No momento
em que escrevo (primeiro semestre de 2020), a maior parte do mundo parece estar
preocupada com a assustadora recessão financeira. Eu certamente estou
assustada.
Sendo mãe e
esposa, no auge da minha carreira, com meus negócios decolando, meu faturamento
caiu cerca de 60% últimos três meses. O que deu errado e de quem é a culpa?
Com a maior
crise mundial dos últimos tempos, o isolamento social, a ganância e falta de
regulação são alguns fatos. A queda da bolsa abalou nossas estruturas, a
intolerância e o desemprego começaram a tomar conta, e politicamente estamos em
guerra.
Minhas
ideias sobre cada uma dessas coisas (com exceção da falta de regulação) não são
mais esclarecidas do que as dos meus leitores. Mas dois supostos culpados me
afetam o suficiente para que eu quisesse comentá-los: as faltas de educação
emocional e financeira.
Educação
emocional tem, por propósito, ensinar aos indivíduos a capacidade de reconhecer
e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade
de lidar com eles de forma construtiva, mesmo diante dos desafios.
Educação
financeira tem, por finalidade, ensinar os indivíduos a administrarem seus
rendimentos, decisões de investimento, consumo consciente e na prevenção de
situações de fraude.
Pensando
assim...
Nós somos
responsáveis por essa recessão. Não nos preparamos como empresários,
empreendedores e/ou como pessoas físicas. Nós demos poder aos líderes que temos
hoje e jogamos a nossa responsabilidade de nos prepararmos para vivermos
emocionalmente e economicamente de forma estável nas mãos de outras pessoas que
julgamos melhores preparados.
Quanto
tempo, de fato, nos dedicamos para estudamos, na criação de filhos
autorrealizadores, nos relacionamentos bem-sucedidos, negócios e/ ou
empreendedorismo, economia e investimentos?
Existem
dois tipos de realidade. Uma não é influenciada pelo que os seres humanos
pensam, desejam ou esperam, é uma realidade independente, como quando um piloto
está decidindo se deve voar durante uma tempestade.
O outro
tipo de realidade é influenciada e até mesmo determinada por expectativas e
percepções pessimistas ou otimistas. E você se vê influenciado por qual
realidade?
O
desenvolvimento de novas competências é a chave da virada
Competência
nada mais é do que a capacidade de coordenar, de modo eficaz, diferentes
conjuntos de conhecimentos, habilidades e atitudes que permitem um desempenho
superior, diante de qualquer crise.
- O
conhecimento refere-se a saber o que fazer;
- As
habilidades estão relacionadas ao “como” fazer;
- As
atitudes dizem respeito a querer fazer.
Se um
desses elementos estiver faltando, não se pode falar em competência.
Você já
parou para pensar que muitos dos resultados negativos que você está obtendo
podem são gerados por comportamentos improdutivos?
Suas ações
exercem um impacto direto nos seus resultados e a eficácia dessas ações, em
grande parte, são determinadas por seu comportamento.
Mude seu
comportamento e as coisas também se modificam
Conheça
agora três etapas do processo de mudança comportamental que podem ajudar você
neste momento tão delicado.
Gerenciar
gatilhos: você já parou para pensar nas instruções que você
dá a si mesmo antes de agir desta ou daquela maneira? Instruções negativas,
como “eu não vou conseguir”, podem induzir a resultados negativos;
Gerenciar
comportamentos: depois de controlar suas ações impulsivas, é hora
de cuidar do jeito como você expressa suas emoções, para que possa exibir o
comportamento desejado;
Gerenciar
as consequências do comportamento: consolidar mudanças
comportamentais é um processo que exige empenho e disciplina, monitore os
resultados de sua mudança de comportamental.
Dar
instruções positivas a si mesmo é um bom começo para reverter situações
desafiadoras.
Determinados
estímulos são como gatilhos que disparam reações e comportamentos correlatos.
Entender
como os estímulos controlam o que nós fazemos é o primeiro passo para mandarmos
em nossos comportamentos.
Caso não
consiga fazer mudanças efetivas sozinho, busque ajuda de um profissional
qualificado. E lembre-se: educação emocional e financeira podem ser aprendidas!
Rosangela
Sampaio - psicóloga, palestrante, escritora, coach de carreira e apresentadora
do programa Mulheres em Flow. Dentre seus trabalhos literários estão o capítulo
“O poder do autoamor”, da obra “Autoamor – Um caminho para regulação emocional
e autoestima feminina”, além das coordenações editoriais e coautorias dos
livros “Sem Medo do Batom Vermelho”, onde aborda um tema que é sempre polêmico,
a rivalidade feminina, e “Mulheres Invisíveis”, sobre violência contra a
mulher. Também é colunista de portais expressivos e revistas nacionais, entre
eles O Segredo, Revista Vivendo PlenaMente, Revista Cenário Minas e Revista
Statto, onde leva informações sobre saúde mental para todos com uma linguagem
leve, acessível e mostrando que disfunções emocionais fazem parte da vida de
todos, não apenas “de gente fraca”.
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