Smartphones se consolidam como plataforma de
mídia no Brasil, país com maior tempo gasto no celular no mundo e que registrou
crescimento de 41% no m-commerce em 2018.
Ser digital é premissa
básica para quem quer ser competitivo, e identificar as mudanças do comportamento
dos consumidores é a primeira regra para entrar nessa nova era. Quer uma prova?
O m-commerce cresceu 41% em 2018, enquanto o e-commerce como um todo registrou
apenas 12% no mesmo período, conforme dados do 39º Webshoppers, principal
relatório sobre comércio eletrônico, realizado pela EBit.
Os varejistas estão de olho
nesses números e na evolução do mercado de aplicativos. Se o m-commerce (ou
e-commerce móvel) passou a ser uma grande oportunidade de negócios para as
empresas do setor, o desafio agora é entender como explorar esse potencial no
Brasil. Afinal, investir em mobile me trará sucesso no curto prazo? Para
chegarmos a esta resposta precisamos antes analisar melhor alguns fatos.
A tendência de crescimento
no volume de transações via dispositivos móveis se explica em boa parte pela
facilidade e comodidade que o celular proporciona, mas também pelo aumento do
tempo gasto nesses aparelhos. Segundo dados da Statista, empresa global de
estatística, o brasileiro é o campeão mundial de tempo gasto no smartphone - a
média nacional é de quatro horas e 48 minutos por dia. Lideramos o top 5 ao
lado de China, Estados Unidos, Itália e Espanha, que não passam de três horas
de conexão.
Evolução rápida
rumo ao mobile
Podemos afirmar que o
smartphone é o dispositivo preferido dos consumidores para acessar a internet,
e é também onde passam a maior parte do tempo, superando a TV, rádio e veículos
impressos. Se o cliente é “mobile”, as marcas que conseguirem explorar este
canal de mídia da melhor forma certamente verão o impacto imediato na
performance de suas campanhas.
A boa notícia é que tanto
anunciantes quanto fornecedores já estão se preparando para este cenário.
Segundo o estudo Digital AdSpend, produzido anualmente pela IAB Brasil, foram
investidos R$ 16,12 bilhões em publicidade digital no Brasil em 2018. Sendo que
67% foram destinados ao mobile e 33% para desktop e tablets.
Ainda de acordo com o IAB,
os investimentos em mobile no Brasil (67%) já ultrapassaram os gastos no
mercado americano (65%) e do Canadá (52%), segundo dados da IAB Brasil. Essa
realidade reflete que o mercado vem se adequando às mudanças dos consumidores,
e já percebeu que é necessário estabelecer novas conexões com esse público.
Publicidade
móvel também exige personalização
Uma das estratégias já bem
conhecidas por alavancar o engajamento e as conversões das vendas online, o
retargeting, também vem se mostrando bastante poderoso no ambiente mobile. O
objetivo do retargeting móvel é impactar os consumidores em seu smartphones e guiá-los
novamente para dentro do App do anunciante.
Na indústria da publicidade,
as soluções baseadas em inteligência artificial estão se tornando obrigatórias
para superar a concorrência. Os algoritmos de IA, sobretudo o deep learning,
tornaram-se a resposta para o maior desafio do profissional de marketing:
entender o potencial de conversão do usuário e seus interesses, para conseguir
atrair sua atenção de forma relevante e não-invasiva.
Com o uso da inteligência
artificial é possível ajustar inúmeros parâmetros da campanha, como frequência,
conteúdo dos criativos e produtos exibidos, tudo isso de acordo com o perfil de
cada consumidor. Esses anúncios segmentados e altamente personalizados são uma
ferramenta poderosa para reengajar usuários e impulsionar as receitas via
app.
André Dylewski -
country manager da RTB House no Brasil
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