sexta-feira, 26 de abril de 2019

É possível praticar atividades físicas sem lesões?

Imagem: Freepik

 Especialista em medicina do esporte desmistifica o tema e dá dicas para quem quer se exercitar, mas sem se machucar.


A atividade física é tão importante que existe uma data mundialmente reservada para ela, o dia 6 de abril. Fundamental para a prevenção de uma série de doenças, a prática incorreta pode levar a dores e distensões musculares. A boa notícia é que isso pode ser evitado com algumas ações básicas, como aquecimento e alongamento.

Para especialistas, entre ficar parado e fazer atividade, a escolha é fácil. De acordo com o médico cooperado da Unimed Curitiba, Marcelo Leitão, o corpo humano foi projetado para se movimentar, mesmo que os fatores climáticos e, até mesmo, urbanos, incentivem ao sedentarismo. “A corrida, por exemplo, foi uma adaptação que o organismo fez para permitir a caça de animais de grande porte e auxiliar no envio de nutrientes para o cérebro se desenvolver”, explica o especialista em Medicina do Esporte. 

Em Curitiba, a alta oferta de corridas de rua é um incentivo a mais à prática esportiva. Mas é preciso estar atento ao seu estado de saúde. Leitão lembra que homens com mais de 40 anos e mulheres com mais de 45 devem se submeter a exames para avaliação cardiovascular e ortopédica e, em todas as outras idades, é importante fazer uma avaliação médica uma vez ao ano.

Participante das corridas de rua há cinco anos, o administrador Claudio Oliveira, lembra que começou em uma prova noturna, mais curta e respeitando os limites do corpo. “É importante entendermos como está a nossa saúde, até onde podemos ir para não termos nenhum prejuízo físico. Com preparo e sem se machucar, a paixão pela corrida só aumenta”. 

E justamente para evitar lesões, comuns nessa modalidade, é importante tomar algumas medidas simples, que podem fazer toda a diferença. Uma delas é escolher bem a roupa. “Se for praticar corrida, é interessante optar por peças leves e com cores claras. O tênis deve ser o recomendado para a modalidade e o mais confortável possível”, esclarece. Nas atividades de grande impacto, o médico recomenda ouvir e valorizar os sinais que o corpo dá. “Se uma pessoa apresenta dor em um membro ou articulação e ela persistir ou se tornar recorrente, não se deve tomar medicação, mas sim procurar saber o que está acontecendo. O mesmo vale para falta de ar, dor no peito, que remetem à necessidade de orientação e avaliação física”.

Uma outra dica simples é fazer aquecimento. “Cinco ou dez minutos são suficientes para as pessoas que treinam com o objetivo de saúde. O alongamento também é recomendado, antes ou depois do treino, para relaxar a musculatura”. Esse é o segredo da jornalista Vanessa Loreno, que usa o aquecimento para prevenir lesões e também, como aliado para aumentar o gasto calórico do seu treino. “Sempre opto por aquecer o corpo e evitar possíveis lesões. Enquanto me preparo para um esforço maior, também queimo calorias”.

Marcelo Leitão também lembra que é muito importante respeitar a progressão e escutar o corpo. “Se a pessoa está cansada ou sentindo alguma dor, é melhor não insistir no treino. Muitos acabam lesionados por irem além do que a musculatura aguenta. Então, se a pessoa não está apta, é possível que se cometa excessos e, consequentemente, possa ter uma lesão”.

Além do aquecimento, Vanessa também cuida da hidratação durante e após a atividade física, prática louvável, segundo o médico. “É comum perder líquido por meio do suor. Por isso, a hidratação durante a prática esportiva é essencial, tanto para atividades durante o dia quanto à noite”, esclarece o médico da Unimed Curitiba.

Por fim, embora existam riscos de uma pessoa se lesionar durante um treino, o médico lembra que a prevenção é sempre a melhor aliada. “Com cuidados básicos, a prática esportiva tende a ser prazerosa e muito benéfica à saúde”.

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