quinta-feira, 30 de julho de 2020

Estimulação visual: tratamento ajuda na melhora da qualidade de vida de crianças com baixa visão

Quanto antes diagnosticado o problema e iniciado o tratamento, maiores são as chances de desenvolvimento da criança

 

Um dos sentidos mais importantes no processo de desenvolvimento físico e cognitivo da criança é a visão. Assim, uma deficiência nessa área pode, na maioria das vezes, comprometer o desenvolvimento neuropsicomotor dos pequenos devido à privação de certos estímulos. É justamente aí que entra a estimulação visual. Essa terapia auxilia na adaptação do indivíduo ao ambiente onde ele está inserido, melhorando sua qualidade de vida. Além disso, a terapia auxilia na prevenção de ambliopia e no esforço da musculatura e, em alguns casos, até na prevenção do estrabismo.

 

Segundo Thaysse Hayane Ferreira, terapeuta ocupacional e especialista em estimulação visual do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), na terapia de estimulação visual, a criança trabalha a habilidade para o uso da visão residual em diferentes tarefas, com o intuito de aproximá-la do padrão típico do desenvolvimento neuropsicomotor, respeitando e favorecendo o seu resíduo visual. “Essa terapia não melhora o quadro da visão em si, mas dá a criança estratégias para que ela possa perceber melhor os ambientes e objetos, desenvolvendo suas habilidades gerais para que ela possa viver melhor no ambiente onde está inserida”, explica.

 

Após avaliação da visão funcional, é possível elencar principalmente por meio da observação do comportamento, quais habilidades visuais estão prejudicadas e como são utilizadas nas atividades relacionadas aos seus papéis ocupacionais, para a partir daí, tratá-las. O diagnóstico precoce é um ponto importante para o sucesso da terapia, pois quanto mais cedo a baixa visão for diagnosticada, maiores são as chances de desenvolvimento da criança e maiores serão suas habilidades ao longo do tempo.

 

No que se refere a escolha do tratamento, a terapeuta esclarece que tudo vai depender do diagnóstico do oftalmologista e da avaliação inicial, para a partir daí adequá-lo as necessidade das crianças. “Recursos lúdicos são muito utilizados como estímulos nesses casos, já que eles costumam chamar mais a atenção dos pequenos, o que facilita e auxilia no processo. A tecnologia também tem sido uma aliada, e a participação dos pais e responsáveis faz toda a diferença, já que a terapia requer um trabalho em equipe em prol das crianças, com muita paciência, compreensão e comunicação de todos”, finaliza Thaysse.

 


Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE)

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