quinta-feira, 2 de maio de 2019

Mais que um ato de carinho, amamentação pode salvar a vida do recém-nascido


 Aleitamento materno previne doenças em curto e longo prazo e deve ser o único alimento do bebê até os seis meses de idade


O leite materno é um dos fortes aliados no combate à mortalidade infantil. Na última década o Brasil reduziu a taxa praticamente pela metade (47%), segundo o Governo Federal. Dados mostram que o desmame precoce aumenta em 14,2% o risco de óbito por diarreia. O risco de infecções respiratórias ocorre 3,6 vezes com mais frequência na ausência do leite materno. 

- Além disso, a amamentação protege o recém-nascido na medida em que o colostro acelera a maturação do epitélio intestinal e a presença de pré-bióticos no leite materno estimula a colonização do intestino por micro-organismos benéficos. A amamentação também previne o risco de hipoglicemia e o contato pele a pele mãe-bebê previne a ocorrência de hipotermia. Também são observados outros efeitos em longo prazo, como uma melhor nutrição do bebê, com prevenção da obesidade e menor ocorrências de alergias - destaca a pediatra da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Roseli Kripka.

Entre as recomendações estão dar somente leite materno até os seis meses de vida do bebê. Ele não precisa de água, chás, leites artificiais ou qualquer outro alimento nesse período. Nos primeiros dias após o parto, ofereça o peito muitas vezes mesmo que ache que tenha pouco leite. Essa quantidade costuma ser o suficiente, pois o leite, chamado de colostro, é suficiente para atender às necessidades do bebê.

Outra dúvida comum é sobre os horários para amamentação. Nos primeiros meses o bebê ainda não tem horários regulares para mamar. Por isso o indicado é oferecer o peito sempre que ele quiser. Com o tempo ele faz o seu horário. Um alerta importante é evitar chupetas e mamadeiras, pois devem levar o bebê a rejeitar o peito da mãe, além de causar problemas nos dentes, na fala e na respiração. A mulher que amamenta tem muita sede. Por isso, o certo é que a mãe beba muito líquido. 

As vantagens para a mulher também são importantes de serem lembradas. O sangramento pós-parto diminui, assim como as chances de desenvolver anemia, câncer de mama e de ovário, diabetes e infarto cardíaco. A mulher que amamenta perde mais rapidamente o peso que ganhou durante a gravidez. 

O aspecto psicológico não pode ficar de fora também. A amamentação favorece a relação afetiva entre a mãe e o bebê, ajuda a criança a desenvolver-se bem física e emocionalmente.



Fonte:  Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

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