Dinheiro poderá
ser utilizado para manter empresas abertas e evitar demissões em massa
Com a epidemia causada pelo COVID-19, diversas
empresas estão pensando em como buscar fluxo de caixa para sobreviverem durante
o período de quarentena. Uma solução é realizar um pedido judicial à Receita
Federal para a liberação imediata dos Créditos Tributários: que são os valores
pagos pela pessoa jurídica por obrigação tributária.
Cerca de 100 empresas de Curitiba, São Paulo e
Brasília já estão tomando esta providência e entrando com processos judiciais
para liberar seus créditos em dinheiro a fim de enfrentar a crise. A
informação é da ROIT, empresa de contabilidade e tecnologia, que atende mais de
400 empresas de médio e grande porte nestas localidades.
"Temos
recebido diariamente ligações de clientes querendo saber como podem encerrar as
atividades, outros nos questionando o melhor caminho para demissão em massa de
funcionários. Somente uma destas empresas estima desligar mais de 400
colaboradores. A crise está surreal e muitas não aguentarão o período de
quarentena, por não terem receita, nem caixa para aguentar", disse Lucas
Ribeiro, sócio-diretor da ROIT.
Por isso, a empresa de contabilidade está entrando
com pedidos judiciais em nome de seus clientes para que seja liberado os
créditos tributários que grande parte delas possui na Receita Federal.
"Além disso, muitas empresas possuem créditos e nem sabem. E outras usam
na modalidade de compensação, mês a mês, mas devido a pandemia, solicitamos que
estes valores sejam depositados imediatamente e diretamente na conta das
empresas, para amenizar as consequências da recessão criada com o Corona Vírus,
para que não haja um colapso econômico e social", diz Lucas.
Segundo Ribeiro, somente a ROIT atende empresas que
no total somam mais de R$ 120 milhões de reais em créditos já disponíveis na
Receita Federal. "Esperamos que mais empresários se juntem nesta corrente
para que o governe libere os créditos", afirma.
Neste sentido, a ROIT realocou toda a sua equipe de
tecnologia e também fiscal, cerca de 120 pessoas, para criar uma plataforma que
identifica automaticamente os créditos tributários a receber das empresas e
assim poder apoiar, de forma rápida, o maior número possível de empresas.
"Estamos tendo que focar em oferecer
estratégias para os clientes manterem as portas abertas. E esta é a melhor
saída para muitos neste momento delicado, usarem o dinheiro que já é
delas", conclui Ribeiro.
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