiros lugares para uma retomada sadia.
Luiz Otávio Goi Jr.- tem formação na área ambiental, especialista
em educação, sistemas de gestão integrados e MBA em Gestão Empresarial. Tem
expressiva vivência em gestão no ramo da indústria, no qual soma mais de 14
anos de experiência nos setores automobilístico, energia e bens de consumo.
Atualmente, é executivo em sistemas de gestão em indústria de grande porte,
autor do livro “Administrando sistemas, gerindo processos e engajando pessoas”
e publica artigos periódicos voltados a sistemas de gestão em revistas e
páginas técnicas na área.
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