Feridas e inflamações nas gengivas podem ser indicativos de
problemas mais graves de saúde
São os problemas de saúde bucal que levam as
pessoas a procurarem pelo cirurgião-dentista. Mas, o que poucos sabem é que
nessas consultas o profissional pode detectar sintomas de outras doenças. Dessa
forma, as visitas regulares ao consultório odontológico podem ser aliadas na
prevenção e no diagnóstico de problemas graves. Isso sem contar a importância
para manutenção da saúde bucal.
Confira a seguir uma lista elaborada pelo
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) com algumas doenças que
podem ser diagnosticadas a partir de sintomas na boca.
AIDS
O ressecamento
nas extremidades da boca, aftas maiores, feridas de herpes labial (bolhas
pequenas e doloridas), gengivas inflamadas, placas esbranquiçadas no interior
da boca (candidíase oral) e infecções por fungos são alguns dos sinais clínicos
da AIDS. “As manifestações orais ocorrem em cerca de 80% dos pacientes afetados
e ajudam a definir o estágio da doença”, explica o presidente da Câmara Técnica
de Patologia Oral e Maxilofacial do CROSP, Fábio Coracin.
Apesar dos sintomas bucais serem comuns em
pacientes com HIV, nem sempre caracterizam a doença. Por isso, para um
diagnóstico final deve-se consultar um profissional da área que indicará os
procedimentos e exames pertinentes.
Transtorno psicológico e alimentar marcado
pela compulsão de comer, pelo uso abusivo de laxantes e pela indução de
vômitos, ocasiona problemas bucais como erosão dentária, lábios ressecados,
hipersensibilidade dentinária, fluxo salivar e aumenta a chance de cárie.
Quando esses problemas surgem, o
cirurgião-dentista deve fazer uma investigação mais profunda e também consultar
outros profissionais da área médica para orientar o paciente na busca de
tratamento.
CIRROSE
HEPÁTICA
Indícios na boca
como alterações hemorrágicas, petéquias (manchas avermelhadas), hematomas e
sangramento na gengiva, icterícia visível na mucosa (manchas amareladas) são
indicativos clínicos da cirrose hepática. “A doença compromete o funcionamento
do fígado e a falha na produção de coagulação”, reitera Fábio Coracin.
DIABETES
Gengivite e
periodontite (doenças periodontais), mau hálito, gosto ruim na boca e
candidíase oral são problemas recorrentes em pacientes com diabetes, que não
estão com a doença controlada. Por isso, o paciente deve sempre estar
atento aos sintomas bucais, pois eles podem indicar que os níveis de glicose
precisam ser controlados.
SÍFILIS
Provocada por uma infecção bacteriana, a
efemeridade se manifesta em três estágios: sífilis primária, secundária e
terciária. No primeiro, o sintoma bucal mais frequente é o aparecimento de uma
única úlcera, indolor. Manchas esbranquiçadas e lesões múltiplas na cavidade
oral são recorrentes no segundo estágio. No último, considerado o mais grave da
doença, é possível identificar perfurações e a destruição do tecido bucal.
Consultar regularmente o cirurgião-dentista aumenta consideravelmente as
chances de identificar a doença nos primeiros estágios, agilizando o
tratamento.
Conselho
Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)
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