Entenda as
regras impostas por lei para a atividade voltada aos estudantes
Já
é fato: o estágio é o maior e melhor meio de inserção de jovens no mercado de
trabalho. Isso ocorre porque são diversos os benefícios direcionados aos
estudantes e às entidades concedentes. Porém, além de compreender as vantagens,
é necessário analisar as regras para esse estilo de contratação.
No
Brasil, são mais de 17,6 milhões de pessoas aptas a estagiar, segundo dados
divulgados pelo Inep/MEC. Entretanto, apenas 1 milhão consegue uma oportunidade
para atuar no universo corporativo. Por isso, é fundamental enxergar essa
prática como capaz de promover um futuro melhor ao país e à própria
organização.
De acordo com a lei 11.788/2008, não é definida nenhuma cota de vagas a serem preenchidas por universitários e secundaristas nas empresas. Mesmo sem a obrigatoriedade, apostar na iniciativa traz muitos ganhos. Aqueles com pouca ou nenhuma experiência profissional não possuem vícios de outras vivências, inclusive, carregam consigo uma disposição enorme para aprender.
No mesmo dispositivo legal, é estipulado: a companhia é isenta de pagar FGTS, 13º salário e outros encargos fiscais, pois o ato educativo escolar supervisionado não gera vínculo empregatício. O intuito é estimular a abertura de novas vagas e auxiliar os gestores a construírem uma equipe qualificada!
Desse
modo, um importante dever do contratante é ter um funcionário em seu quadro com
formação na área de conhecimento do curso do estagiário. Contudo, vale o
lembrete: um único colaborador pode supervisionar até dez indivíduos
simultaneamente. Isso é estipulado a fim de garantir ao praticante a chance de
ser instruído de maneira assertiva.
Além
disso, na modalidade não-obrigatória, a instituição ainda precisa oferecer uma
bolsa-auxílio, bem como um recesso remunerado e auxílio-transporte para ajudar
na jornada desse novo talento em potencial. Até porque uma boa parte deles
utiliza desses benefícios para financiar seus estudos.
Abrir
portas para quem mais precisa de uma chance é uma atitude essencial para um
país melhor, como também, para resultados qualitativos nos negócios. Afinal,
manter o jovem em sala de aula e no ambiente organizacional contribui para a
recuperação econômica do Brasil e para um time de sucesso em seu
empreendimento.
Seme Arone Junior - presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios.
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