A
OMS adverte que a enxaqueca é a sexta enfermidade mais incapacitante no mundo
A
dor é tão forte que muitas pessoas não conseguem sequer levantar da cama. Esse
é um dos comentários mais frequentes de quem sofre com a enxaqueca. Sentir dor
de cabeça já é muito ruim, imagina conviver com a doença acompanhada de
sensibilidade à luz, ao som, aos movimentos corporais e ainda sentir náuseas.
De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enxaqueca é a 6ª enfermidade
mais incapacitante no mundo. A doença ataca cerca de 30 milhões de pessoas e,
como consequência, existe ainda o impacto social e emocional, afetando o dia a
dia das pessoas, como por exemplo, a diminuição de desempenho e a ausência ao
trabalho.
Segundo
a Dra. Anna Paula Batista de Ávila Pires, otorrinolaringologista do Hospital
Felício Rocho, quem sofre com enxaqueca tem consciência que não se trata apenas
de uma simples dor de cabeça. É um desequilíbrio químico do cérebro e pode
causar uma série de sintomas. “O mais comum é a dor latejante ou pulsátil em um
dos lados da cabeça, acompanhada de enjoo e vômito. Também há intolerância à
luz, cheiro e barulhos, além de tontura e até mesmo vertigem, podendo ser
confundida com uma doença do labirinto”, explica.
A doença
é classificada como crônica, quando ocorre por mais de 15 dias ao longo do mês.
Ela está associada a diminuição significativa da qualidade de vida e as crises
costumam levar ao afastamento do trabalho, além de queda de produtividade.
Ainda de
acordo com a Dra. Anna Paula, por ser uma doença bioquímica do cérebro com um
forte componente genético, a enxaqueca ainda não tem cura. “Ela pode ser
controlada com alimentação adequada, atividades físicas regulares e medicamentos
corretos”, diz.
A enxaqueca pode aparecer em qualquer
faixa etária, mas o índice é maior em mulheres jovens, em vítimas de trauma na
cabeça ou região cervical, em pessoas que abusam de analgésicos, cafeína,
açúcar e passam longos períodos em jejum.
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