quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Você sabe a diferença entre conselho e recomendação ?




“Nenhum inimigo é pior que um mau conselho”
                                                                        Sófocles

O professor Luciano Salamacha, especialista em gestão de empresas e de carreiras desmistifica a palavra conselho. Ele faz uma análise sobre como você pode melhorar sua carreira dando ou recebendo conselhos e recomendações. Afinal de contas, nenhuma carreira se faz de forma mecânica, e sim de forma orgânica, com conexões puramente humanas.

Conselho é uma análise, uma reflexão que você oferece a alguém. Já  recomendação é uma palavra muito forte. “Re” do latim significa intensidade, “co” significa junto e “mandare” é confiar a alguém, determinar um caminho para encontrar uma solução. Ou seja, recomendar é adotar juntos e intensamente uma linha de confiança.

É por este motivo que uma recomendação tem uma força muito grande na vida das pessoas. Luciano Salamacha lista medidas para você estar apto a fazer boas recomendações a alguém.

1 - Respeite a escala de valores do outro. Não tente impor a sua “régua” ao mundo.

2 - Não espere que as pessoas se comportem como você.  Cada um tem o seu jeito de agir.

3 - Cuidado. A pessoa a quem você está recomendando algo pode entender que você é uma autoridade e a sua recomendação pode ser entendida como uma ordem.

4 – Deixe claro que outra parte não pode tomar a sua recomendação, isenta de responsabilidade num contexto que é só dela. Você recomenda, mas quem decide é o outro.

5 - A sua recomendação deve ter o foco e o objetivo no resultado final. A recomendação deve dar bem-estar, sucesso e felicidade à pessoa. A forma como ela vai agir é, de fato, opção dela.

Ainda tem dúvidas, se deve ou não recomendar algo a alguém? O professor Salamacha indica algumas reflexões que podem ajudá-lo nessa decisão.

-Se você quer o bem-estar do outro arrisque-se em dar suas recomendações.

-Recomendações devem ser dadas a quem você tem uma relação pautada em confiança. Aos que você conhece superficialmente dê conselhos, que são análises, uma linha de raciocínio.

E sobre aquele velho ditado “se conselho fosse bom, não se dava, mas vendia”, o professor diz que nada pode ser pior que mercantilizar uma atitude humana que é doar-se, dar seu tempo, seus ouvidos e sua sabedoria ao próximo. Para Salamacha, conselho é bom sim, quando dado com amor, com vivência, com bons exemplos. É dar um pouco mais de si para que o outro encontre clareza em sua vida.




Luciano Salamacha - doutor em Administração e mestre em Engenharia de Produção. Preside e integra conselhos de administração de empresas brasileiras e multinacionais, Atua como consultor e palestrante internacional. É professor da Fundação Getúlio Vargas em programas de pós-graduação. Recebeu da FGV o prêmio de melhor professor em Estratégia de Empresas nos MBA’s, por sete anos seguidos.  É um dos raros professores que fazem parte do “Quadro de Honra de Docentes”, da FGV Management. Também é professor de mestrado e doutorado no Brasil, na Argentina e nos EUA. Salamacha é coordenador de MBA de neurociências na ESIC Internacional, uma das mais importantes escolas de negócios da Europa. Luciano Salamacha é autor de livros e artigos científicos publicados no Brasil e no exterior. Foi pioneiro na América Latina em pesquisas sobre neuroestratégia e neurociência aplicada ao mundo empresarial.
Luciano Salamacha no site www.salamacha.com.br

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