sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Alimentos mal conservados podem aumentar números de intoxicação durante o verão


Especialista do Grupo Mattos & Mattos atenta para as recomendações: "consumidores devem prestar atenção na temperatura e no armazenamento"


Aproveitar o Sol no verão é ótimo para todo mundo. Inclusive para as bactérias. Elas aproveitam as brechas em alguns dos alimentos mais comuns do nosso consumo e se reproduzem rapidamente nas condições favoráveis. O resultado disso é o risco que quem curte o calor dos meses mais quentes do ano corre de ter uma intoxicação alimentar. Por isso, valem os cuidados minuciosos na hora de escolher o que ingerir, principalmente fora de casa.

Vera Santos, do Grupo Mattos & Mattos, especialista em controle e garantia de qualidade de alimentos pela UFRJ, chama a atenção para o fato de que a praia, ambiente muito frequentado nesta época do ano, é um dos lugares bem propícios para a grande oferta de produtos mal conservados.

“As pessoas já estão sofrendo a influência do clima quente, e a variação da temperatura nos alimentos oferecidos também pode ser prejudicial. Eu dou o exemplo da empada. Todo mundo gosta de uma empadinha”, brinca Vera. “Será que quem preparou a comida teve todo o cuidado necessário com os ingredientes? Nem tudo tem como sabermos, mas temos que ficar de olho na condição em que eles são vendidos. Um produto salgado, será que está quentinho, da maneira correta para que as bactérias não se proliferem?”, explica a especialista.

A intoxicação é geralmente causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados por bactérias, mas também pode ter outros agentes envolvidos, como vírus ou fungos. Em crianças e idosos, principalmente, a doença pode avançar para casos graves. Ela também está relacionada ao contato com a água imprópria para a lavagem de produtos. O sintomas da intoxicação muitas vezes são bem agudos.

“Os sintomas podem fazer a pessoa doente confundir até com insolação, pois ela sente dor de cabeça, enjoo e dor de barriga, ter forte diarreia. Esse é um quadro comum de intoxicação alimentar, por ingestão de toxinas ou coliformes”, afirma Vera Santos.

Além de tomar os demais cuidados com o corpo, a especialista aponta ainda que, neste calor, é necessário também estar sempre hidratado. E sempre ter cuidado sobre a água que será ingerida.

“A água mineral e a água de coco são ótimas opções, mas é também importante procurar pesquisar qual é a fonte da água, e como ela é comercializada”, conclui.
Outros cuidados importantes: lavar com frequência as mãos e higienizar bem os alimentos e as superfícies de preparo, bem como os utensílios de cozinha; não consumir alimentos com embalagens danificadas; ficar atento aos prazos de validade dos produtos.

Os dados sobre intoxicação no Brasil não são conclusivos em alguns aspectos, porque em muitas localidades há subnotificação dos casos. No entanto, os números apontam que a Região Sudeste é uma das mais atingidas, proporcionalmente. Mais informações sobre pesquisa e números estão no site https://sinitox.icict.fiocruz.br.





Laboratório Mattos & Mattos
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