Tratamento
definitivo consiste na retirada do silicone
Você já ouviu falar da síndrome ASIA? É uma síndrome autoimune/inflamatória caracterizada por um
conjunto de sinais e sintomas como dor articular no corpo, cansaço, distúrbios
no sono, perda de cabelo, entre outros, que também são observados em outras
doenças.
A causa da Síndrome ASIA está relacionada,
principalmente, a materiais como implantes mamários de silicone e
até vacinas, mas podem estar relacionados a outros dispositivos médicos e
produtos terapêuticos que normalmente são considerados seguros. Fatores
genéticos, familiares com antecedentes de doença inflamatória e autoimune são
mais propensos a desenvolver a doença.
Quando desconfiar da prótese mamária de silicone -
Se os sintomas apareceram depois da colocação dos implantes mamários,
deve ser avaliado pelo reumatologista para saber se a doença não foi causada
pelo implante mamário.
“O diagnóstico dessa síndrome consiste na presença
dos sintomas citamos acima, que apareceram depois da colocação do implante
mamário de silicone ou do uso de algum outro dispositivo médico ou tratamento
relacionado”, explica o cirurgião plástico Dr. Fernando Amato.
O especialista explica que medicações podem
contribuir para o controle dos sintomas, mas o tratamento definitivo consiste
na retirada em bloco do implante de silicone com toda sua cápsula íntegra.
“Possuir um implante de silicone já é um risco,
independentemente se o implante é mamário ou em algum outro local do corpo.
Pessoas com antecedentes familiares de doenças autoimunes (do sistema
imunológico) possuem um risco aumentado”, alerta Dr. Amato.
Exames – Ainda não existe um exame
específico que aponte o risco aumentado de desenvolver alguma doença
relacionada ao silicone. A rotina de exames solicitada por muitos cirurgiões,
para quem vai realizar uma mamoplastia de aumento com silicone, geralmente,
consiste em exames de mama (mamografia e ultrassom), exames de sangue
(hemograma, coagulograma, função renal), teste de gravidez, exame de urina.
“Existem trabalhos científicos propondo a coleta
de exames específicos para avaliar a atividade inflamatória e a presença de
autoanticorpos, porém sem benefícios comprovados até o momento. E devemos
lembrar que cada paciente pode possuir um histórico diferente de doenças e
poderá ser necessário algum exame específico e até a avaliação de um outro
especialista”, alerta o cirurgião plástico.
Dr. Fernando C. M. Amato
– Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia
Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), membro da Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de
Cirurgiões Plásticos (ASPS).
https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/
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