sexta-feira, 31 de julho de 2020

100 mil famílias enfrentam pandemia de Covid-19 e epidemia de dengue sem água potável em comunidades do Rio de Janeiro e São Paulo

Milhares de adultos, idosos e crianças lutam em busca de saúde em meio ao crescimento dos números de infectados pelas doenças, sem higiene e saneamento básico



Já imaginou ter de passar pela pandemia do novo coronavírus sem nem ao menos poder lavar as mãos em casa? Pois essa é a realidade de muitas famílias de comunidades carentes do Rio de Janeiro e de São Paulo, que têm enfrentado um cenário onde convivem com a crescente ameaça da Covid-19 e da Dengue, cujos casos também vêm aumentando exponencialmente em 2020, além da dificuldade no acesso à água potável e saneamento básico.

Segundo o Ministério da Saúde, entre os meses de janeiro e maio de 2020, foram notificados mais de 800 mil casos de dengue no Brasil, ultrapassando o número de casos registrado no mesmo período em 2019. Já em relação à pandemia de Covid-19, o Brasil registrou, no dia 29 de julho, mais de 88 mil mortes e mais de 2 milhões de casos, sendo o segundo país mais impactado pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

De acordo com o Instituto Trata Brasil, locais sem acesso à água tratada são mais vulneráveis à incidência de diversas doenças, incluindo a dengue e a Covid-19, o que coloca em risco a saúde da população. Ainda segundo o Instituto, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e é imprescindível que ações emergenciais sejam tomadas em locais sem acesso à água para que mais pessoas estejam seguras. "Levamos mais de dois dias para conseguir um pouco de água em recipientes. A gente deixa guardada, ferve para poder dar um banho. A gente lava a mão com a água do balde e, nesse processo de pandemia, está muito difícil não ter água da torneira", conta Jessica Regina da Silva Lima, 28 anos, moradora da Capadócia, na região da Brasilândia (zona norte de São Paulo), uma das mais atingidas pelo novo coronavírus em todo o país.

"As crianças ficam doentes pela falta de saneamento básico, ficam com diarreia e dor de barriga por conta da água, porque é uma água improvisada. A gente usa fossa e aqui tem muitos insetos, muita picada de mosquito. Quem tem repelente se cuida, mas e quem não consegue comprar?", questiona Jessica. "Quando vem um pouco de água, a gente já pega os baldes, vai enchendo, aproveita para dar banho nas crianças. Porque, se tiver seis, três tomam banho de canequinha, é bem assim que funciona. Tem que ficar alerta. Tem vezes que a água chega aqui quatro horas da manhã, quando dá seis horas da manhã já não tem mais. É difícil!", confessa Adriana Rodrigues da Rocha, 40 anos, mãe de cinco filhos que também vive na Brasilândia.

De acordo com um levantamento do IBGE, quase metade da população brasileira não tem acesso ao saneamento básico (49,2% da população). "Queremos ajudar a conter o avanço dessas doenças e evitar que aconteçam duas epidemias ao mesmo tempo", comenta Paolo D’Orso, vice-presidente da RB Hygiene Comercial para a América Latina.

Para auxiliar essas famílias, as marcas SBP e Harpic, da RB Hygiene Comercial, se uniram para realizar doações incluindo 450 toneladas de água potável e 75 mil máscaras. A ação conjunta das duas marcas está também alinhada aos seus propósitos: SBP tem como missão erradicar doenças transmitidas por mosquitos, enquanto Harpic endossa a importância de garantir acesso à higiene e a banheiros limpos para a saúde e a prosperidade das famílias.

As doações de kits de saúde e higiene foram realizadas em julho com apoio da Cruz Vermelha Brasileira para moradores da Rocinha (Rio de Janeiro) e da Brasilândia (São Paulo), comunidades duramente atingidas pelas duas doenças. Cada kit beneficiou uma família com três galões de água potável (o equivalente a 18 litros), três máscaras, um frasco de Harpic Líquido Desinfetante, um SBP aerossol e um SBP repelente, além de guias informativos com dicas para a prevenção de dengue e Covid-19. Foram beneficiadas 25 mil famílias nessas comunidades. William de Oliveira, morador da Rocinha de 49 anos, conta que, no meio dessa pandemia, sua comunidade já perdeu quase 70 famílias. "Tivemos uma grande quantidade de pessoas que foram contaminadas pelo vírus. Essas doações trazem mais qualidade de vida para as pessoas", afirma.

Além das doações em parceria com Harpic, SBP, que já tem anos de trabalho educativo em comunidades carentes de todo o país para combater o mosquito causador da dengue, também esteve presente em São Gonçalo, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, com a doação de kits contendo um SBP aerossol e um SBP repelente, mais um guia educativo de como se prevenir da dengue e como fazer sua parte no combate à doença, para mais 75 mil famílias. Em todas as comunidades, as marcas ainda promoveram a circulação de mensagens educativas para a prevenção de dengue e Covid-19 em carros de som e rádios comunitárias locais, atingindo mais de 500 mil pessoas.

"O objetivo de SBP e Harpic é fomentar esse assunto para melhorar e transformar a realidade de milhares de famílias nas comunidades, no que diz respeito ao saneamento básico e higiene. A dignidade dessas pessoas deve ser um direito garantido. Queremos não só doar os produtos que podem auxiliá-los nesse momento delicado de crescimento dos casos de Covid-19 e dengue, mas também chamar atenção para importantes medidas que precisam ser tomadas para garantir esses direitos", completa Paolo.

 



RB*

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