Especialista
explica que alta se dá devido ao isolamento social
O
mercado e os hábitos de consumo estão sendo muito impactados pela pandemia da
Covid-19. Apesar disso, há setores que têm se beneficiado, como é o caso do
comércio eletrônico. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico
(ABComm), na primeira quinzena de março houve um aumento de cerca de 35% nas
compras on-line, se comparado com o mesmo período de 2019.
Por
conta do distanciamento social, muitas pessoas estão ficando mais tempo em
casa. Para não sair e aumentar o risco de contágio, muitas delas estão
preferindo fazer desde as compras de produtos básicos (como alimentos e artigos
de higiene) até brinquedos, roupas e acessórios pela internet.
De
acordo com o professor de Gestão do E-Commerce e Sistemas Logísticos do Centro
Universitário Internacional Uninter, Luciano Furtado Francisco, sai na frente a
loja que já tem familiaridade com vendas on-line. ‘‘As lojas virtuais que podem
sair ganhando são aquelas que já faziam um trabalho de marketing eficiente. Em
tempos de pandemia, elas podem fazer promoções para manter ou aumentar o fluxo
de caixa, o que é fundamental para atravessar a crise’’, diz.
Segundo
Francisco, grande parte desse aumento se deve ao isolamento social. Muitas
pessoas que não tinham o hábito de comprar on-line, ou o faziam ocasionalmente,
tornaram-se consumidores digitais mais regulares, especialmente no setor
alimentício e de entretenimento. “Os aplicativos de delivery, por exemplo, vêm
experimentando um grande crescimento desde o fim de março deste ano’’, afirma.
Além
dos alimentos, um estudo da empresa de inteligência de mercado Compre e Confie,
mostrou que as vendas virtuais de produtos de saúde aumentaram 124%.
O outro lado
Apesar
de todo esse crescimento, o ticket médio não é um dos melhores no momento para
o e-commerce. ‘‘Embora as vendas tenham aumentado em vários setores, o
ticket-médio caiu, já que os produtos são de menor valor’’, diz o especialista.
Grupo Uninter
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