quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Suas finanças são um reflexo de suas emoções


Não podemos negar que precisamos de dinheiro. Afinal de contas, precisamos pagar os boletos, que não param de chegar. Mas, organizar o orçamento para não se atrapalhar, não é uma tarefa tão simples. Você já deve ter ouvido falar que para se dar bem na área das finanças pessoais, basta exercer o básico: gastar menos do que ganha, poupar, ter objetivos financeiros e um bom planejamento. Porém, isso tudo não é igual a uma receita de bolo e não funciona da mesma forma para todo mundo. Cada um se encontra em uma fase diferente quando se depara com essas sugestões de organização financeira.

A partir da Programação Neurolinguística (PNL) é possível observar que a forma de administrar o dinheiro difere de pessoa para pessoa, pois abrange um conjunto de fatores de como cada indivíduo pensa e direciona seus pensamentos para suas ações, a partir do reflexo das emoções de cada um. Existem vários exemplos que demonstram isto.

Quem nunca ouviu alguém dizer: “eu mereço, trabalho para isso”, principalmente quando se trata de algo caro e que foge do orçamento, mais conhecido como gastos supérfluos? A ideia de merecer e de se permitir abrir o bolso para este tipo de gasto e a sensação de recompensa imediata são dois fatores cruciais que levam ao maior problema das pessoas: o descontrole financeiro. Essa é uma das justificativas mais usadas pelas pessoas que vivem endividadas, quando, na verdade, o ideal seria fazer um esforço para poupar.

Outro exemplo é dizer: “não entendo de finanças”. Ainda que você não seja um especialista no assunto, com certeza sabe o básico. Melhor dizendo, você sabe quanto ganha, quanto paga em contas essenciais e quanto poderia gastar com lazer e entretenimento. Porém, é bastante comum que as pessoas acabam gastando mais do que recebem, principalmente com um cartão de crédito à mão, comprometendo todo orçamento.

Para muitos a simbologia de poder que o dinheiro traz pode levar ao descontrole financeiro, mesmo para os que possuem uma conta bancária recheada, o consumo pode representar uma necessidade de autoafirmação. Para outros, é uma forma de manter ou se identificar com o grupo que está inserido, mesmo uma conta bancária incompatível com este estilo de vida.

Usar o dinheiro para seu bem estar não é um problema, mas quando os gastos começam a interferir na vida das pessoas de forma pejorativa, é preciso tomar cuidar. Só percebemos o conflito das finanças e as emoções quando as consequências são desastrosas, depois de estourar o cartão de crédito, o atraso de contas de consumo, aluguel, culminando no acúmulo de dívidas. O mais importante é buscar compreender a relação entre o dinheiro e suas emoções, comece a repensar em como você está cuidando das suas finanças e economias. Se for preciso, converse com um profissional, contadores e consultores financeiros não são apenas para grandes empresas ou milionários, estamos aqui para auxiliar as pessoas sair das dívidas e uma vez por todas e ter uma vida mais tranquila, sem a pressão de ligações de cobrança e boletos que não acabam mais.




Dora Ramos - consultora contábil com mais de 30 anos de experiência. Empreendedora desde os 21 anos, é CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial.

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