Entenda como funciona o tratamento e as principais dúvidas sobre o assunto; especialista destaca a recuperação rápida e volta da qualidade de vida dos pacientes após o procedimento
O mês de novembro é todo
dedicado aos cuidados com a saúde masculina e a prevenção de uma das doenças
que mais mata os homens anualmente: o câncer de próstata. A falta de
conscientização e preconceito ainda são os principais obstáculos para os
médicos e o Novembro Azul se tornou o momento ideal para falar sobre o assunto
sem tabus e tirar dúvidas que são fundamentais para manter a saúde dos homens.
Atualmente, os principais medos deles estão relacionados ao tratamento da doença. O receio de ter complicações para o organismo e qualidade de vida, faz muitos homens adiarem os exames, algo que pode ser ainda mais perigoso. Porém, a boa notícia, é que a modernidade traz constantemente novidades e tratamentos cada vez mais seguros. Entre eles, está a cirurgia robótica, procedimento que se tornou o aliado de maior destaque nos últimos anos.
Pedro Romanelli, urologista e especialista em cirurgia robótica, comenta que esse tratamento começou a ser desenvolvido em meados da década de 80 e recebeu diversas atualizações ao longo dos anos que a transformou em um dos métodos mais seguros para tratar o câncer de próstata.
“A princípio, existe a ideia de que, por causa do nome, essa é uma cirurgia totalmente feita por robôs. Na verdade, ela é conduzida pelo cirurgião especialista. Ou seja, conseguimos unir o conhecimento médico e as ferramentas robóticas necessárias para localizar a área em que a doença se desenvolve e, assim, operá-la com mais precisão e agilidade”, esclarece.
O equipamento utilizado durante a cirurgia, permite ao médico observar a área em alta definição. “Ela também nos fornece os instrumentos de fácil manipulação e flexíveis necessários para a operação. Podemos chegar às áreas mais profundas do corpo com maior segurança”, completa.
Dessa forma, o paciente tem muito mais chances de recuperação total e sem complicações ao longo do tratamento. “Porém, é importante lembrar que quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor serão os resultados do tratamento. Infelizmente, em casos muito avançados, mesmo a cirurgia robótica pode apresentar dificuldades. Por isso, existe a necessidade de falarmos sobre o assunto e conscientizar a população sobre a necessidade de prevenção e exames frequentes em homens com predisposição genética ou com mais de 50 anos”, destaca.
Cirurgia robótica não
apresenta complicações na maioria dos casos
Como já citado, o diagnóstico precoce pode salvar vidas e também é um aliado na recuperação do paciente. Em conjunto com a cirurgia robótica, a maioria dos pacientes recuperam a vida normal após o tratamento. Dr. Pedro comenta que existe um mito de que a cirurgia pode dar errado e provocar a infertilidade, incontinência urinária, impotência sexual, dentre outros. “Na realidade, essas são complicações causadas pelo avanço do câncer de próstata. Ao realizar a cirurgia com profissionais habilitados, o paciente volta a realizar as atividades normais do seu dia-a-dia, com saúde adequada. O mais importante é evitar esperar e começar o tratamento o quanto antes”, orienta.
Fonte: Dr. Pedro Romanelli,
urologista e especialista em cirurgia robótica, além de diretor da Sociedade
Brasileira de Urologia em MG
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